Pedacinho da minha infância

Por Rosania Araujo | 10/11/2015 | Contos


Pedacinho da minha infância

Rosania Araujo Cabral

Carla Borges Mantovan

 Minha infância tempinho muito bom, tenho saudade daquele tempo tempos que não volta jamais.

Meus avós morava na zona rural (fazenda Santos) passava todas as férias de mês do julho e fim de ano dezembro e janeiro.

Ainda me lembro como  se fosse hoje que eu acordava de madrugada ainda estava escuro por volta de 5:00h da manha com minha vovó fazendo o cafezinho aquele cheirinho bom que vinha da cozinha. 

Ficava ouvindo os pássaros cantando a Juruti, sabiá, pássaro preto os papagaios os periquitos bem-te-vi  e bem longe bem distante o canto da Jaó como era lindo e o canto  que eu mais gostava de ouvir era da seriema.

A  água da bica que cai no monjolo, fazendo ele trabalhar descascando arroz para o sustento da família, ficava ali deitada e só me levantava por volta das 6:00hs mal lavava o rosto já pegava meu copinho predileto e ia para o curral beber o leite bem quentinho com espuma que meu tio tirava, voltava para cozinha a vovó já estava com almoço pronto pra meu vovô almoçar e ir pra roça trabalhar.

O almoço geralmente estava pronto por volta das 8:00h as 8:30h.

 Depois do almoço a gente ajudava a vovó nos deveres de casa e ainda ajudava a descaroçar algodão, do algodão ela fazia linhas que usava  pra  tecer redes e cobertas.

Lá pela 13:00h quando muito 14:00h a vovó colocava na mesa aquele lanche queijo fresquinho, doce de leite peta biscoito só de lembrar da água na boca.

 No verão com calor imenso a gente passava a tarde no córrego tomando banho, como era pouca água a gente fazia represas com pedras e tirava areia com enxadas e pás pra que o córrego  ficasse mais fundo, inventava um monte de brincadeiras que nem percebia o tempo passar, já era de tardezinha vovó chamava a gente pra jantar lembro e na cozinha da minha vó tinha um escada de oito degrau que dava acesso o salão da casa a gente sentava na escadinha pra gente jantar , e a ordem era que depois do jantar que  cada uma lava o teu prato.

E na escada de novo a gente sentava para escutar  as prosas  do meu tio e dos meus avós sobre sombração aquilo ia até as 22:00h da noite ouvindo aqueles contos de assombração que quando agente  ia dormir o medo tomava conta, até hoje tenho  guardado na  minha mentes grandes contos de acontecimentos de assombração daquela época.

No outro dia era novo dia era sempre a mesma coisa pela manha a tarde a gente variava na época da colheita de milho na roça meu tio ia de carro de boi  para transporta os milhos da roça pra paiol.

Lembro que o carro de boi tinha que tinha 6 juntas e doze boi, meu irmão mais velho sempre ia na frente abrindo os cachetes e porteiras para meu tio, ele trazia contigo uma vara grande chamada ferrão  ele ia gritando com bois, Colégio, Baio, Zubi,Tropeiro o Colégio e o baio era os das frentes eu e minha tia que tinha quase a mesma idade a gente ia sentada dentro do carro de boi aquilo o sol era bem quente a gente protegia usando chapéu, era muito cansativo mais a gente não perdi uma viagem.

E quando os vizinhos da redondeza resolvia fazer pamonha dás reunia os moradores ali por perto e ia pra casa da minha vó, na hora de catar os cabelos do milho colocava os assuntos em dia cada uma com uma espiga de milho geralmente eles fazia duas tachadas de pamonha era aquela festança bom se eu for contar toda minha aventura que fiz na fazendas da minha vó vou demorar muito aqui e o tempo passa rápido outro dia conto mais  tenho muitas historias mais vai fica pra outra oportunidades.

 Bibliografia:

CABRAL,  Araujo  Rosania. Mantovan, Borges Carla.PEDACINHO DA MINHA INFANCIA

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