Pedagogia de Tendência Progressista.

José Carlos Libânio.

A Pedagogia de Tendência Progressista é denominada de Pedagogia da libertação ou ação libertadora. 

 Defende ação como prática a defesa da autogestão, luta contra todas as formas de autoritarismo nas formulações pedagógicas.  

Essa corrente é denominada pelo pensador Paulo Freire, a educação está sempre articulada com a organização de classe social.

 Particularmente  o povo oprimido, o que é  entendido como Pedagogia do oprimido, sua principal obra Pedagógica.

A luta política como mecanismo de mudança da sociedade, ou seja, a superação do liberalismo e da sociedade capitalista. A mudança é o pressuposto do processo de aprendizagem.

A ação educativa deve ser a força motivadora que surge como codificação  de uma situação problema, a qual deve ser analisada criticamente pelo mecanismo de abstração.

Através desse mecanismo procura se alcançar por situações as representações  da realidade concreta.  As verdadeiras razões de serem dos fatos, se são possíveis ou não mudar um determinado fato problema, dentro da estrutura política produtora do mesmo.

Freire parte do pressuposto que todo fato individualizado, resultou de um determinado modelo econômico, de uma determinada produção social.

 Política de Estado, a verdadeira ação social educativa é, portanto revolucionária tem que mudar a realidade vigente.  

Dessa forma para Libânio aprender é antes de tudo um ato de conhecimento da realidade concreta.

 Todo  saber fora da realidade atende aspecto da alienação cultural, visões distorcidas do saber, não ajuda no processo educativo e não atende a perspectiva pedagógica.

Com efeito, a Pedagogia tem que levar em consideração a situação real vivida pelo aluno, para Freire a educação só tem sentido quando a mesma resulta de uma ação essencialmente política, que é a aproximação da realidade e a sua transformação social.

Uma educação de tendência passiva é no fundo  uma não educação, a educação que não compreende a realidade, presta um desserviço a sociedade, não se chega a nenhum lugar a não ser o atendimento ao mecanismo de alienação do real saber.

Sendo dessa forma, o saber  que o educando adquire representa no mundo prático, uma resposta que terá que ser dada de forma eficiente.

 A  real situação  de opressão, que formaliza tão somente pela epistemologia do entendimento, por meio naturalmente da reflexão crítica.

Edjar Dias de Vasconcelos.