RESUMO

 

Inclusão das adolescentes e jovens e pela educação exercida nos cursos de ensino.

A classe Hospitalar é um argumento que tem despertado na prática da observadora a busca por resultados de como o pedagogo faz seus conhecimentos para atuar nesse espaço não escolar. Este estudo tem como referencias metodológicos a pesquisa bibliográfica e o estudo de campo. A profissão docente envolver a posse dos aspectos das disciplinas e às ferramentas para transmiti-los. Aprender a ser pedagogo, não é tarefa que se conclua após saberes de um aparato de conteúdos e técnicas de divulgação deles. O saber oriundo da experiência é determinante no processo de construção da identidade profissional do professor, porém essa identidade é compreendida a partir da formação acadêmica e da inserção do educador num grupo de educadores. De momento realista, é preciso elimina-las, apoiando e proporcionando melhores formas de dever nas ações individuais, a partir desse entendimento, destaca-se a importância de oferecer, durante de uma formação incessante, ações e noções voltadas á superação.

Palavra-chave Práticas: Pedagógicas. Educacional. Classe Hospitalar

 

INTRODUÇÃO

O acadêmico, com o curso de licenciatura pedagogia se capacita e fica habilitado para atuar em várias instâncias das práticas educativas, ou seja, na educação informal, não-formal e formal, sempre buscando conciliar a teoria com a prática. Entende-se portanto, que a formação pedagógica atualmente aponta diversas direções no campo de trabalho, tanto dentro dos muros da escola como fora dele, porque subentende que a Educação se dá em todos os lugares, desta forma, levando a realização de  reflexões sobre as novas perspectivas para o pedagogo que se insere no mercado de trabalho.

Sabendo disto, verifica-se que atualmente existe uma preocupação muito grande que envolvem crianças e adolescentes que estão internados em hospitais em tratamento, sendo afastadas por um determinado período do convívio escolar prejudicando o seu desenvolvimento cognitivo, psíquico, social inclusive o afetivo e por estarem em um ambiente que difere do seu dia a dia, do habitual, sendo essencial a atuação do pedagogo neste ambiente, onde realiza um trabalho pedagógico viabilizando a estes pacientes a continuidade aos estudos, sendo portanto, o papel do pedagogo hospitalar é indispensável para auxiliar, mediar e incentivá-los, proporcionando a estas crianças e adolescentes um ensino aprendizagem mesmo dentro dos hospitais, não ficando desta maneira defasados em relação aos colegas de escola ou ocorrendo uma interrupção no desenvolvimento integral por não poderem frequentar a escola.

Neste caso, por ser um assunto de extrema relevância, esta produção textual interdisciplinar propõem a produção de um texto argumentativo sobre a relevância da atuação do pedagogo em espaços não escolares, as particularidades presentes na pedagogia hospitalar e o papel da leitura para crianças hospitalizadas, logo na sequência, será comtemplado a elaboração de um projeto de leitura a ser aplicado em uma classe escolar com crianças de 6 a 10 anos de idade.

Portanto, este trabalho tem como propósito, objetivos, levar o acadêmico ao conhecimento das diversas áreas de atuação do pedagogo, mais precisamente sobre a atuação do pedagogo hospitalar e a importância deste profissional mediando ações, metodologias, práticas pedagógicas, beneficiando o desenvolvimento, aprendizagens de crianças e adolescentes que estão por algum motivo hospitalizadas, sendo afastadas do convívio familiar e escolar.  

 

1DESENVOLVIMENTO

2.1- TEXTO: A relevância da atuação do pedagogo em espaços não escolares, as particularidades presentes na pedagogia hospitalar e o papel da leitura para crianças hospitalizadas.

diferentes modos, como afirma o teórico Libânio (2005) que:

O campo educativo é bastante vasto, uma vez que a educação ocorre em muitos lugares e sob variadas modalidades: na família, no trabalho, na rua, na fábrica, nos meios de comunicação, na política, na escola. De modo que não podemos reduzir a educação ao ensino e nem a Pedagogia aos métodos de ensino. (Libânio, 2005)

 

 A Educação, de acordo com Freitas (2007) “ Ocorre nas áreas em que há um desenvolvimento de formação humana para a vida”, portanto, para ele o profissional de pedagogia é “fundamental para além do âmbito escolar, reforçando que as prospectivas deste profissional estão bem afastadas da visão restrita da formação específica para sala de aula”.

