INTRODUÇÃO

 

Para uma eficácia de uma gestão educacional, uma escola deve estar preparada para a administração de recursos educativos. Entendendo-se neste que seja desenvolvida atividade instrutiva e facilitadora em termos de conceito e ação na prática dos objetivos da educação.

Neste contexto toda instituição educativa busca formatar um modelo construtivo no sentido coletivo para encarar com vitória os desafios ultrapassando as barreiras da rotina da burocracia.

Para tanto se faz necessário entender que os fundamentos da administração no sentido de conceito tem origens fora do ambiente escolar e sim exteriormente  nas bases políticas direcionando as ações ao bem comum como um plano inicial.

É neste pensar que para um gestor educacional o espaço escolar deve estar pautado em buscar integridade de envolvimento de todos envolvidos contando com setor administrativo, docentes, funcionários alunos e pais de alunos – família,  constando neste envolvimento desde a metodologia, conteúdo e avaliações das atividades. Vendo neste sentido uma participação democrática.

Para o papel do coordenador pedagógico são colocadas muitas atribuições no âmbito escolar é o ponto de união e conciliação entre, professores, alunos e famílias.

No entanto para uma direção do sistema educacional de trânsito as peculiaridades pedem uma atenção específica por se tratar de uma necessidade bastante característica e que deve estar sempre atualizada com os avanços da tecnologia que gera novos desafios de conhecimento e adaptações.

É uma instituição que tem participação ativa e efetiva no cotidiano da escola, sociedade, indústria e mercado.

Para uma gestão eficácia de uma escola específica como a autoescola deve estar focada em todo um contexto cotidiano da educação, do conhecimento pessoal, social e cultural conduzindo seu público à interação e intervenção ao contexto situacional de cada época que se está em vivência. Entendendo que a formação destas pessoas consta da conscientização sobre sua participação e responsabilidade pela harmonia social e o respeito a vida, sua e alheia.

Neste sentido o presente estudo busca aprofundar no universo de uma gestão para a educação de trânsito de modo cientificamente metodológico para o real conceito de mercado e administração empresarial. 

  1. EMBASAMENTO TEÓRICO 

Gestão doConhecimento 

Dando início aos estudos, busca-se o aprofundamento científico desde o que em termos de elementos envolvem uma gestão educacional, o conhecimento e sua administração.

Para melhor entender o conceito de Gestão do Conhecimento, Bernardes  (2011) diz depender de uma ação sistemática tanto interna como externa da empresa envolvida, principalmente a organização que está focada na captação, análise, tratamento e distribuição da informação. É ressaltado pelo autor referido que a Gestão do Conhecimento deve ser conduzida nas fases de geração, codificação, disseminação e apropriação do conhecimento, onde o mesmo denomina de transformação, complementando com a reflexão de que se é possível desde que exista um padrão de relacionamento entre as informações que estes representem o conhecimento.

Existem alguns outros autores que trazem definições diferentes sobre a Gestão do Conhecimento. Como:

A gestão do conhecimento (GC) pode ser entendida, basicamente, como “a arte de gerar valor a partir de bens intangíveis da organização” (SVEIBY, 1998, p.  1). Ou seja, sua função é gerar riqueza e valor a partir do gerenciamento de elementos que estão fora do contexto habitual de terra, capital e mão-de-obra, visão esta compartilhada por Drucker (1993). (SCHELESINGER et al, 2008, p.12)

 

No entanto para Tarapnoff (2006) afirma ser a Gestão do Conhecimento a identificação e mapeamento dos ativos intelectuais de uma empresa que desperta para o conhecido, sugerindo outros novos conhecimentos em busca da competitividade e suas vantagens como organização, como compartilhar práticas e técnicas que melhoram e impulsionam o processo do negócio.

Para Santos (2006) é a Gestão de Conhecimento uma área interdisciplinar utilizando conceitos, modelos, técnicas e métodos que desenvolvem diversas disciplinas que compõem um corpo de conhecimento crescente. Assim em cada fase formam bases teóricas e metodológicas para uma disciplina científica.

“Dentre essas disciplinas, podemos citar: as ciências cognitivas, da educação, da informação, da administração e de comunicação.” (SANTOS, 2006, p. 34). 

Desenvolvimento da Gestão doConhecimento 

Conhecido o básico do sentido da Gestão do Conhecimento importante é entender seu desenvolvimento, para tanto Silva e Neves (2004) mostram que é preciso considerar a cultura organizacional, por parte da Gestão do Conhecimento, por fato de que em um momento as organizações iniciam a percepção de assim esperar resultados que signifiquem avanços para a empresa. É nesse período que a cultura de uma empresa percebe as mudanças de modo mais expressivo e influenciam os programas de gestão do conhecimento da organização.

É defendido por Bernardes (2011) que os atos de gerenciamento do conhecimento dentro de uma empresa que em seu entender se faz por promover ações em busca de facilitar a compreensão e desenrolar do desafio encarado dentro da atualidade organizacional, é preocupação administrativa de uma firma, assim afirma o autor referenciado, considerando que em cada vez que há aprofundamento, mais intensa é a importância dada a estratégia do conhecimento em um ambiente  competitivo e globalizado do mercado, como o mesmo se apresenta.

