Petrobrás sob pressão crescente
Publicado em 20 de novembro de 2009 por Agência Goodae
Jornal do Brasil – Caderno A
08 agosto de 2005 – pág A18
Petrobras sob pressão crescente
A decisão da Petrobras de não repassar aos preços dos combustíveis no mercado interno a alta do petróleo lá fora será posta em xeque. O recorde na cotação da commodity, na última sexta-feira, chegando a inéditos US$ 62,31, ficará para trás até dezembro, quando o preço do barril atingirá US$ 67, aposta o economista Marcel Pereira, da RC Consultores.
Antes, porém, a pressão sofrerá um falso alívio, com a inversão da trajetória de alta, nos próximos dias. Sua previsão se baseia na análise da evolução do preço do produto desde o ano passado, quando se iniciou a escalada do barril - a curva mostra um ciclo em que cada período de quebras sucessivas de recordes é precedido de um recuo na cotação. Para o analista, o preço vai buscar, nos próximos 40 dias, um patamar em torno de US$ 52 o barril, "salvo algum fator excepcional que reduza a produção da Opep" (Organização dos Países Exportadores de Petróleo).
Pode ser um momento para a Petrobras respirar antes de enfrentar o difícil dilema entre o aperto crescente em sua margem de lucros - assustadora para os investidores - e o desgaste político de um reajuste com impacto imediato na inflação - horripilante para um governo em crise, que tem na economia sua única fonte de notícias positivas nos últimos meses.
'Exocet' modelo caixa 2 (quadro)
Em tempos de cuecas recheadas de dólares, o pólo de moda íntima de Nova Friburgo aproveita as pendengas políticas e apresenta um lançamento para nenhuma envolvida em caixa dois botar defeito. Uma super-calcinha, de 12 metros de altura por 8 de largura, será exposta no centro da cidade serrana, durante a 13a edição da Feira de Lingerie. A peça, que entrará no Guinness, foi confeccionada por oito costureiras, que levaram seis horas na empreitada. A expectativa é que a peça ajude a turbinar os negócios em 40% frente ao evento do ano passado. A feira começa amanhã e vai até o dia 12.
Em direção ao fundo...
A queda na rentabilidade dos fundos de pensão em 2004 foi um movimento mais frequente do que se imagina. Pesquisa da RiskOffice* com 100 entidades para as quais presta serviço mostra que apenas 47% deles superaram a chamada meta atuarial - que costuma ser um índice de inflação, normalmente o INPC, mais 6% ao ano. Em 2003, 80% deles obtiveram sucesso em seus investimentos. Mas, para Fernando Lovisotto, da consultoria, não há motivos de preocupação para os participantes: "O sinal amarelo só deve ser ativado quando o resultado é ruim por três anos seguidos".
...e atrás de salvação
A propósito, os fundos de pensão, ao que parece, trabalham para limpar a imagem respingada pela lama que inunda o planalto. Congresso da Associação Brasileira de Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp), a ser realizado em outubro, terá como tema "Responsabilidade social e profissionalismo". Aos interessados, o preço é bem salgado, em tempos de rentabilidade em queda: R$ 4.672 por participante.
Plano de saúde em dia
Enquanto as operadoras saúde choram os reajustes negados e o estado grave de suas contas, o Grupo Memorial espera dobrar em dois anos seu faturamento, que, em 2004 chegou a R$ 26 milhões. Para isso, o grupo investirá na conquista de clientes classe B - seu público é predominantemente das classes C e D. Nascida no subúrbio do Rio, a marca conta com hospitais, plano de saúde próprio e um sistema de franquia classificado entre as dez melhores opções da área de saúde, segundo a Associação Brasileira de Franchising (ABF).
Linha de Frente
Os executivos da Oakley internacional vêm a São Paulo na quarta-feira para divulgar os resultados da marca no país. Três anos após o desembarque, a multinacional do setor de roupas, calçados e acessórios colhe só alegrias com a operação verde-e-amarela. O braço brasileiro foi eleito a melhor subsidiária da americana, superando seus pares de África do Sul, Canadá, Alemanha Europa Japão, Oceania e Inglaterra. No Brasil, seus produtos estão presentes em más de 600 lojas multi marcas. Nos últimos três anos, o volume da produção nacional cresceu 70%, o que consagrou o país como centro exportador para toda a América Latina. Em 2004, o faturamento mundial da empresa chegou a US$ 800 milhões.
*Marcelo Rabbat, consultor de investimento especializado em risco de mercado e de crédito e vencedor de vários prêmios na categoria, também é diretor da RiskOffice.
