Os trilhos do destino.

Lá naquele canto de terra.

Distante.

Perdido no meio do sertão.

Sei que farei um dia.

A minha casa desejada.

Ficarei entre as árvores.

Para ouvir o canto do amanhecer.

Sentir a intensidade da madrugada.

 Vendo como são lindos.

 Os  olhares diversos da claridade.

Naquele sertão indelével.         

Onde repousará meu agnosticismo.

Será o meu céu imperscrutável.

Nas madrugadas solitariamente.

O espírito repousará sobre o ar.

Ficarei olhando as estrelas impávidas.

Escrevendo  belos   poemas filologicamente.  

Descrevendo neles o enfronhar das utopias.

Se pudesse mostraria a engenharia da imprecação.

A metafísica da destinação comum.

Das labaredas honradas em ter as fantasias.

O grito alheio, daquele que sabe que vai perder. 

Voaria com o pensamento.

Impersistente.

Atingirei a morada dos deuses.

E ficarei bravo com cada um deles.

Chamarei de malvados.

Se bem que não consigo entendê-los.

Muitos menos aos atos da vossa crueldade.

Entendo os na imêmore  Filosofia celestial.

Inventando aqui e acolá, o instinto.

Como se fossem flores.

 Desprendendo dos amanheceres.

Ilidimos.

Com tantos olhares, a desabrocharem.

As pétalas enfeitando o plasmático pedregulho.

Quero para mim apenas, a emblemática  onda do mar.

Se pudesse também sentiria o cheiro da areia quente.

Queimando os pés, sobre as tortuosas senhas.

O ídiche oriental.  

 Um poeta não natural ao inextricável.    

O meu coração silencia.

Sobre o orvalho rosado que penetra no solo.

Sinto a distância rórida.

 O medo daqueles que nunca puderam ser.

Olho para os quatros cantos.

 Vejo as estrelas voando ideogenicamente.

Um sinal entre outros as nuvens plácidas.

 Pergunto apenas e o vento? Por que parou.

O destino realizar-se-á como dialética.

Da ilusão.

Se pudesse.

Sentaria na proximidade de um trilho.

 Com os dedos das mãos.

Escreveria sobre areia branca.

Faria uma canção.

Revelaria ao mundo os signos escondidos.

Depois de tudo isso.

 Caminharia rumo ao oposto.

Desfaria aos gritos mimeticamente.

Apesar do sono iluso essa ficção.

Imaginaria a infinitude do universo.

Quantos sóis, entre raios e desejos.

Perguntaria idiossincrasicamente.

Onde  estais?

Na qual parte da intuição.

 Seria   além da vontade.

Os brilhos dos olhos.

O fascínio do encantamento.

O cheiro  imberge melancolicamente.  

Com todo empenho, faria entender.

Como sóis as ondas do tempo.

 Somente o luzeiro do adormecer.

Seria então o encanto do regato.

Que encontra no bosque.

O único trabalho o despertar.

Resta então a construção do palácio.

Nada além da predestinação.

O mundo é a imaginação labrosta.

De cada coisa em particular.

Apenas.

Edjar Dias de Vasconcelos.