Entende-se, assim, que o pedagogo não atua somente em escolas, pois, sua formação acadêmica abre um leque de possibilidades fora do ambiente escolar, onde pode atuar em vários ambientes realizando o seu trabalho, como ressalta

Inclusive a Resolução CNE/CP N° 1(2006), as Diretrizes Curriculares Nacionais para o curso de Pedagogia, refere-se sobre a atuação do pedagogo sendo executada em áreas escolares e não-escolares.

Para o teórico Ceroni (2006), o profissional de pedagogia possui qualificação e habilidades para trabalhar em diferentes setores profissionais, diferentes ambientes com as práticas educacionais, voltadas para o desenvolvimento dos indivíduos.

 

Desta maneira, o pedagogo pode atuar em diferentes ramos, segundo Almeida, (2006, pg.7), como em: “Coordenação de ações culturais, brinquedotecas, hospitais, gestão e desenvolvimento de conselhos tutelares, organizações não governamentais e em diversos outros ambientes”.

Assim, ocorre a ampliação das áreas de atuação do pedagogo, devido à grande necessidade deste profissional nos diversos ambientes que estão em busca de profissionais que tenham qualidades inerentes voltadas para a Educação, assim, Libâneo e Pimenta (1999, p. 9) ressaltam que:

“[...] não é possível mais afirmar que o trabalho pedagógico se reduz ao trabalho docente nas escolas. A ação pedagógica não se resume a ações docentes, de modo que, se todo trabalho docente é trabalho pedagógico, nem todo trabalho pedagógico é trabalho docente”. (Libânio e Pimenta,1999, p. 9).

 

Portanto, levando em consideração que o pedagogo pode atuar em diversos ambientes, devido sua formação acadêmica e reconhecendo também segundo Mattos e Mugiatti (2011) que todas as crianças têm direito ao ensino escolar, sendo portanto, essencial que os hospitais tenham um olhar voltado para estes pacientes em relação a Educação, preocupados não somente com a melhora da saúde, tratamentos médicos, mas com o desenvolvimento integral dessas crianças e adolescentes que estão internados.

Atualmente, muitos hospitais estão criando espaços voltados para estes pacientes, tais como as brinquedotecas que são locais preparados para as crianças e adolescentes, voltados para eles, onde podem brincar livremente, socializar-se, viabilizando o ensino aprendizagem, como ressalta Cunha (2001):

[...] a brinquedoteca é um espaço criado para favorecer a brincadeira, [...] aonde a criança (e os adultos) vão para brincar livremente, com todo o estímulo à manifestação de potencialidades e necessidades lúdicas”. Brinquedoteca propicia a construção do saber. (Cunha 2001, p. 15 e 16).

 

Assim, neste espaço, os pedagogos mediam situações que por meio de diferentes práticas pedagógicas, metodologias, ações facilitando o conhecimento, socialização, aprendizagens.

O pedagogo hospitalar, utiliza-se não somente do brincar, da interdisciplinaridade, mas também da realização de diferentes leituras, de acordo com a idade e interesse destes alunos, possibilitando o conhecimento, aprendizagens, acolhimento, divertindo-os, e assim observa-se que muitos apresentam  melhoras consideráveis não somente no desenvolvimento, mas colaborando para melhora do quadro clinico de muitos pacientes.

Pois a contação de história, a literatura infantil, além de ter caráter de divertir as crianças, viabilizam momentos agradáveis, trazendo diversos benefícios, para as crianças e adolescentes internados, tanto no intelecto, sentimentos, auxiliando na aprendizagem em como lidar com situações problemas do dia a dia, despertam a imaginação, como afirma Abramovich, (1997):

É através de uma história que se pode descobrir outros lugares, outros tempos, outros jeitos de agir e de ser, outras regras, outra ética, outra ótica... É ficar sabendo história, filosofia, direito, política, sociologia, antropologia, etc. sem precisar saber o nome disso tudo e muito menos achar que tem cara de aula (ABRAMOVICH, 1997, p.17).  

 

Desta forma, o pedagogo deve realizar planejamentos de suas ações de forma eficiente e eficaz para atingir seus objetivos, levando aos alunos pacientes leitura significativas e para isto, ele deve realizar procedimentos tais como; procurar leituras propícias para cada idade do aluno, promovendo a atenção, conhecimentos, curiosidade pela leitura, estimular a conversação sobre a literatura lida, para que ocorra as interpretações, comparações com o que foi lido com diversas situações, inclusive com a realidade, para isto, o pedagogo também deve demonstrar interesse pelo conteúdo lido, ler previamente sobre o assunto, não simplesmente ler apressadamente, sem um preparo, pois, atualmente, “[...] o leitor já não lê mais com a atenção devida, por querer economizar tempo, para ler mais (ou menos) ou para fazer outras coisas.” (GONÇALVES; RIBEIRO, 2007, p. 163).

