Geraldo Barboza de Carvalho
No Governo de Sarney, que substituiu Tancredo Neves, falecido antes de assumir a primeira Presidência democrática após a ditadura militar, o Brasil tinha a economia e o sistema financeiro em desordem, inflação descontrolada. Planos econômicos sucessivos foram tentados sem sucesso. Collor assumiu a Presidência depois de Sarney, confiscou as poupanças, na tentativa desesperada de frear a inflação. Não conseguiu. Foi cassado por apoderou-se de sobras de campanha com PC Farias. Itamar Franco, o Vice de Collor, assume e nomeia Fernando Henrique Cardoso Ministro da Fazenda. Ele convoca o economista Pérsio Arida e outros para elaborarem o plano econômico que
freou a Inflação, organizou a economia: criou a URV (unidade real de referência), transição para o Real. Foi eleito Presidente da República, criou o Plano Real, estabelecendo paridade entre dólar e real (1 R$ = 1 $), câmbio flutuante, metas de inflação, dinamizou a indústria, o agronegócios, fez reforma da Previdência, que não foi mais profunda por causa da reação contrária dos deputados e senadores do PT, que vetavam toda proposta de lei que viesse do PSDB e aliados. Com voto contra do PT, o Congresso aprova a Lei de responsabilidade fiscal que disciplina a gastança irresponsável do dinheiro público. FHC criou ainda a aposentadoria dos idosos que nunca contribuíram com a Previdência Social, o PROER, para proteger o sistema financeiro dos ataques especulativos. Com votos contrários das bancadas do PT, fez um bem sucedido programa de estatizações, graças ao qual o telefone celular ficou ao alcance da população de baixa renda; a ENBRAER tornou-se uma das mais importantes empresas de fabricação de avião do mundo; as exportações brasileiras são impulsionadas. José Serra, ministro da Saúde, quebra a patente dos remédios contra AIDS, cria os remédios genéricos, o FAT, os programas Bolsa Escola, Bolsa Alimentação e PETI, idealizados por Ruth Cardoso, esposa de Fernando Henrique, com o nome de Comunidade Solidária, cujo nome Lula mudou para Bolsa Família, dizendo-se o autor do Bolsa Família. Coisa de gente sem ética.
Na eleição para Presidente de 2001, com Lula liderando as pesquisas, a inflação voltou a subir, porque os empresários nacionais e investidores estrangeiros, temendo a estatização da economia por um Governo de inspiração estalinista, começaram a enviar capital pro Exterior. Pra não perder as conquistas do Governo FHC, acalmar investidores estrangeiros e o empresariado nacional, Lula assina a Carta ao Povo Brasileiro, na qual se compromete não alterar as reformas estruturais feitas por Fernando Henrique e José Serra. Sem programa de Governo, Lula deu continuidade às políticas econômica, financeira e social de FHC, fazendo mudanças cosméticas, apenas trocando os rótulos dos programas vitoriosos de FHC. As Bolsas Escola e Alimentação e PETI viraram Bolsa Família no Governo Lula, sem mudar o teor. A Bolsa Universitária do Governo FHC virou PROUNI no Governo Lula. Até o Presidente do Banco Central, Henrique Meireles, é Deputado Federal do PSDB.
Contudo, ao assumir o mandato, Lula cuspiu no prato saboroso que recebeu e declarou aos 4 ventos que recebeu de FHC uma "herança maldita". E nos dois mandatos, seu ofício predileto foi satanizar Fernando Henrique. Assumiu dizendo que o Governo do PT era ético, "não roubava nem deixava roubar". Mas, logo percebeu-se que a satanização de FHC era uma cortina de fumaça para encobrir os trambiques, que logo explodiam do Palácio da Planalto e da Casa Civil, comandados por José Dirceu, revelando que a falta de ética,não a ética inspirava o Governo Lula. O assessor de Dirceu, Voldomiro, foi apanhado de conluio com bicheiros do RJ; em BH, Marcos Valério idealizou e administrava a mais escandalosa lavagem do dinheiro público pra favorecer o PT, pagar propinas a deputados, senadores e amigos de Lula, pra silenciarem sobre as safadezas políticas da turma do PT, Lula e Zé Dirceu. Foi o escândalo do mensalão, que desviou dos fundos de pensão e estatais bilhões de reais. E a gente entendeu porque Lula e o PT eram contra as privatizações de empresas estatais feitas por FHC: Lá estava a galinha de ovos de ouros da roubalheira do dinheiro público, na qual Lula e os camaradas do PT são expertos. Da tribuna do Senado, o Senador ACM dizia, alto e bom som, que o maior ladrão do Brasil é o Presidente Lula. Lula não reagiu ao ataque de ACM, que não perdeu o mandato. Apesar das falcatruas do Governo se originarem no Palácio do Planalto e
serem gerenciadas pela Casa Civil, sob o comando de José Dirceu, Lula sempre dizia: "Eu não sei de
