RESUMO

Antecedentes: A indústria de ovinos cresceu nos últimos anos. No entanto, existem barreiras sanitárias a esta produção que afetam o consumo de produtos finais em relação à saúde pública. A mastite ovina, devido aos agentes contagiosos ou ambientais, é o principal problema enfrentado pela indústria ovina leiteira. A ocorrência dessa doença de rebanho, além das consequências sanitárias, traz grandes prejuízos econômicos.

Revisão: A mastite ovina é causada por diferentes grupos de microrganismos sendo que as bactérias são as mais relacionadas a esta doença. O Staphylococcus é o agente prevalente nos casos de mastite. Podem ser citadas como os principais envolvidos em casos de doenças os Staphylococcus coagulase negative (SCN) e Staphylococcus coagulase positive (SCP). A glândula mamária pode ser afetada com sintomas clínicos e subclínicos. No entanto, o segundo é mais comum e mais difícil de detectar. O diagnóstico de mastite pode ser feito de forma direta - através de cultura bacteriana e de forma indireta - através do Califórnia Mastitis Test (CMT) e Contagem de Células Somáticas (CCS). No entanto, os resultados de CCS em ovelhas ainda são escassos, uma vez que os parâmetros utilizados como referência são da espécie bovina. Os antimicrobianos utilizados para tratar e prevenir a mastite ovina foram os destinados à espécie bovina. Cefalosporinas são as mais comumente usadas ​​para controlar a mastite ovina, com indicação para as bactérias Gram-positivas, como S. aureus. Alguns microrganismos podem desenvolver resistência devido à ação das β-lactamases. Não existem, no mercado nacional, medicamentos com designação especifica para ovinos e há carência de literatura para esta espécie animal.

Discussão: O uso de procedimentos higiênicos para produção de leite pode ser adotado para garantir melhorias na qualidade deste produto e seus derivados, bem como a adoção de novos procedimentos terapêuticos exclusivos para ovinos.

Descritores: mastite, ovelhas, suscetibilidade, antimicrobianos, Staphylococcus.