O pedagogo hospitalar, deve ter a conscientização que a realização de leitura, contações de histórias para as crianças e adolescentes que estão internados e impossibilitados de frequentarem a escola são indispensáveis para o desenvolvimento integral deles, pois a leitura é:

[...] ao mesmo tempo um meio de buscar informações e de prazer. Mais do que um instrumento para ensinar os conteúdos das disciplinas curriculares ela é competência fundamental para inserir pais, professores e alunos na cultura letrada. (FERRARI, 2005, p. 35-42).

 

Assim, sabe-se que as classes hospitalares tem como particularidades o acompanhamento pedagógico e educacional, visando o acolhimento, atendimento de crianças e adolescentes que estão internados para tratamento de saúde, ficando privados do convívio familiar, escolar, social, inclusive a lei brasileira possui um documento realizado pelo ministério da saúde associado com o ministério da educação, que confere a estes pacientes o direito a Educação mesmo internados, como ressalta WILES (1987):

A função do professor de classe hospitalar não é apenas a de manter as crianças ocupadas. As crianças estão crescendo e se desenvolvendo estejam ou não no hospital. O professor está lá para estimulá-las através do uso de seu conhecimento das necessidades curriculares de cada criança. Por causa deste conhecimento, pode o professor agir como um catalizador e interagir com as crianças proporcionando condições para a aprendizagem. O professor também funciona de modo importante como uma pessoa de ligação com um padrão normal de retorno a casa e à escola de origem (WILES, 1987, p. 640).

 

Assim, a atuação do pedagogo hospitalar é essencial para o desenvolvimento integral das crianças e adolescentes internados, pois, suas ações, acompanhamento pedagógico em classes hospitalares tem como particularidades o atendimento a crianças e adolescentes que estão impossibilitadas de frequentarem o ambiente escolar, mas que precisam dar continuidade aos estudos de forma diferenciada, melhorando a sua autoestima, auxiliando nos transtornos emocionais, colaborando para inclusive para a melhora da saúde, mediando o desenvolvimento, aprendizagens,  como ressalta Ceccim (1997):

É possível o aprender dentro do hospital, a aprendizagem de crianças doentes que, afinal, estão doentes, mas em tudo continuam crescendo. Acreditamos ser, também nossa, a tarefa de afirmar a vida, e sua melhor qualidade, junto com essas crianças, ajudando-as a reagir, interagindo para que o mundo de fora continue dentro do hospital e as acolha com um projeto de saúde (CECCIM, 1997, p. 80).

 

Portanto, com o atendimento do pedagogo nos hospitais, os alunos não ficaram defasados em relação aos colegas de classe e quando retornam ao convívio escolar evitará o abandono escolar, deixando assim estes pacientes mais confiantes no retorno ao convívio escolar, social, familiar, segundo Fonseca (2008) o pedagogo hospitalar deve ter algumas características, como pode-se observar:

O perfil pedagógico-educacional do professor deve adequar-se à realidade hospitalar na qual transita, ressaltando as potencialidades do aluno e auxiliando-o no encontro com a vida que, apesar da doença, ainda pulsa dentro da criança com força suficiente para ser percebida. Em outras palavras, o professor contribui para o aperfeiçoamento da assistência de saúde, de maneira a tornar a experiência da hospitalização, ainda que sempre indesejável, um acontecimento com significado para as crianças que dela necessitam. (FONSECA, 2008, p. 37).

Assim, o pedagogo hospitalar deve ter alguns cuidados para a realização de seu trabalho nestes ambientes tais como; ter metodologias flexíveis e estruturadas, mediar o ensino aprendizagem realizando práticas pedagógicas que respeitem as condições de saúde de cada aluno, suas particularidades, tomar cuidados com a escolha de leituras a serem realizadas ou contadas para as crianças, levando em consideração que neste momento estes pacientes estão muito fragilizados.

O pedagogo hospitalar também deve ter um olhar em relação a família das crianças, apoiando-os, orientando-os, realizando um trabalho social e também aproximar os familiares realizando práticas pedagógicas, estratégias, ações em que eles possam participar com seus filhos, tais como atividades lúdicas, contação de histórias, proporcionando assim, as interações entre as crianças e adolescentes hospitalizados, com os familiares e o pedagogo hospitalar.