parei na esquina

sob uma pequena neblina

tentei ver a Usina

mas só vi uma colina

e um menino e uma menina

e um cretino e uma cretina

e baratas na latrina

uma gorda e outra fina

rasguei a cortina

parafusos na retina

sangram os dedos da bailarina

e a alma da cafetina

e quando a lua ilumina

os olhos da heroína

nasce uma assassina

o poder da vagina

e o falso poder da cocaína

poderosa mescalina

triste é tomar aspirina

viver sem cafeína

não experimentar benzedrina

trepar sem vaselina

e ser morto pela rotina