O Começo

Foi num dia como esses, ensolarado e bonito, em que eu me alistei as tropas de defesa brasileira, era uma honra servir e mostrar capacidade para se manter lá, porque no inicio, os treinos são muito difíceis, ate para o mais bem preparado, só a minha força de vontade me fez ficar e lutar por um lugar na corporação. Ate o dia em que recebi meu primeiro traje, um T.A.50, até então, eu já tinha fraturado três vezes a perna direita e duas à esquerda, uma o braço direito e duas o esquerdo. Por isso eu tive tempo de analisar todo o projeto do traje e conseguir uma autorização para altera-lo, mediante posterior analise dos técnicos da base. Foi ai, que comecei a trabalhar nos projetos e construção dos trajes utilizados na base. Foi um começo muito difícil, pós eu não tinha nenhum curso, que pudesse me ajudar, foi tudo no puro conhecimento adquirido, fazendo a manutenção dos trajes e reparos na oficina do quartel, local onde absorvi muito conhecimento e perícia para trabalhar com este tipo de serviço. Posteriormente, fui trabalhar em conjunto as empresas que faziam todos os trajes das forças armadas, onde pude desenvolver vários projetos próprios, com auxilio de técnicos mais experientes, logo dominei a tecnologia da robótica, mecatrônica, desenvolvimento de programas e sistemas.
Graças ao meu desenvolvimento dentro das empresas, e criação de vários modelos de trajes, logo fui promovido a cabo, e depois a sargento, chegando até a 1° tenente, porem, perdi varias promoções, devido a brigas constantes para que certas pessoas pudessem ficar na tropa, eu fui rebaixado para cabo, patente que mantive por seis anos. Algumas dessas pessoas foram parte do meu pessoal. Do dia em que entrei nas forças armadas até hoje, se passaram apenas quarenta anos, de lá para cá, fiz varias amizades e também varias inimizades, mas graças a Deus, foram mais amigos ate agora, lembro-me bem de cada um dos integrantes da minha equipe, e sei ate hoje onde eles estão, já que sempre vêem aqui para falarmos dos velhos tempos, afinal, eles sempre me consideraram como um pai da mesma idade, já que fui eu quem os treinou e fiz deles os homens que são hoje. Nunca deixamos nada interferir na nossa amizade, acredito que somos mais que uma família, de todos, eu sou o único que ainda continuo no exercito, apesar de ter 58 anos, e estar para me aposentar, ainda tenho alguns projetos para realizar, um deles e chegar a 1° Comandante Geral do Nordeste, já que é a única patente que me falta ocupar, já que eu sou 1° Comandante de Alagoas, Bahia, Sergipe e Pernambuco, cargo que ocupo graças a minha esposa Patrícia, que me acompanha há muitos anos e sempre me manteve calmo e evitando que eu perdesse a paciência com meus superiores, me ajudando a manter meu gênio controlado, outro projeto que eu pretendo concluir, e a construção do traje aeroespacial T.A.F. 5000, que venho desenvolvendo há cinco anos.
Tenho muitas histórias para contar, histórias minhas e de meus amigos, como nos conhecemos, como ajudamos alguns a se casarem, como enterramos alguns, como viramos uma família e como nasceu Os SilverFox. A minha principal história começa num ponto fatídico e trágico da minha vida e de muitos soldados com quem tive o prazer e a honra de servi, um acontecimento nunca visto até então, onde muitos morreram, e poucos sabem da verdade ocorrida durante um certo treinamento. Até hoje...

O Dia Do Treinamento

O 5° grupo da tropa de defesa brasileira do 58° distrito localizada no município de Maceió, estado de Alagoas, prepara-se para a semana de treinamento de sobrevivência e táticas de guerras, quando a nave do 1° capitão Silver apareceu no espaço restrito do Q.G. por volta das 04:15 do dia 01 de janeiro de 2199, todo o quartel ficou de sobreaviso, devido ao Capitão Silver entrar em reunião com o comandante geral do Q.G., o 1° Comandante Star, atrasando a partida do 5° grupo, onde eu e meu pessoal esta, para o treinamento. Pôs ficamos proibido de deixar o Q.G. ate que termine a reunião, que esta tramitando em segredo absoluto. Quando eu digo meu pessoal, falo dos SilverFox, compostos pelos soldados Bem, Erik, Jack e Artur, onde cada um tem uma especialidade admirável, não que eu os diga.
