UNIVERSIDADE FEDERAL DO OESTE DO PARÁ – UFOPA

INSTITUTO DE CIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO / ICED

PROGRAMA DE EDUCAÇÃO

Curso de Especialização em Gestão Escolar

Coordenação Geral: Profª. Drª. Mª Lília Imbiriba Sousa Colares

Vice-Coordenação: Profª. Drª. Solange Helena Ximenes Rocha

Sala Ambiente: - TÓPICOS ESPECIAIS – CONSELHO ESCOLAR

Coordenador da Sala: Prof. Carlos José de Melo Moreira

Professor (a): Izabel Evangelista

Professores Assistentes: Maria Solielci Abreu dos Santos e Raimundo Ivo Ferreira da Silva

Polo: Monte Alegre - Pará

Nº da Atividade: 03 - TECE                                                 

Cursista(s): Sydney Pinto dos Santos

ATIVIDADE DE Nº 03 – DISCIPLINA TECE

PAPEL DO CONSELHO ESCOLAR, GESTÃO DEMOCRÁTICA E A ESCOLHA DO GESTOR EDUCACIONAL

Monte Alegre – Pará

2014

INTRODUÇÃO

A gestão democrática dentro dos ambientes escolares se fundamentam nos seguintes aspectos e diante do meu entendimento como profissional da educação: participação direta nos desafios e fatores intervenientes escolares; percepção dos valores e princípios que fundamentam a comunidade escolar; participação como liderança e não como chefe-adminsitrativo; envolvimento de todos os seguimentos do ambiente escolar nas decisões a serem tomadas; olhar o professor, o discente e outros profissionais como parceiros e não como simples subordinados; trabalhar em parceria com o Conselho Escolar, a Coordenação pedagógica e Secretariado;  ouvir sempre e mais as opiniões e sugestões dos parceiros, falando quando necessário e tendo coerência nas proposições; fazer parcerias constante com as famílias, procurando conhecer a realidade desta e do próprio aluno; inserir-se na comunidade como membro preocupado com as relações sociais que interferem diretamente na educação ou no ambiente escolar.

Logo, neste trabalho o que abordamos são o caráter pedagógico da gestão escolar e suas relações com o processo aprendizado dos alunos, assim como olhar profundamente as metodologias, diretrizes, conteúdos e o próprio currículo. Como também, as parcerias que são feitas desta gestão com outros seguimentos, principalmente com o Conselho escolar, o qual não deve ser entendido exclusivamente como um órgão deliberativo e prestador de contas, mas como parceiros que deve interferir desde a discussão do Projeto Político Pedagógico _ PPP, perpassando seu papel de análise de como está  a participação da família em relação às questões sócio-educativas.

1 - O caráter pedagógico da gestão escolar.

A escola como instituição formadora de princípios, sejam eles sociais, democráticos, ou outros de caráter formador do caráter humano, tem  que ter em sua constituição administrativa indivíduos de pulso, de altivez e atives, onde o melhor membro para conter estas características é o gestor escolar, pois é ele quem deve permitir a integração entre a escola, os seguimentos escolares, os seguimentos extra-escola, e o próprio corpo administrativo. Possibilitando desta forma, um elo capaz de trabalhar convergentemente, tentando solucionar os problemas, encontrando os desafios e possibilitando a resolução dos mesmos, assim como possibilitar novas perspectivas de transformação dentro do processo ensino-aprendizagem.

Segundo Brasil (2010, p. 15) “gestão democrática implica a efetivação de novos processos de organização e gestão baseados em uma dinâmica que favoreça os processos coletivos e participativos de decisão.”. Quando entendo que cada indivíduo, constituinte dos seguimentos da sociedade escolar ou comunidade escolar, e tem a grande responsabilidade de contribuir efetivamente pra que os princípios norteadores da educação, assim como as diretrizes e metodologias dêem certo.

Ainda de acordo com o autor e obra: “Conselhos escolares: Conselho escolar, gestão democrática da educação e escolha do Diretor”, expressa a seguinte afirmação sobre esta participação assídua no processo educação dos elementos constituintes da educação: A participação pode ser entendida, portanto, como processo complexo que envolve vários cenários e múltiplas possibilidades de organização. Ou seja, não existe apenas uma forma ou lógica de participação: há dinâmicas que se caracterizam por um processo de pequena participação e outras que se caracterizam por efetivar processos em que se busca compartilhar as ações e as tomadas de decisão por meio do trabalho coletivo, envolvendo os diferentes segmentos da comunidade escolar.

O que se percebe é que nem todos têm esta possibilidade de participação ativa, e muito menos sabe agir de forma coerente na busca de facilitar estas transformações que precisam ser feitas dentro do processo educacional. Assim, muitas vezes, diretores se veem desorganizados e “perdidos”, pelo fato de que não encontraram os parceiros “ideais” para colaborar com o processo tão complexo, entendido desta forma por eles mesmos. Outros, mesmos, se omitem de suas obrigações, acreditando que o poder emanado em sua pessoa já será o suficiente para possibilitar quaisquer transformações dentro do ambiente escolar. O que não é verdade. Logo poderá ser visto como alguém ditatorial, inescrupuloso ou sem ideais concretos de ação e reação diante a vivência e convivência diária no ambiente escolar.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Assim entendo que, diante dos expostos, a escolha e participação do gestor educacional, não deveria ser de responsabilidade de um grupo ou mesmo aleatoriamente, mas seguir um conjunto de situações que iriam da sua escolha diante da bem requisição diante da sociedade escolar, como também da comunidade extra-escola, assim como junto aos profissionais e seguimentos diversos que fazem ou constituem este ambiente.

Hoje, como sabemos, a maioria dos profissionais de gestão são escolhidos de forma a não desenvolver seu papel como deveria, muitas vezes nem conhecem a própria realidade da escola ou da comunidade extra-escola, pois assim entendo que está escolha deveria seguir dois pontos cruciais: primeiro ser funcionário com nível escolar correspondente e também ter uma gama considerável de conhecimentos teóricos; segundo, ser indivíduo ativo da unidade escolar, seja ele professor, ex-aluno ou mesmo um funcionário que fosse bem quisto pela sociedade local e possuísse carreira acadêmica para o cargo ou formação afim.

Outro ponto relevante na escolha do diretor ou gestor escolar, seria aquela pelo processo democrático, como reza a maioria dos PCCRs e também a LDB, através da eleição direta, mas não esquecendo dos aspectos anteriormente relacionados, o que no meu ver justificaria uma boa escolha deste dirigente.

Assim sendo, além das escolhas propriamente dita, o Conselho Escolar, pode ter papel decisivo também nas decisões no que diz respeito à escolha deste individuo de tão grande relevância dentro do ambiente escolar, já que ele pode ser considerado a matriz ou mola mestre que possibilitará um trabalho organizado, nos princípios da educação e naquilo que o PPP – Projeto Político Pedagógico aplica e estabelece

REFERÊNCIAS

BRASIL. Conselhos Escolares: gestão democrática da educação e escolha do Diretor. Brasília/DF: MEC/SEF, 2004.