O sistema de pesquisa como fator de conhecimento e  aprendizagem, mas infelizmente este conceito da pesquisa escolar foi distorcido por professores e pelos próprios alunos, considerando que interessa mesmo para ambos é a nota que corresponderá a sua aprovação ou reprovação. O foco da pesquisa sofreu uma mutação e já tornou uma ação cultural a pesquisa pela pesquisa,  e não como referência de aprendizagem critica que seria o objetivo maior deste tipo de atividade escolar.

A maneira equivocada de fazer a pesquisa, pois professor passa o trabalho e não acompanha seu tramite junto ao aluno, logo, a atividade tem inicio e fim, isto é, formação da equipe muitas vezes sem preocupar-se com os perfis de alunos que a compõem e a data da entrega sem o acompanhamento no desenvolvimento, isto interessado apenas na nota obtida e na aprovação, e este tipo de trabalho forma uma mecanização no aspecto do ensino escolar. Outra dificuldade muitas vezes uma simples leitura,  alem do famoso “copiar e colar” da internet ou ainda copia de livros de diversos autores, sem a mínima preocupação de ler e redigitar o texto com suas colocações próprias enriquecendo a pesquisa.

Em defesa, revelo a importância do acompanhamento junto aos alunos da pesquisa realizada e seus questionamentos e provocações repassadas a estes alunos. Alem da importância da pesquisa  sem entrar na mesmice, a pesquisa como fator fundamental para estimular a consciência critica dos formandos, ao mesmo tempo que estimula a uma formação de pessoas para vida, evitando a busca insistente por nota para aprovação.

A dinamização do modelo para se realizar a pesquisa saindo do modelo atual, conjuntural  e cultural desta pratica, ao mesmo tempo que condeno o acumulo de conteúdo e a manipulação dos professores sobre os alunos, cerceando o poder de articulação de pensamento e exposição e questionamentos de idéias.

Analisando, verifico que é necessária uma reforma conceitual entre os profissionais sobre a pesquisa, de modo instigar o aluno a dialogar com a pesquisa, orientando – se pelas provocações que os profissionais façam aos formandos, e toda ação que se torna cultural é difícil de mudar. Mas acredito, é impossível, é desafiador, e intersetorial, pois há necessidade do envolvimento familiar neste processo, é importante, alem de contemplar dinâmicas que estimulem o raciocínio e a opinião critica de cada aluno. Entre outras ideais penso que uma melhor utilização da tecnologia poderá despertar no ser humano uma exploração do conteúdo com mais sustentabilidade e objetividade desenvolvendo, sim, um trabalho sistêmico e orgânico e dentro das condições ideal e inovadora que tanto queremos para adequação da pesquisa e conhecimento.

Desta forma, acredito que a pesquisa vem como atividade complementar para obtenção do conhecimento não entrando no modismo, como diz Pedro Demo “ se um dia, educar pela pesquisa virar modismo, será porque não se entendeu nada”, logo a pesquisa seria um modo dinâmico de articular os pensamentos dos alunos, e questiona-los em sala e não entrar na mesmices dos conteúdos de disciplinas escolares que  não dinamizam, ao mesmo tempo que houvesse uma formação com os profissionais da educação, sendo assim o conteúdo não seria tão monótono e chato. Provoco também retomando as ideais da autora e afirmando que  pesquisa necessita  de um acompanhamento dos profissionais aos formando, para daí sim deixar de ser apenas uma mecanização, plagio ou coisa assim e realmente ser uma produção de conhecimento sistêmico, orgânico e objetivo.