Eu sou o cabo Falcon, especialista em combate corpo a corpo, armas, desenvolvimento de trajes de combate, táticas de guerrilha, mergulho e guerra psicológica. Sou o líder dos SilverFox, consegui reunir e controlar um grupo de bagunceiros e desocupados, tenho 22 anos, 1,78 de altura e peso 93 kg. Bem e um dos soldados mais fortes e resistentes do pelotão, criado em família pobre, filho de pai desconhecido, deu tudo que podia para entrar no grupo, apesar da mãe dona Laura ser contra o filho se misturar com brancos, acredito que o pai do soldado Bem era branco, já que ele e um moreno médio, sua estatura foi o diferencial durante os testes de admissão, já que ele tem 21 anos, 1,95 de altura e parece um armário ambulante com seus 100 kg. Erik e muito esperto, apesar de ser relativamente rico, quis seguir a carreira para provocar o pai, que não o queria servindo. Extremamente hábil com computadores, não há código que ele não consiga descrifar ou local que não consiga acessar. Por ser filho de um dos padeiros mais ricos do local onde nasceu, todos o chamam de padeiro. Ele e caucasiana, tem 20 anos, 1,80 de altura e pesa 78 kg. Poderia ser um bom atleta. Jack é de todos o mais malandro, sabe como ninguém conseguir tudo que quer, exceto comigo. É o especialista em explosivos do grupo, pôs desde pequeno trabalha com produtos químicos e explosivos. Bastante rápido, conseguiu bater meu recorde nos cem metros com a marca de 8??59, tem 19 anos, 1,83 de altura e pesa 70 kg. Artur é o especialista em armas e robótica, me ajuda a desenvolver os nossos trajes de combate, junto Erik desenvolveu uma versão melhor do traje que desenvolvi há 2 anos, o T-856 traje de combate utilizado pelos recrutas, o qual deram o delicado nome de Hell-1. Este soldado consegue atingir com um rifle um alvo a aproximadamente 1.60 metros, tem 18 anos, 1,70 de altura e pesa 65 kg.
Ficamos esperando ordens para poder embarcar e partir para os exercícios, até quando terminou a reunião do Comandante Star e o Capitão Silver, e fomos informados que o Capitão Silver iria com seu grupo, os Vampiros, para observar o treinamento e participar com grupo de caça. Todo o 5° grupo ficou preocupado, mas não apreensivo, pelo Capitão Silver ter fama de assassino brutal e nunca jogar limpo nestes exercícios, para manter o titulo de melhor. Embarcamos na aeronave que trouxe o Capitão "cagão" como chamamos o Capitão Silver, este que mandou todos os soldados deixarem seus trajes na base e pegassem um dos trajes que ele trouxe para fornecer para todos, exceto os lideres de grupos, que deviam pegar seus trajes e levar para ser inspecionado pelos Vampiros. Observando que nenhum líder estava embarcando com armamento extra, voltei ao galpão onde construo e conserto os trajes, e minimizei meu traje de combate e o escondi, no meu traje medico, junto com equipamento suficiente para melhorar o máximo possível os trajes da minha equipe e fui me apresentar para inspeção.
Quando cheguei para ser inspecionado, o Capitão Silver me questionou sobre o meu traje, pôs não era o de combate, e falou que se eu não fosse imediatamente trocar de traje, só embarcaria para o exercício, caso eu sobrevivesse ao teste dele, que se baseava num duelo de um único disparo de energia, caso eu perdesse, seria impedido de ir e seria preso, por não estar com o traje de combate. Então eu disse ao Capitão Silver que seria impossível ele me derrotar num duelo de um único disparo, com o ego ferido, o capitão mandou que eu me preparasse.