nada". Na verdade, o Chefe da quadrilha era Lula. Pra salvar a pele do Chefe, Dirceu é demitido da Casa Civil, a Câmara cassa seu mandato de deputado, o Procurador Geral da República denuncia 40 autoridades do PT, "por formação de quadrilha, ação criminosa contra o Estado, cuja intenção era perpetuar-se no poder por 20 anos, usando meios ilícitos". Mas, Lula, Ali Babá, escapou e os escândalos continuaram no Palácio do Planalto, sob o comando de Dilma Roussef, substituta de Dirceu na Casa Civil. A Secretária Executiva da Casa Civil, Erenice Guerra, e a PREVI (Fundo de Pensão do Banco do Brasil) passaram a elaborar dossiês falsos contra Fernando Henrique, Serra e Ruth Cardoso, pra encobrir os desvios de dinheiro público mediante o uso sem controle de cartões corporativos por autoridades do Governo e familiares de Lula. Ministros foram pegos comprando presentes em free shops de Aeroporto, tapioca em Brasília, viajando ao Exterior em avião oficial, pra tratar de interesse particular. O cartão corporativo oficial, de uso exclusivo em serviço público, era usado para fins pessoais por autoridades do Governo e familiares de Lula e Mariza. Esta sacou 600 mil reais em banco oficial e abriu uma poupança de 200 mil pra garantir o futuro dos 3 netos. Sem direito a salário, saca por mês mais de 50 mil reais pra uso pessoal. O Palácio do Planalto faz comprar milionárias pras farras de Lula e amigos. Lulinha, que era empregado do Zoológico de São Paulo com salário 600 reais, num triz vira milionário. No primeiro mandato de Lula, recebe propina de 5 milhões de reais, pra facilitar negócios de adversários políticos. Depois, compra uma Fazenda de gado em SP por 48 milhões de reais, com dinheiro de origem não explicada. Lula orgulhoso diz que "Lulinha é seu Ronaldinho, um craque" na arte do trambique. E a ética foi pro lixo.
Lula impôs ao PT o nome de Dilma Roussef para sucedê-lo na Presidência. Dilma foi sucedida na Casa Civil por Enrenice Guerra, que montou uma equipe familiar para fazer falcatruas financeiras em favor do PT e em benefício próprio, continuando a diabólica atividade de roubar o dinheiro do povo, com a complacência de Lula e orientação do criminalista Márcio Thomás Bastos, ex-ministro da Justiça de Lula. No primeiro mandato de Lula, o Ministro da Fazenda, Antônio Palocci, caiu por ter violado o sigilo bancário do Caseiro Francenildo, que revelou que Palocci e companheiros do PT freqüentavam casa de prostituição de Brasília, cujas despesas eram pagas com dinheiro público. A Secretária da Receita Federal, Lina Vieira, subordinada ao Ministro da Fazenda, Guido Mantega, foi demitida por Dilma Roussef quando apurava crimes financeiros da família Sarney, aliada política de Lula. Os crimes são varridos pra debaixo do tapete e Lula os chama de pequenos erros. Otacílio Cartaxo substitui Lila, monta uma gangue de quebra de sigilo fiscal de pessoas do PSDB, pra atingir a candidatura de Serra á Presidência da República. Foram quebrados os sigilos da filha de Serra, do Vice-Presidente do PSDB, e outras pessoas do PSDB. Meses antes, a imprensa desbaratou uma gangue no Comitê de Dilma Roussef, que preparava dossiês falsos contra Serra e aliados.
Como se vê, a falcatrua, o trambique está no DNA do PT, infectado pela patológica falta de ética e escrúpulos morais. O que vale é vencer, às favas a ética. Lula dizia que o PT é partido ético, "que não rouba nem deixa roubar". Quando pego fazendo caixa 2, disse que "todos fazem isto". Cadê a ética? O Ministro da Justiça, Thomás Bastos, disse que "caixa 2 é coisa de bandido". Deixou de ser Ministro, mas continua sendo pago pra acobertar os crimes de Lula ?et caterva?. Todas as mentiras que Lula diz à Nação têm o aval de Bastos. No comando da Agência Nacional de Informações, ex SNI dos militares, General Feliz diz que, quanto menos se souber das falcatruas palacianas, melhor, pois se trata de segurança nacional. Ora, roubar nunca foi problema de segurança nacional, mas é crime merecedor de cadeia. Segurança nacional é proteger as fronteiras de contrabandistas de armas e mercadorias, garantir a soberania do País. Mas, fazendo ouvidos de mercador, Thomás e do General acobertam as safadezas de Lula e CIA. E Lula continua solto, violentando a consciência ética dos cidadãos, tratando-os como imbecis como o apedeuta de plantão. Quem denunciar os trambiques de Lula e seus comparsas será acusado de denunciar sem provas. E Lula continua a mentir pra Nação com a cara mais deslavada que caracteriza o monstrengo ético que é.