Nós temos ideias, pensamentos e atitudes que foram se formando e aperfeiçoando ao longo da vida ou absorvemos de outra pessoa, geralmente de quem nos criou, pai, mãe ou outros, e isto tudo muitas vezes não se aplica mais à nossa vida atual, não são mais benéficos e não satisfazem mais, e é aí que surge uma necessidade de mudança, para termos resultados melhores.

Um exemplo pode ser um plano de vida em que uma mulher cresceu com a convicção e determinação que deveria se casar aos trinta anos de idade. Esta mulher muitas vezes visando seu objetivo e para concretiza-lo se envolve em relacionamentos amorosos problemáticos que não fazem bem a ela. Ela se torna “escrava” de si mesma, de suas ideias, de seu objetivo inflexível.

Esta rigidez de pensamento pode nos trazer graves prejuízos e por isto precisamos expandir sempre nossos limites e ampliar a consciência para deixar a vida acontecer, ou seja, dar uma margem de erro a um plano....ter mais de um plano.

É importante vivermos o presente também e não criar expectativas irrealistas. É claro que planejar é fundamental para se evoluir e desenvolver mas tudo deve ser feito com moderação, pois a vida não é exata e nem tão precisa.

Quando somos muito exigentes e inflexíveis dispendemos muita energia com pequenos detalhes que podem não ser tão essenciais, e, o medo de errar nos impede de progredir, pois quando nos arriscamos menos, nossa chance de acertar também diminui.

O planejamento em excesso pode vir a se tornar patológico e aí se faz necessário o auxilio de um psicólogo ou psiquiatra para diagnóstico e tratamento.

A busca eterna do ser humano é por uma vida equilibrada e neste quesito não poderia ser diferente. Seja flexível em seus projetos, dê margem de erro e tenha planos b, c, d....planejar é importante mas deixe o inesperado também fazer parte da sua vida, ela é dinâmica e nos surpreende. Às vezes a surpresa pode nos trazer resultados mais positivos do que o esperado!

Por Giselle Dechen – Psicóloga On Line e Psicóloga Florianópolis

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