Sem que ninguém percebesse, adicionou ao seu traje, os canhões de plasma da nave, e disparou, acreditando que meu traje não suportaria, porem, os canhões de plasma possuem um enorme defeito, seu poder de destruição não terá a mesma força quando ataca um objeto pequeno e quando ataca uma nave, porque a pressão por milímetro quadrado não será a mesma, tendo em vista que 90% do raio do disparo não me atingiu, e com este ataque, eu não tive quase dano nenhum. Após o ataque covarde, porem ineficaz do Capitão, foi minha vez de atacar, como o traje em que eu estava não é um traje de combate, tive que desviar 98% da energia total do traje e acionar a energia auxiliar, para poder causar um grande estrago no traje do Capitão, e ataquei, e com um simples canhão de plasma, com um disparo certeiro no ponto fraco do traje do Capitão, eu quase a destruí por completo. O Capitão Silver ficou desmoralizado, mas não deixou a mascara cair e permitiu que eu e minha equipe embarcássemos para os treinos, apenas para se vingar depois.
Após embarcarmos, agrupei minha equipe no compartimento de cargas 11, a fim de averiguar o estado dos trajes fornecidos para os grupos do treinamento, e observei que eram trajes antigos e em péssimo estado, quase inviável para uso, prontamente comecei a consertar os trajes junto com Artur e Erik, enquanto Bem protegia a porta, mandei Jack colocar explosivos por toda a nave, sem que ninguém percebesse. Enquanto isso, Artur conseguiu invadir o sistema de segurança da nave e nos tornou invisíveis para as câmeras e nos colocou no comando do sistema de áudio e vídeo da nave. Retirei todo o material extra que trouxe escondido no meu traje e iniciamos os reparos dos trajes que tínhamos disponíveis, elevando seus níveis de energia e capacidade ofensiva e defensiva, foi quando Artur e Erik me perguntaram como meu traje conseguiu resistir ao disparo do capitão e o dele não resistiu ao meu, foi quando eu expliquei o que é força e pressão. Que não adianta aplicar uma força grande em uma área grande, porque os danos serão mínimos, porém, se aplicarmos a mesma força numa área pequena, os danos serão bem extensos, e foi isso que ocorreu, eu estava dentro de um raio de plasma muito grande e que não estava focado em mim, ou seja, o disparo atingiu o chão, e não a mim. Já no meu caso, eu concentrei quase toda energia do meu traje, a ponto de ativar a energia auxiliar, para atacar de uma vez só, em um ponto único, onde se encontra o ponto fraco da armadura do capitão, já que eu mesmo projetei o modelo do traje dele, apesar de estar alterado, ainda sabia qual era o ponto fraco do modelo ST-511, cofabricado pela StarTec, sem contar, que o traje medico é mais forte e resistente que os demais trajes, já que os médicos precisam chegar nos combatentes ferido, indo então a linha de fogo, para salva-los; e eu havia feito alterações no meu, como o de costume.
Ainda assim, Bem, indagou-me sobre como eu tinha certeza de que o capitão não iria atacar-me novamente, já que utilizei quase toda força do traje, eu simplesmente o respondi que, para manter a sua autoridade, era necessário que ele se controlasse, caso tivesse me atacado pela segunda vez, perderia toda a razão, podendo ser ate preso, coisa que eu duvidasse muito que ocorresse, mesmo assim tive sorte dele não me atacar, pôs meu traje já não tinha mais energia, como você mesmo escutou, e fatalmente seria eliminado. Após duas horas de árduo trabalho, finalmente conseguimos terminar o reparo dos trajes que foram nos fornecido, foi então que instalei o meu sistema de segurança no compartimento em que estávamos, protegendo os nossos trajes e nos mesmos, coloquei meu traje medico no sistema automático, e ordenei aos rapazes que descansassem um pouco, pós devíamos estar perto do local de treino, que só seria informado de 15 a 30 minutos antes de pousarmos. Pouco depois que dormimos, o capitão Silver, mandou o cabo Carlos, da sua unidade os Vampiros, ir investigar o que fazíamos trancados no compartimento de cargas 11 e sabotar meu traje, infelizmente para o cabo, ele não me conhecia e não tinha idéia que eu sempre instalava um sistema de segurança, nem que eu e meu pessoal aviamos invadido o sistema de vídeo da aeronave, colocando as câmeras do compartimento vigiando a porta, e o sistema interligado ao meu traje, para reagir a qualquer movimento, ao entrar, o meu traje, que estava em sistema automático de defesa, considerou o cabo Carlos como inimigo, disparando contra ele e o eliminando. Acordamos alertados pelos disparos e reagimos como somos treinados para reagir, e ao observar o corpo sem vida do cabo, informei ao Q.G. que a primeira vitima do treinamento tinha ocorrido ainda dentro da nave, pós o cabo fora eliminado como um espião, o que irritou muito o capitão Silver e o resto dos Vampiros, como vimos no vídeo.
