Como estudamos, a Filosofia como mãe de todas as ciências, acabou determinando muitas ações do ser humano. No período moderno não foi diferente. Os renascentistas, que passaram a ter um grande otimismo em relação ao homem, terminaram a volta às fontes antigas de Roma e da Grécia, que passaram pela valorização do ser humano (foi onde se criou o chamado Antropocentrismo, ou seja, o home era o centro de tudo).

Outra caraterística fundamental da Filosofia Moderna foi à valorização do ser humano que passou a ser valorizado devido ao ser que usa a razão e esta é uma instância privilegiada de uma busca mais profunda para as coisas. Dentro deste contexto, a fé muito utilizada e valorizada no período medieval, perdeu seu espaço e sua exclusividade. A velha máxima da Filosofia Medieval: ‘Filosofia serva da Teologia’, deixou de existir, pois a Filosofia DECLARA SUA AUTONOMIA DIANTE da Teologia.

Junto com o desenvolvimento da Filosofia outras ciências também crescem e o CONHECIMENTO passa a ter seu método próprio e sua autonomia. Acontecimentos como a chegada dos europeus em outros continentes, o invento da imprensa, novas técnicas na medicina, artes entre outros, impulsionaram e aguçaram o ser humano a ir além do seu imaginário.

Se na Idade Média, juntamente com a Filosofia inserida neste período, ligada à Igreja Católica, afirmava que o homem é submisso a um ser criador, neste período este homem, que passou a ter a capacidade de conhecer racionalmente a verdade e à sua autonomia, ele passa a ser o construtor de sua própria história. Neste sentido foi rompida a visão de que o ser humano vive no mundo apenas de passagem, na verdade o mundo está a disposição deste homem que é capaz de dominá-lo e tirar dele todos os benefícios.

Por isto que a vertente forte da Filosofia Moderna é o racionalismo, onde a razão  humana é a instância legítima para se decidir sobre a falsidade ou veracidade de uma ideia. Não se pode esquecer o grande método surgido neste período, o método da dúvida de Descartes (1596-1650) “Penso, logo existo”.

Outra vertente, o empirismo que realçou a importância da experiência na construção do conhecimento humano e na busca da verdade – Bacon (1561-1626) -  Locke (1632-1704) - Hobbes (1588-1679).

E, sem deixar de elencar o famoso iluminismo que sintetiza a aspiração do filósofo como sendo um anticlerical, antiabsolutista ao afirmar ser indispensável ao homem moderno colocar a razão a serviço da verdade, da política, da educação e até da religião. Grandes filósofos iluministas: Montesquieu (1689-1755) – Voltaire ( 1694-1778) – Diderot ( 1713 – 1784) – Rousseau (1712-1778). Além do iluminismo, surge também a corrente do criticismo, onde a razão pura é capaz tão somente de tratar da realidade atingível pela experiência, grande nome desta corrente foi Kant (1724-180).

Portanto, ser moderno era: 1. Valorizar o homem; 2. Ser  crítico é não aceitar a passividade;  3. Valorizar a experiência;  4. Separar a da fé e da razão;  5. Confiar na razão