Hoje é dia 12 de junho, dia dos namorados. O que é bom vou sair com a minha esposa para curtir um pouco. Nós realmente estamos precisando disso.  Mas o que está em questão agora não é o fato de hoje ser o dia que é, mas sim o que vou lhe contar a cerca do que tem acontecido comigo nos últimos dias. Ou melhor, dizendo, nos últimos anos. Não sei o que é isso ou quem está fazendo isso comigo, mas isso me apavora e muito. Tem dias que fica difícil dormir eu não falo isso com minha esposa Carla, pois ela pode achar que isso é fruto da minha imaginação ou então alucinações por conta dos remédios controlados que eu venho tomando.

Quando eu era pequeno costumava ver coisas em casa de minha avó, mas sempre que comentava com alguém da família eu era repreendido de alguma forma; “Breno, você ver filmes demais é por isso que vive imaginando coisas ou tendo pesadelos.” Diziam minha mãe e minha avó. Meu tio por sua vez adorava me pregar peças por causa disso. Em certa ocasião, quando eu devia ter meus 9 ou 10 anos de idade, não me lembro muito bem, eu vi um demônio, poucas pessoas acreditam quando digo isso. Mas o fato é que eu o vi na cozinha da casa de minha avó. Ele apareceu para mim na forma de sombra como aquele espectro do desenho caverna do Dragão. Ouvi dizer em algum lugar que esses tipos de demônios são criaturas que sugam as energias das pessoas. Não sei se a fonte que pesquisei tem respaldo para dizer o que disse, mas o fato é que realmente estava e ainda estou me sentindo dessa forma, sem forças. Naquele dia eu chorei de medo e não quis ir a escola.

Depois daquele caso isolado passei um tempo sem ter contato com esses tipos de coisas ou entidades. Mas na adolescência eu tive algumas séries de pesadelos, que julguei como coisas comuns que qualquer adolescente que ver filmes de terror em demasiado pode ter. Mas um deles me chamou muito atenção; Foi certa ocasião em que eu sonhei que estava deitado em minha cama e que um cara com garras de lobo ia me dilacerar inteirinho, não coseguia me mexer, via tudo em meu quarto e nitidamente assistia o cara prestes a me destroçar. De repente tudo voltou ao normal e eu estava acordado, era madrugada e eu estava suando frio.

Confuso e estranho mesmo foi o que aconteceu comigo em 2010. Eu ainda não era casado, estava noivo de Carla, que hoje é minha esposa, portanto, ainda morava em casa de meus pais. Nesse dia eles tinham viajado e meu irmão resolveu sair pra curtir uma balada e então eu fiquei em casa sozinho. Fiquei um tempo acordado assistindo TV e depois um pouco na internet, comi umas besteirinhas, pizza, sanduíches, não me lembro muito bem dessa parte. Quanto era perto de 2:00hs da manhã em resolvi ir deitar. Eu não me lembro de ter visto nada. Talvez por isso até eu tenha tanto assombro quando lembro desse episódio de minha vida. Fui me deitar e daí passou alguns minutos e escuto alguém bater à porta da sala. No primeiro toque não dei muito atenção e não fui, mas aí tocou mais duas vezes. Então pensei; “Pode ser minha tia que mora na casa de baixo precisando de alguma coisa”. Acendi as luzes da varanda e olhei pela janela lateral direita esperando encontrar a tia Alda, mas não havia ninguém lá. Abria a porta e fui até a varanda par ver melhor, só alguns gatos no cio andando pelo telhado. Por um momento passou pela minha cabeça que talvez tenha há sido um dos felinos. Mas pela nitidez do som que chegou aos meus ouvidos com certeza se tratava de uma mão humana e não de um gatinho arranhando a porta. E que por sinal não havia marcas de arranhados nela.