Desconfiado que o capitão iria tentar eliminar a mim e ao meu grupo, os ordenei que vestissem seus trajes e aguardassem segunda ordem, foi quando, pelo sistema de vídeo da nave, vimos o tenente Moak dos Vampiros, confirmar ao capitão Silver, que todo o armamento "extra" estava em ordem. Foi quando dei ordem ao Jack, para ativar os explosivos e os armar-se para explodir só quando eu indicasse, foi quando fui interrompido pelo sistema de som da nave informando que o local do treino estava há 15 minutos, exatamente as 16:45, e nos disse onde era e qual local iria pousar, após o informe, assumi o sistema de som e informei que o treino já tinha começado, e que todos se preparassem, porque a nave iria explodir. Mandei Jack programar o timer, para 15 segundos, e abrimos as portas do compartimento em que estávamos. Todos as outras equipes do 5° grupo sabia do que eu falava, e se prepararam automaticamente.
Apenas a equipe dos Vampiros permaneceu dentro da nave quando ela explodiu, mas, eu já sabia que eles escapariam ilesos, pós já estavam com seus trajes de combates, quanto aos pilotos da nave, eles ficavam em um modulo que automaticamente se separa do corpo da nave a qualquer indicio de explosão, portanto estariam bem. Durante a queda, procurei desativar os trajes dos soldados novos, já que não tinham experiência neste tipo de treino, e ao fazer isso, eles foram classificados como inoperantes, e o sistema iria retira-los do local em segurança. Fiz isso apenas no intuito de proteger suas vidas, e impedir que o capitão "cagão" Silver pudesse mata-los, pós eu temia que essa fosse a única intenção dele, e por isso quis participar dos exercícios. Como meu traje tinha suporte de vôo, pude agrupar meu pessoal e escolher o melhor local para transformar em base, apesar de estarmos na selva amazônica, ou o que restou dela, numa área protegida pelas forças armadas brasileiras, e estávamos a quilômetros de distancia de qualquer porto expedicionário. Nos localizamos e tratamos de instalar os sistemas perimetrais de segurança, cada um sabia exatamente o que fazer, Jack e Bem instalaram as cargas e explosivos nos arredores do local onde estávamos, já que fixamos base dentro de uma caverna, na base de uma cachoeira, onde poderíamos preparar qualquer defesa, para qualquer ataque. Eu e Artur colocamos as câmeras de vigilância e os lasers de detecção de movimento, enquanto Erik sintonizava os computadores de seu sistema de vigia do traje para captar todo contato via radio, e mandei todos sintonizarem para contato interno canal 1-0-1 1500 Mz.
Após estarmos instalados e protegidos, sai do traje medico em que estava e o coloquei em modo automático de ataque, retirei tudo que fosse importante e o coloquei junto com o sistema de defesa, maximizei meu traje de combate, e o vesti. Conseguimos fazer um sistema para captação de energia através da força d?água, que caia na cachoeira.depois disso, mandei meu pessoal descansar, já que o padrão operacional dos Vampiros e a noite, e logo iria anoitecer.

