Navego no atlântico pacificamente

Afixado nas raízes do veleiro que me move a mente

A bons ventos, mesmo que lentamente

Sopram a meu favor, em águas tranquilas

Nas nádegas clandestinas duma ilha

Hasteio os meus olhos, pelas cordas mais altas

Enquanto festejo a vontade que me falta

De navegar cego de olhos abertos

Num mar que rasteja o barco, pra sei lá

Na direção que só o vento sabe ir lá

Passam-se dias e nada é o mesmo

As coisas mudam mas são constantes

Como o mesmo barulho

Pra todos os tempos, num relógio

E lá vou eu…

Translucido e quente

Derreto com a visão a neblina no horizonte

Procurando a melhor forma de chegar lá

Na terra prometida…

…Lá vou eu

Sei que muito ainda falta

Mas, quanto mais distante da partida

Mais perto da chegada estarei.

Bob Grama

Hangzhou

11052015