Pirronismo Fundado por Pirro de Élida. 365-275 a. C. Formulou uma teoria epistemológica muito crítica, a total impossibilidade da seguridade do pensamento. Motivo pelo qual defende a tese que nenhum conhecimento é seguro por natureza. Tudo é por fundamento absolutamente incerto, não é possível de certo modo, saber a verdade a respeito das coisas. O que existe é por essência inseguro. Portanto, para Pirro com a sua perspectiva do conhecimento, já que não é possível atingir a verdade, a pessoa deve contentar-se com a aparência do mundo. Com efeito, qualquer fenômeno, sua realidade é a aparência. Sendo assim, o saber fundamenta no desfrutar imediato das aparências captadas pelos sentidos. Viver em paz sem a preocupação da verdade, pois a mesma se afetiva apenas por meio de convencimento ideológico, jamais pela possibilidade epistemológica. Portanto, lançar a procura da descoberta da verdade é uma insensatez por que desejar atingir a verdade plena, quando a mesma é inexistente. Saber como realmente são as coisas ou como elas aparecem ao mundo fenomenológico, um engano representativo, refletia Nietzsche. O homem jamais conhece os fenômenos em si, epistemologizou Kant. A verdade é sempre a parcialidade. Schopenhauer o mundo é a representação do desejo, a vontade do homem, o mesmo deseja que algo seja verdadeiro, então representa sua vontade como verdade e forma o convencimento de seus desejos. Outro filósofo e físico importante, Bachelard defende a seguinte ideia, a respeito do conhecimento total, uma vez negado tal possibilidade, o saber além de contínuo, efetiva pelo tempo histórico, modelos culturais, sendo portanto, apenas aproximativo. Bem após breve exposição, pode considerar que o movimento Pirronismo é muito radical, negando a total impossibilidade do saber, em decorrência de tal procedimento nasceu o que hoje é denominado de ceticismo. O ceticismo determina como resultado do Pirronismo a impossibilidade do conhecimento, entretanto, existem diversos modelos de ceticismos, o absoluto ingênuo, crítico dialético, e por último, o ceticismo parcial racionalista, cujo fundamento, a verdade é possível, entretanto, não em sua complexidade, entretanto, fragmentária. Professor: Edjar Dias de Vasconcelos.