À Noite Dos Vampiros

A primeira noite do treinamento foi a pior para todas as outras equipes, os Vampiros querendo a desforra por ter perdido um dos seus, atacou e destruiu metade das equipes numa carnificina total, aproveitaram o escuro da noite para ativar o sistema de camuflagem que deu origem ao nome da equipe, atacando de forma a desorientar o inimigo, eliminando um por um, de tal jeito a amedrontar alguns dos meus homens, tamanha a ferocidade dos ataques, conseguindo com isso, aumentar o pânico e diminuir as estimativas de sobrevivência de alguns. Mandei meu grupo ficar atento, e fui verificar o que estava acontecendo de verdade, pós só se ouvia os gritos de terror dos quase 900 homens do 5° grupo. Depois de uma hora que eu procurava, me esgueirando, usando uma roupa preta para me mesclar com a escuridão, levando apenas à parte do punho direito para me proteger, encontrei o soldado Gaile, da equipe As de Paus, esquartejado, pela forma que encontrei, parecia que haviam usado cargas explosivas do tipo C-50, foi então que vi mais adiante, o líder da equipe As de Paus, o tenente Jey, sem uma das pernas e pedindo socorro. Fui ate ele e desativei o radio, e sistema de localização instintivamente para poupar energia para o modulo de suporte vital, e o levei ate a caverna onde minha equipe estava. Deixei o tenente com o soldado Erik, e partir novamente, na tentativa de localizar a base dos Vampiros ou encontrar outros sobreviventes do massacre que se perpetrara nesta noite dos vampiros. Caminhei cuidadosamente por aproximadamente 15 km, quando achei a equipe dos WhateTagres, completamente arrasada, pelo menos, os integrantes desta equipe estavam em melhores condições que o líder do As de Paus, o tenente Jey, apesar de três estarem mortos, porem a única coisa que o líder WhateTagres, cabo de artilharia Santos, conseguiu me contar, foi que eles foram atacados por um único Vampiro, o que chamam de fantasma.
Levei todos que pude para minha base, e pensei se os Vampiros individualmente são capazes de fazer todo este estrago, apesar de nenhum homem, estar com seu traje real, imagino o que podem fazer se estiverem todos juntos. Continuei minha busca pela floresta, e não conseguia para de pensar como os Vampiros acharam todas aquelas equipes em tão pouco tempo, foi quando notei movimento adiante, e me preparei para o ataque, mas era o soldado Pablo da equipe Fênix, correndo em minha direção, sem dar um grito que seja, pois ele é um dos melhores neste tipo de situação, e sempre consegue se esconder e fazer uma emboscada para seu caçador, porem ele não fazia nenhum movimento para preparar tal armadilha, apenas corria, eu resolvi esperar para ver quem o perseguia, e vi que era o Vampiro Miguel, que o fazia sem correr, apenas observava um sensor no pulso esquerdo, e resolvi segui-lo para ver como poderia terminar a caçada, pensei que fosse um detector de movimento de longo alcance, porem não me detectava, e fiquei muito curioso e intrigado. Logo percebi, que Miguel estava sendo levado para uma emboscada, pós Pablo estava correndo de forma a voltar para o mesmo ponto de origem, num padrão elíptico, foi quando vi dois soldados da Fênix saltar em direção ao Vampiro, que como quem já soubesse da localização deles, permitiu suas aproximações apenas para não ter que caça-los, atirando nos soldados no instante em que se preparavam para ataca-lo. Enlouquecido Pablo atacou de maneira suicida, antes que eu pudesse ajuda-lo, o Vampiro que reagiu sem nem olhar para trás, sabendo exatamente onde Pablo iria aparecer para ataca-lo, mas, antes que Miguel matasse Pablo, eu intervi, atirando em Miguel, apesar de esperar que ele se desviasse, com fez com os outros soldados, que provavelmente estavam mortos, mas não ocorreu como imaginei, o disparo foi certeiro, derrubando Miguel.
Fui cuidadosamente conferir se havia "abatido" ou não o Vampiro, com a confirmação, verifiquei como estava Pablo e os outros dois soldados que não conhecia, infelizmente, apenas Pablo sobreviveu. Antes de leva-lo comigo, retirei e desliguei o localizador e o radio, pois me pareceu que o Vampiro só sabia da localização de quem estava com os trajes inalterados, pós minha equipe não fora localizada até aquele momento, retirei o modulo de energia, o sensor no pulso esquerdo, o radio e o localizador do traje do Vampiro e os desliguei. Levei-os comigo, apenas para fazer um teste depois de descansar. Antes de chegar ao acampamento, fui surpreendido por três integrantes dos Aureons, equipe formada por amigos meus que não me atacaram por observar que eu carregava uma pessoa de outra equipe, e sabiam que esta pessoa deveria estar ferida. Beto, Sapo e Max, perguntaram quem havia atacado Pablo, foi quando fui interrompido por um Vampiro, o "DarkStar" com era conhecido, todos nós nos defendemos como pudemos. Como carregava outra pessoa, os três Aureons decidiram me proteger e tentar chamar a atenção do Vampiro para eles, só que não contavam que eu fosse atacar o Vampiro com todo o poder de ataque que dispunha, mandando eles fugirem e retirarem os rádios e sistemas de localização e me encontrassem no local 1-0-1-0, que significava, para quem conhecia este código, 1 km ao norte e 1 km ao leste do ponto onde estávamos. E mantive meu ataque contra o Vampiro, que apesar de estar ferido foi ainda atrás de Max, porem, eu não podia tentar segui-lo pós carregava Pablo, e ele precisava de cuidados médicos urgentes.
