Partido e conveniência...

O Brasil ainda é muito imaturo no que se diz respeito à democracia. Aqui, democracia só acontece por conveniência. É aclamada por grupos de pessoas que detém certa influência econômica, política e dos meios de comunicação para expressar suas ideologias, opiniões e até mesmo atacar quem discorda do sentido de suas expressões. Ela é tão conveniente, que a política de governar um país começa através da eleição de um partido que supostamente é eleito para representar o povo. Mas é um equívoco muito grande prensar assim, acreditar que assim é.

O representante do país deve representar o todo, o interesse, o bem comum de uma coletividade e, não apenas a ideologia de seu grupo que socialmente pode não ser exequível ou mesmo viável.  Hoje podemos observar isso, nitidamente pela briga entre dois partidos de um lado PT, o partido dos trabalhadores e de outro, o PSDB, o partido da minoria da elite. Ambos partidos, bem representam a conveniência de suas práticas sociais que na realidade nada mais fazem do que partir, dividir um país entre os que estão do lado do bandido e os que apoiam o mocinho. Daí, saber quem é mocinho e o bandido, depende de quem tem mais força nessa briga. Mas dá pra se ter uma ideia de que não há mocinho entre os dois partidos, uma vez que cada grupo governa por uma conveniência, que mede força entre si sem se preocupar realmente com o país, que rumo esta tomando. Ambos degradam a ideia de democracia, de representatividade do povo brasileiro. Representação de uma parte da massa brasileira, aí a noção de democracia equivocada e o povo com sua opinião manipulada se torna apenas peça desse joguete.

É necessário os sujeitos brasileiros despertarem para a realidade, a realidade de que os representantes eleitos governam de costa para o povo, pouco se preocupam com a sua necessidade social, econômica e educacional. Se assim não fosse, o Brasil não seria um paraíso de corrupções. Respiramos corrupção, nos alimentamos de corrupção, nos educamos na corrupção. É uma prática política que corrompe esperanças, a vontade de fazer o que é certo, que fragiliza caráter e expectativas de que tudo pode ser melhor. Os representantes subestimam a inteligência do povo, mas como estão com o poder de governo, usa-o para manter e controlar situações e pessoas para vingar seus interesses. Interesses da cúpula de seu grupo. É uma política de capital inescrupulosa. As decisões são mediadas com o dinheiro. Compra votos, decisões e o pior de tudo, pagam com o dinheiro dos cofres públicos. Ou seja, o povo acaba financiando essa política perversa.

O Brasil é o país que mais arrecada impostos e está sempre com a corda no pescoço quando é para destinar as verbas para serem aplicadas na educação, na saúde, na segurança. Exemplo disto, é o recente decreto do governador do Estado de São Paulo que simplesmente diz que não adianta reivindicar, não tem dinheiro... Vamos conter os gastos. Através de decreto! Deprimente!

Para onde escorre o dinheiro para aplicar as verbas destinas a segurança, educação e saúde, se o mesmo é arrecadado para aplicação e não houve decreto algum de que o mesmo seria contido porque não seria aplicado? Saem

dos cofres públicos e em cada setor que dá uma paradinha vai ficando um pouco e até chegar onde deve e para que deve não chega o suficiente.

 É vergonhosa essa situação, num país que vive de conto de fadas, onde todo discurso político vislumbra sonhos, realizações para que o povo se perca em seu encanto e magia, isso porque a Disney é nos Estados Unidos, a fábrica de sonhos e fantasias. E para corroborar com essa fantasia, as grandes mídias do país, que também recebem verbas prestam serviços para os representantes políticos. Essa verba, por exemplo, não é congelada, não é negada à mídia. Viva a tecnologia da informação, da comunicação para o que se prestam no país!

Encontramo-nos tão envolvidos com a tecnologia, com a mídia e em rede, com informações surgindo freneticamente como um bombardeio aos nossos sentidos, principalmente a visão e a audição, que nem temos tempo de digerir o que lemos e ouvimos que logo vem outra informação, com outro assunto. Uma gama de assuntos e informações diversas em questão de segundos em tempo real. Essa evolução da comunicação em tempo real é um grande avanço para a humanidade. Dificilmente se perde se fica por fora de alguma informação que chama a atenção de uma coletividade.

Mas o que vem provocando uma observação mais atenta a todo esse movimento da comunicação: é o tipo de informação que se veicula e como é veiculada. O uso da comunicação midiática é muitas vezes abusiva, perversa, manipuladora, persuasiva, visionária com inclinação negativa dos fatos, com opiniões emaranhadas no discurso da conveniência. Ou seja, é conveniente que se diga isso e não aquilo para maquiar uma dada realidade. Aqui no Brasil, a maquiagem top é realizada por valores expressivos e que saem dos cofres públicos como já disse, para garantir o interesse e o jogo de um partido, ou grupos partidários.  É típico do jogo “o mestre mandou”, mas com uma variação significativa, o MESTRE PAGOU para não falar, para não publicar... pagou muito bem!!! Infelizmente este jogo tem rendido muito àqueles que o comandam porque conseguem bestializar o povo, subverter seu discernimento.

O fazer política desse país é a política do pão de fôrma: amassa, amassa, cilindra, com recheio ou sem recheio e põe em fôrmas de tamanhos diferentes e sai do jeito que o padeiro quer. Assim é a prática pedagógica da política brasileira, dá forma aos anseios do povo e esse povo acredita que esta sendo correspondido e, pensa, age e reage conforme paga quem esta no poder.

Eis a prática dos partidos políticos que representam o país, seja na esfera municipal, estadual ou federal: partir opiniões, anseios, expectativas por sua conveniência. Pois um povo desunido é sempre vencido!