Percepção dos Sonhos.

Um ângulo obtuso perdido numa linha reta.

 São sinais absoltos que determinam significados.

Tântalos festins que reclamam a predestinação.

O que deveria dizer entre outras coisas o soneto.

Martiriza o costumeiro espaço a distância dos sonhos.

Lembro-me do canto lírico e da diferença de expressão.

Abalada metafísica ao aspecto a priori dos entendimentos. 

A língua treme aos trambolhões abscôndita semelhança.

Desconjuntada a mais telúrica ao silêncio do céu estrelado.

Uma congregação de ideias exício ao destino derretido.

A sorte de estremecer o átomo predestinado à dialética.

Súbito ao cântico que determina prosternação dos últimos segredos.

Desperta ao pensamento desconexo falho a noite adormecida.

O desconforto pelo rumor puxa se os pés pelas mãos. 

Desalento ao verso contempla a vossa meditação indelével.

Uma criança que perdeu tudo, o que restou significa aquilo que foi deixado ao azul do infinito.  

 A eterna escolha procusto adentra a contemplação.

A figura espectral infinda ao ergo envolve-se a intenção.

Não sei até quando outra vez poderá aparecer a luz do sol.

Se pudesse antes de qualquer aviso dormiria uma noite inteira.  

O que sei da plasmática substância anônima ao que deveria ser dito.

A noumenalidade kantiana brônzea a morfogênese  ínclita.

Estendida pavorosamente destina-se ao instinto a vossa sombra.

Inexorabilíssimo a singularidade do adeus ao ultimo pedido.

Digo-vos ao que não deveríeis dizer como fosse à intensidade da noite.

Adstrito gabe aos vícios compreenderás o tempo passando.

O olhar descreve e o desconsolo compreende autônoma fala da descrição.

Um homem igual a mim que jamais esqueceu a velocidade do tempo.

Partículas de átomos ao ultimo sinal ao restante da imaginação.

Não sei o que significa ao ver a distância todos tiveram que ir embora.

Restou tão somente a vossa intuição aos dizeres da última vontade percebida.

Edjar Dias de Vasconcelos.