Após deixar Pablo aos cuidados dos outros, fui ao ponto de encontro marcado entre eu e Beto, Sapo e Max. Quando chego lá, encontro todos os Aureons vivos, e foram logo me perguntando como eu sabia despistar o Vampiro, e tive que contar todas as minhas suspeitas, Chet o líder dos Aureons, perguntou se eu sabia quantos Vampiros eram e quantos estavam ativos, infelizmente, eu só tinha contado até aquele momento 7 integrantes, dos quais 3 estavam mortos. Porem eu acreditava que os Vampiros fossem aproximadamente em 20 ou mais. Consegui convencer os Aureons que tínhamos que nos unir em prol de um beneficio mutuo, que era exterminar os Vampiros, e eles me entregaram todo material medico que tinham, e fomos para a caverna da cachoeira para consertar suas armaduras e ajudar os feridos, já que na equipe Aureons tinha um medico formado. Quando chegamos, Erik nos informara que ate aquele momento, 238 participantes dos treinamentos haviam sido incapacitados, sendo que eu havia incapacitado apenas 50 novatos, por tanto 185 foram os Vampiros, pós 3 deles eu tinha matado, e eram apenas 02:55 da madrugada do 2° dia, imagine o resto da semana. Permanecemos dentro da caverna, que nos dava uma certa segurança, apesar de todos pensarem o contrario, então me questionarão o porque daquele local ser tão seguro. Eu tive que contar a historia dos 300 de Esparta, que decorria por volta de 480 a.c., e relata a luta do rei Leônidas e sua grada pessoal de 300 homens, que sozinhos, enfrentaram o império Persa, contra a vontade dos Éforos (sacerdotes dos deuses antigos), utilizando apenas a perspicácia e a geografia da Grécia para rebater os ataques dos Persas. Desta forma pude mostrar como estávamos protegidos, já que só é possível passar de dois em dois pela entrada da caverna, porem não estávamos encurralados, como muitos pensaram, pós os informei, que no fundo da caverna existe uma outra passagem, que não se encontra nos acervos de informação das forças armadas, e apenas eu ate aquele momento sabia desta passagem, por isso, poderíamos preparar uma armadilha para os Vampiros caso eles nos achem e pensem que estamos encurralados, ou que somos fracos por estarmos em menor número.

O Racha

Eram 05:49 da manhã, quando os relatos do número de baixas foram revelados, que ultrapassaram as minhas expectativas, chegando a 268 mortos dos 318 inoperantes, sendo apenas 3 dos Vampiros. Nunca se tinha visto números assim em apenas 13 horas de treino. Eu e o líder dos Aureons, Chet vestimos nossos trajes e fomos verificar a área, em apenas duas horas, havíamos percorrido cerca de 13 km2, localizando com isso, seis equipes, os Golfins, os Tanques, os Lions, os Porches, os Cats e os Buldogues, localizados uns próximos dos outros, e observamos que estavam se unindo de forma a fazer dois triângulos, o que os deixaria bem protegidos contra qualquer ataque, resolvemos nos mostrar, para informa-los sobre o sistema de localização que informava aos Vampiros suas localizações, e oferecemos uma trégua ate eliminarmos todos os Vampiros, e ai, poderíamos voltar ao treino normalmente. Antes de terminarmos, fomos informados via radio que o comando geral, não queria mais nenhuma morte, principalmente de altas patentes. Por radio, fui informado por Erik, que muitos grupos estavam se juntando a duas áreas que não podiam ser rastreadas, cerca de 60 equipes foram para a primeira área na marca 0-30-0-40, enquanto outras 10 equipes foram para a marca 0-40-30-0, próximo dos pântanos. Notamos que havia um padrão dentro das equipes, ainda que, ainda não soubéssemos onde se encontravam os Vampiros, fui observar o ponto 0-30-0-40, enquanto Chet foi para o ponto 0-40-30-0.