“[...] difunde-se a gestão do conhecimento e suas práticas como forma de gerenciar e desenvolver o conhecimento e suas práticas como forma de gerenciar e desenvolver o conhecimento nas organizações.” (FREITAS, JANISSEK-MUNIZ, 2006,  p. 56).

Outros autores como Silva, Espíndola e Vilar (2006) dizem que para entender o desenvolvimento da Gestão do Conhecimento é importante que se coloque em uma perspectiva histórica, permitindo ser identificada a preocupação do homem em seus aspectos sociais e de produtividade, acreditando assim os autores, que mesmo que a sociedade tivesse percebido a grande revolução vivenciada pela transformação industrial advinda das tecnologias, a história trouxe momentos da civilização onde o sujeito centralizou suas atenções e preocupações os processos organizacionais e classificação de Aristóteles, de Francis Bacon e de Diderot e d’Alembert. Onde Aristóteles por volta de 344 a.C. em sua obra Organon, sugere o uso da lógica como ferramental de classificação para o conhecimento e assim obter a razão. Já Francis Bacon em 1620 mostra em uma publicação a obra reconhecidamente célebre, Instauratio Magna, mais conhecida como Novum Orgamun, onde de forma abrangente discute sobre organização e classificação do conhecimento. Denis Diderot em 1772 juntamente com Jean Le Rondo d’Alembert publicam a “Encyclopédie” ou “Dictionnaire Raisonné dês Scences, dês Arts et dês Métiers”, foi esta, a primeira enciclopédia que explica o conhecimento a respeito da ciência, arte e ofício de forma comentada e criticada. É como uma forma de ver que os avanços sociais, motivaram a criação destes documentos como forma de dissipar o conhecimento científico, constatando a importância do conhecimento como fator determinante e fundamental para os percebidos avanços da sociedade.

Importante também é entender o que Bernardes (2011) trouxe como reflexão neste tema apontado, dizendo que o mundo passa por transformações constantes, o que faz crer é importante analisar entre a certeza e o raciocinar da lógica dos fatos reais da indústria, considerando uma era com características como: impressão, futuro desconhecido e números infinitos de possibilidades propositais que se apresentam, onde o autor chama de era do conhecimento onde a principal peculiaridade seria o complexo dinamismo que a temporaneidade lhe oferece.

Este mesmo autor cita Mariotti (1999) e Lima (2002) que afirmam ser essa tal complexidade a diversidade, ou seja, conviver com o aleatório, mudanças constante e conflito, seria o sujeito ter que lidar com estes pontos que estimulam criadores em potencial e transformadores sobreviventes da complexidade e a imprevisibilidade do futuro, e assim compara a atualidade dos autores que mesmo de épocas diferentes encontram-se nas ideias contemporâneas da gestão no mercado da história do homem.

1.2.1       Gestor Educacional e seu Papel 

Primeiramente é importante entender que “gestão” é um termo utilizado em demasia para identificar e definir a prática das atividades de administração do espaço escolar. Segundo Antunes (2008) o termo gestão tem origem etimológica do latim gero, gestum, gereree estes significam chamar para si, executar, gerar.

Mediante tais afirmações entende-se que a gestão está para além do ato de administrar, também envolve dimensões que ultrapassam a concepção de comandar e de autoritarismo, mas com a democratização e diálogo.

Para a administração de uma escola, ou gestão escolar as dimensões são consideradas como sendo o administrar uma atuação como um meio e não como um fim em si mesmo, para tanto Lück et al (2006) apresenta quatro níveis da gestão escolar que são 1 – Gestão Pedagógica, 2 – Administrativa, 3 – Financeira e 4 – Política.

Neste contexto entende-se que a atuação do gestor escolar no que diz respeito ao primeiro nível está focado na área pedagógica-educativa, onde estabelece um comprometimento em equipe os objetivos do ensino, neste define as linhas de atuação voltadas para a equipe e toda comunidade escolar. Neste a função do gestor está direcionada para a estrutura física em geral e espaços de apoio pedagógico. Isso envolve modalidade de ensino oferecida, clientela, recursos humanos da escola, rotinas da organização escolar, processo de ensino aprendizagem e também a construção do PPP – Projeto Político Pedagógico.

Os mesmos autores informam ainda que na Gestão Administrativa  o profissional está responsável pela parte física da escola como também da parte institucional da mesma, onde estão todas estas especificidades descritas no plano escolar e também no regimento.

Para entender as atribuições do gestor para tal nível vem a organização de modo geral da instituição escolar, seja escola regular, seja escolas especiais, incluindo a relação com a comunidade tanto interna como externa a participação de todos no

 

planejamento, administrativo e avaliativo da escola, a democratização de toda informação e por último a gestão do material e do patrimônio.

Entenda-se ainda que faz parte das funções a gestão das finanças da empresa, a quem está inserida a responsabilidade das etapas abrangentes.

Devendo ainda observar os princípios administrativos legais e públicos, morais, impessoais e publicações.

O grande perfil base do gestor reduz-se a grande capacidade de liderar tendo toda uma entronização para as relações interpessoais.

Tal dimensão da gestão é defendida por Luck (2006) por envolver toda uma ação de globalização, práxis, participação e cidadania, além de outros aspectos. Tais dimensões exigem do gestor dinamismo. Destes fatores relatados entende-se que fazer gestão significa provocar inovações, estas, consideradas necessárias para a obtenção de resultados objetivados.

[...]