Pespensar
Por Roque Aloisio Weschenfelder | 13/09/2006 | Poesias
noite escura
córrego
água caindo da cascata ao fundo
espumas brancas sobre ondulados movimentos
indo e vindo
rochas semi submersas
grilos cantando na margem
ilhota represando poço profundo
afunda meu pensar
caniço estendido
linha invisível ligando meu eu às profundezas
isca mordida
peixinho incauto fisgado
balança solene no ar escuro
em silencioso penar
comove meu pensar
estrelas no alto do céu
satélite vagando em contrário sentido
lua espiando por dentro da mata
sobe sem pressa
tem medo de ofuscar da láctea via o fascínio
esbranquiçadas nuvenzinhas
qual minúsculo bando de carneiros espalhados a pastar
na imensidão das alturas
eleva meu pensar
passam lentos minutos arrastados
passam eternas horas alongadas
soa o uníssono murmúrio da cascata
pára e começa e pára o canto do grilo
belisca outro peixe na isca e não fisga
belisca e pára e pára e belisca
e brinca uma brisa de refrescar
refresca meu pensar
flui a água a escorrer pelos vãos de escape
com pressa refaz-se a forma do córrego a rolar
entre pedras e margens e arbustos
levando lembranças ao rio e ao mar
de um tempo que custa passar
de flores nas margens a enfeitar
de frutas das árvores a cair
de chuvas na serra
de matizes de terra
de pescadores na noite a sonhar
de meu solitário pensar
debanda o rebanho de carneiros
a lua toma conta do pastoreio
a via láctea esvai-se aos poucos
à noite clareia o luar
pára o peixinho a beliscar
adentra a brisa na mata
vai sereno o córrego a rolar
bóia a espuma no leve ondular
sobre meu pensar
sonolenta madrugada a caminhar
rumo ao arrebol da vida do amanhecer
a cascata no eterno murmurar
a margem no seu eterno ali ficar
o céu no seu eterno vigiar
a água no seu eterno fluir
o peixinho no eterno beliscar
o grilo no eterno cantar
e eu no eterno pensar
córrego
água caindo da cascata ao fundo
espumas brancas sobre ondulados movimentos
indo e vindo
rochas semi submersas
grilos cantando na margem
ilhota represando poço profundo
afunda meu pensar
caniço estendido
linha invisível ligando meu eu às profundezas
isca mordida
peixinho incauto fisgado
balança solene no ar escuro
em silencioso penar
comove meu pensar
estrelas no alto do céu
satélite vagando em contrário sentido
lua espiando por dentro da mata
sobe sem pressa
tem medo de ofuscar da láctea via o fascínio
esbranquiçadas nuvenzinhas
qual minúsculo bando de carneiros espalhados a pastar
na imensidão das alturas
eleva meu pensar
passam lentos minutos arrastados
passam eternas horas alongadas
soa o uníssono murmúrio da cascata
pára e começa e pára o canto do grilo
belisca outro peixe na isca e não fisga
belisca e pára e pára e belisca
e brinca uma brisa de refrescar
refresca meu pensar
flui a água a escorrer pelos vãos de escape
com pressa refaz-se a forma do córrego a rolar
entre pedras e margens e arbustos
levando lembranças ao rio e ao mar
de um tempo que custa passar
de flores nas margens a enfeitar
de frutas das árvores a cair
de chuvas na serra
de matizes de terra
de pescadores na noite a sonhar
de meu solitário pensar
debanda o rebanho de carneiros
a lua toma conta do pastoreio
a via láctea esvai-se aos poucos
à noite clareia o luar
pára o peixinho a beliscar
adentra a brisa na mata
vai sereno o córrego a rolar
bóia a espuma no leve ondular
sobre meu pensar
sonolenta madrugada a caminhar
rumo ao arrebol da vida do amanhecer
a cascata no eterno murmurar
a margem no seu eterno ali ficar
o céu no seu eterno vigiar
a água no seu eterno fluir
o peixinho no eterno beliscar
o grilo no eterno cantar
e eu no eterno pensar