Demorei cerca de três horas para chegar ate o local, e fiquei surpreso com a quantidade de homens com trajes F.A. -999 de ultima geração do tipo força de ataque, que eu tive o prazer de co-produzir com as forças armadas e mais cinco empresas de tecnologia de ponta, como a StarTec e a Alfa Computadores. Todos os trajes foram entregues pelos Vampiros, o que indica que a nave não foi destruída por completo, ou o contêiner era mais resistente, com isso, aproximadamente 300 homens tinham passado para o lado dos Vampiros, só neste agrupamento, o que iria aumentar muito a dificuldade de sobrevivência, já que os trajes dos Aureons e dos SilverFox não eram tão avançados, mesmo com as modificações feitas pela mim e minha equipe. Fiquei observando o grupo para ver quando os Vampiros originais iriam sair, para poder segui-los e tentar descobrir o local onde se encontravam os outros Vampiros. Permaneci escondido por cerca de 6 horas, quando um dos soldados que se aliaram aos Vampiros, veio em minha direção, e apesar dele não estar me vendo, preferi sair do local e procurar outro ponto para ficar de guarda e observar. Foi quando notei, que muitos deles estavam ao redor de um Vampiro e gesticulavam muito, infelizmente não pude ouvir nem ler seus lábios, pois estavam muito longe de mim. Antes de ir embora, coloquei uma câmera portátil para espiona-los, porem quando estava saindo, fui visto por um soldado, que deu o alarme, más antes dos outros chegarem, consegui cala-lo com um dardo paralisante, e coloquei nele um transmissor, para poder escutar qualquer coisa que seja dita pelo radio dele, então recuei para evitar novos confrontos, pois estava em desvantagem, caso eles me vissem. Quando voltava para encontrar Chet, fui surpreendido por três integrantes de um grupo desconhecido, que antes de conseguir reagir, Chet me salvou, colocando todos três para dormir, através de disparos P.E.M. e som ultra-agudos, então, retiramos seus trajes e os prendemos. Desligamos seus comunicadores e rastreadores, e levamos os prisioneiros e seus trajes para serem desmontados e reaproveitados por nos. No caminho de volta ao acampamento, Chet me informou que no outro ponto que tínhamos que investigar, ele viu três Vampiros, e cinqüenta outros soldados com trajes modernos, e me mostrou as imagens que ele fez, e eu confirmei a ele que os trajes eram do modele F.A. -999, os mais potentes e fortes, e até o grupo mais fraco iria ser difícil de ser derrotado, já que não tínhamos nossos trajes originais.
Retornamos ao acampamento em aproximadamente duas horas, e fui ver as imagens transmitidas pelas câmeras que eu e Chet instalamos, e observei que não havia nenhum padrão de ordem ou organização. Estabelecemos as metas e táticas a serem utilizadas para sobrevivermos. As 16:45 fui acordado por Erik me informando que estava ocorrendo uma briga dentro do grupo que eu estava vigiando, onde um pequeno grupo dentro do maior, começou a se isolar, o que provocou tumulto levando a rebelião, e chegamos a conclusão que havia um racha dentro das equipes que aparentemente apoiavam os Vampiros. Decidimos então, utilizar táticas de guerrilha, porem um pouco modificada, e utilizar técnicas já esquecidas, e só mencionadas nos livros de história e arquivos antigos de vídeo, atacando em vários pontos, e de varias formas, derrubando um soldado por vez. Em três dias, havíamos diminuído o contingente inimigo em cerca de 250 homens, neste dia, perto de 12:00, recebermos um chamado de S.O.S. vindo do local onde se encontravam os Golfins, os Tanques, os Lions, os Porches, os Cats e os Buldogues, dizendo estar cercados por aproximadamente 80 soldados, liderados pelos Vampiros, e que sua munição estava perto do fim, e haviam muitos feridos. Foi quando decidir fazer um ataque forte, rápido e pesado, para auxilia-los, Chet, também decidiu fazer um ataque de grandes proporções, e decidimos que parte dos dois grupos deveria ficar, organizamos e estabelecemos os pontos de ataque, e o que iríamos fazer isoladamente, onde o grupo dele iria retirar os feridos e leva-los a nossa base, enquanto meu grupo iria atrair a atenção dos atacantes, e dar a eles tempo de fugir.