Cansado de investigar e de imaginar possibilidades sobre o que acabara de vivenciar decidi ir deitar novamente. Quando estava prestes a pegar no sono eu escuto aquele som novamente; Toc, toc, toc..., só que dessa vez na janela do meu quarto. Fiquei totalmente arrepiado de medo, estava convencido de que aquilo não era o vento e muito menos fruto de minha imaginação. Eu estava acordado aquilo não era um sonho. De repente toca de novo e de novo. Enfiei o rosto em meu edredom totalmente pasmo enquanto alguém ou algo batia na janela de meu quarto. Ninguém espera ser surpreendido dessa forma de madrugada quando só se pensa em tirar aquela soneca. E alem do mais o que eu mais esperava naquele momento era o amanhecer e “o sol batendo na janela do meu quarto”, como na música da Legião Urbana. Finalmente peguei no sono e acordei meio assustado no dia seguinte, quando me levantei pude ver que meu irmão já havia chegado da balada e estava lá em sua cama, babando no travesseiro.

 Curiosamente parecia que a tal coisa resolveu sair da casa de meus pais junto comigo. Continuou a me perseguir.  Fui morar com Carla minha esposa. Os pesadelos e as sensações de estar sendo observado por uma presença maligna continuam o tempo todo. No ano passado minha esposa sonhou que esta sendo perseguida por vampiros. Até ai tudo bem, esses tipos de sonhos possuem vários significados. Acordei-a e tentei acalmá-la, mas ao abrir meus olhos vi uma nuvem negra por sobre nossa cama. Minha esposa e eu sempre fomos pessoas de muita fé então começamos a orar até que a coisa sumiu.

Depois desse episódio isolado, começou a suceder-se uma série de sonhos estranhos comigo, bom não sei se de fato são sonhos ou se estou acordado, ou se sonho que acordei e aí acontece as coisas. Espasmos musculares, do nada, me vejo intacto sem conseguir sequer mover os dedos dos pés e aquela velha sensação de estar sempre sendo observado. Sonhos de que estou me olhando no espelho e de repente meu reflexo começa a se mover sem que esteja me movimentando do outro lado e minha face no reflexo muda, fico com uma aparência maligna também são comuns. Ou Barulhos no meio da noite também tem sido comum, coisas caindo pela casa. Uma vez deixei meu violão fora do case e como que do nada escutei algo tocar nele. Aproximei-me e realmente, as cordas ainda estavam vibrando, como se alguém as tivesse tocado.

O caso mais recente aconteceu há dois dias. Eu estava em casa descansando após meu almoço. Estava de folga. Deitei um pouco para relaxar, muito rapidamente peguei no sono. De repente senti aquela sensação novamente. Meu corpo totalmente imóvel e formigando, senti meu crânio sendo apertado por algo. Abri meus olhos e consegui ver dedos, era uma mão humana, grande, parecia ser de um homem extremamente forte. Não conseguia me virar para vê-lo. Eu estava do lado direito de minha cama e ele parecia estar de pé ao meu lado. Comecei a tentar esboçar alguma reação. Mais os gritos pareciam não sair de jeito nenhum. Até que eu dado momento eu disse algo, que não me recordo e do nada tudo parou, voltei a me mexer e mão já não estava mais lá.

Estou agora aqui eu meu trabalho enquanto escrevo esse artigo, minha última noite de sono foi tranquila. Mas nunca se sabe essas coisas são imprevisíveis. Ora estou bem e aí do nada eles aparecem. Malditos demônios que nos perseguem. E o pior de tudo é que na maioria das vezes nós mesmos os criamos. Bom, pelo menos são o que os psicólogos e psiquiatras falam para todos. Mais “afinal o que é Rock n’ Rol, os óculos do John ou olhar do Paul”, já dizia os Engenheiros do Havaí. O quero dizer com isso, verdade ou não devemos combatê-los, Seja com a fé ou com a ciência. Se for realmente algo que criamos, que possamos combatê-los com as armas que a ciência tem nos oferecido. Se alguma força maligna que tenta nos tirar a sanidade que possamos nos arraigar em nossa fé, seja ela qual for e vencê-los de uma vez. E se o mal estiver dentro de nós, é por que estamos contaminados e inflamados com o veneno que um dia fora lançado na terra que o bom Deus criou.

Uma história baseada em fatos reais – por Tom Oliver

Os nomes dos envolvidos foram modificados para imagem dessas pessoas serem preservadas.