08 agosto de 2005 – pág A18
Petrobras sob pressão crescente
A decisão da Petrobras de não repassar aos preços dos combustíveis no mercado interno a alta do petróleo lá fora será posta em xeque. O recorde na cotação da commodity, na última sexta-feira, chegando a inéditos US$ 62,31, ficará para trás até dezembro, quando o preço do barril atingirá US$ 67, aposta o economista Marcel Pereira, da RC Consultores.
Antes, porém, a pressão sofrerá um falso alívio, com a inversão da trajetória de alta, nos próximos dias. Sua previsão se baseia na análise da evolução do preço do produto desde o ano passado, quando se iniciou a escalada do barril - a curva mostra um ciclo em que cada período de quebras sucessivas de recordes é precedido de um recuo na cotação. Para o analista, o preço vai buscar, nos próximos 40 dias, um patamar em torno de US$ 52 o barril, "salvo algum fator excepcional que reduza a produção da Opep" (Organização dos Países Exportadores de Petróleo).
Pode ser um momento para a Petrobras respirar antes de enfrentar o difícil dilema entre o aperto crescente em sua margem de lucros - assustadora para os investidores - e o desgaste político de um reajuste com impacto imediato na inflação - horripilante para um governo em crise, que tem na economia sua única fonte de notícias positivas nos últimos meses.
'Exocet' modelo caixa 2 (quadro)
Em tempos de cuecas recheadas de dólares, o pólo de moda íntima de Nova Friburgo aproveita as pendengas políticas e apresenta um lançamento para nenhuma envolvida em caixa dois botar defeito. Uma super-calcinha, de 12 metros de altura por 8 de largura, será exposta no centro da cidade serrana, durante a 13a edição da Feira de Lingerie. A peça, que entrará no Guinness, foi confeccionada por oito costureiras, que levaram seis horas na empreitada. A expectativa é que a peça ajude a turbinar os negócios em 40% frente ao evento do ano passado. A feira começa amanhã e vai até o dia 12.
Em direção ao fundo...
A queda na rentabilidade dos fundos de pensão em 2004 foi um movimento mais frequente do que se imagina. Pesquisa da RiskOffice* com 100 entidades para as quais presta serviço mostra que apenas 47% deles superaram a chamada meta atuarial - que costuma ser um índice de inflação, normalmente o INPC, mais 6% ao ano. Em 2003, 80% deles obtiveram sucesso em seus investimentos. Mas, para Fernando Lovisotto, da consultoria, não há motivos de preocupação para os participantes: "O sinal amarelo só deve ser ativado quando o resultado é ruim por três anos seguidos".
...e atrás de salvação
A propósito, os fundos de pensão, ao que parece, trabalham para limpar a imagem respingada pela lama que inunda o planalto. Congresso da Associação Brasileira de Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp), a ser realizado em outubro, terá como tema "Responsabilidade social e profissionalismo". Aos interessados, o preço é bem salgado, em tempos de rentabilidade em queda: R$ 4.672 por participante.
Plano de saúde em dia
Enquanto as operadoras saúde choram os reajustes negados e o estado grave de suas contas, o Grupo Memorial espera dobrar em dois anos seu faturamento, que, em 2004 chegou a R$ 26 milhões. Para isso, o grupo investirá na conquista de clientes classe B - seu público é predominantemente das classes C e D. Nascida no subúrbio do Rio, a marca conta com hospitais, plano de saúde próprio e um sistema de franquia classificado entre as dez melhores opções da área de saúde, segundo a Associação Brasileira de Franchising (ABF).
Linha de Frente
Os executivos da Oakley internacional vêm a São Paulo na quarta-feira para divulgar os resultados da marca no país. Três anos após o desembarque, a multinacional do setor de roupas, calçados e acessórios colhe só alegrias com a operação verde-e-amarela. O braço brasileiro foi eleito a melhor subsidiária da americana, superando seus pares de África do Sul, Canadá, Alemanha Europa Japão, Oceania e Inglaterra. No Brasil, seus produtos estão presentes em más de 600 lojas multi marcas. Nos últimos três anos, o volume da produção nacional cresceu 70%, o que consagrou o país como centro exportador para toda a América Latina. Em 2004, o faturamento mundial da empresa chegou a US$ 800 milhões.
*Marcelo Rabbat, consultor de investimento especializado em risco de mercado e de crédito e vencedor de vários prêmios na categoria, também é diretor da RiskOffice.