Percepção dos Sonhos.
Por Edjar Dias de Vasconcelos | 07/02/2013 | PoesiasPercepção dos Sonhos.
Um ângulo obtuso perdido numa linha reta.
São sinais absoltos que determinam significados.
Tântalos festins que reclamam a predestinação.
O que deveria dizer entre outras coisas o soneto.
Martiriza o costumeiro espaço a distância dos sonhos.
Lembro-me do canto lírico e da diferença de expressão.
Abalada metafísica ao aspecto a priori dos entendimentos.
A língua treme aos trambolhões abscôndita semelhança.
Desconjuntada a mais telúrica ao silêncio do céu estrelado.
Uma congregação de ideias exício ao destino derretido.
A sorte de estremecer o átomo predestinado à dialética.
Súbito ao cântico que determina prosternação dos últimos segredos.
Desperta ao pensamento desconexo falho a noite adormecida.
O desconforto pelo rumor puxa se os pés pelas mãos.
Desalento ao verso contempla a vossa meditação indelével.
Uma criança que perdeu tudo, o que restou significa aquilo que foi deixado ao azul do infinito.
A eterna escolha procusto adentra a contemplação.
A figura espectral infinda ao ergo envolve-se a intenção.
Não sei até quando outra vez poderá aparecer a luz do sol.
Se pudesse antes de qualquer aviso dormiria uma noite inteira.
O que sei da plasmática substância anônima ao que deveria ser dito.
A noumenalidade kantiana brônzea a morfogênese ínclita.
Estendida pavorosamente destina-se ao instinto a vossa sombra.
Inexorabilíssimo a singularidade do adeus ao ultimo pedido.
Digo-vos ao que não deveríeis dizer como fosse à intensidade da noite.
Adstrito gabe aos vícios compreenderás o tempo passando.
O olhar descreve e o desconsolo compreende autônoma fala da descrição.
Um homem igual a mim que jamais esqueceu a velocidade do tempo.
Partículas de átomos ao ultimo sinal ao restante da imaginação.
Não sei o que significa ao ver a distância todos tiveram que ir embora.
Restou tão somente a vossa intuição aos dizeres da última vontade percebida.
Edjar Dias de Vasconcelos.