A Primeira Baixa

Eu, Artur e Jack iríamos fazer um ataque frontal e com tudo, onde cada um de nos iria ficar com aproximadamente 25 inimigos, eu e Jack iríamos para o corpo a corpo, enquanto Artur, iria ficar a principio, de longe, atirando com o rifle, para nos dar cobertura, e o grupo de Chet, formado por ele, Beto e Max, iria atacar por trás do inimigo, e retirar os feridos com a ajuda dos que ainda podiam lutar, e levariam munição extra para eles e baterias para seus trajes. Seria um ataque suicida, seis contra o desconhecido, sabíamos que a média mínima seria de 80 inimigos.
Ao chegar próximo ao local pudemos ver que se tratava de muito mais, então, preparei bombas de P.E.M. para serem lançadas no meio deles, desativando o armamento mais perigoso, e então iríamos para o corpo a corpo. O ataque foi tão rápido e inesperado, que conseguimos neutralizar metade dos oponentes, e com uma selvageria lançamos-nos a luta, e abrimos uma brecha grande o suficiente para Chet e seus homens passarem sem problemas, e após o primeiro instante de surpresa, eu e Jack nos vimos cercados e atirando para todos os lados, tentando atingir o maior número de inimigos possíveis, antes de cairmos, nos separamos para poder levar o fogo cruzado para longe de Chet, foi quando me ocorreu a sensação mais estranha do mundo, eu me via longe da luta, num local protegido de tudo, onde tinha um campo de flores, no qual eu me encontrava em direção a minha esposa, andava tranqüilamente pela planície, indo ao encontro dela, que me esperava em nossa casa, perto da praia, na qual fui com o pessoal num belo dia de domingo, no qual fazia um sol de matar, estávamos comemorando o aniversário de todos aqueles que completavam no mesmo mês, reunimos todos e saímos para curtir, quando chegamos na praia, passamos alguns minutos observando o mar, e fomos relaxar. Alguns soldados levaram as namoradas, esposas e irmãs. Foi nesse dia que conheci a mulher mais bonita do mundo, perfeita, com seus 1,70 de altura, 56 kg, cabelos castanhos claros, pele suave e macia, olhos esverdeadas, voz suave, que se chamava Patrícia, que hoje é a minha esposa. Ela estava com as amigas que eram namoradas de Chet e Max, foram eles que me apresentaram para ela, era como se eu estivesse num sonho, do qual só despertei e voltei a mim, quando fui atingido por um disparo de raspão, que me trouxe ao presente e me mandou ficar vivo, para que um dia pudesse dizer a meu anjo que a amo. Parti para o tudo ou nada, sem entender porque o soldado inimigo errou o disparo, mas sem me preocupar com aquilo, corri ativando e lançando todas as bombas que estavam comigo, e sai no meio das explosões, atirando em tudo e todos a minha frente ate ficar sem munição, e partir para o confronto físico, utilizando-me de todos os conhecimentos de artes marciais e objetos que estivessem a meu alcance para usar como arma e eliminar os inimigos.
Jack estava na mesma situação, cercado e quase sem munição, e com um traje que não era o dele, percebeu que a situação es tava ruim, e antes de ficar pior, correu para perto de Artur, que o auxiliou, atirando em todos que estavam armados, só que a munição de Artur também estava perto do fim e já havia inimigos se aproximando dele, nossa sorte foi Chet, que entregou a munição extra e as baterias para os integrantes que podiam lutar, e a situação mudou, com ajuda dos componentes das equipes que viemos auxiliar e o grupo de Chet, viramos a mesa. Conseguimos derrotar quase todo o grupo inimigo, apesar de alguns terem fugido, íamos começar a comemorar quando notamos que tivemos uma baixa no grupo de Chet, Max, que morreu para me salvar. Sem que eu visse, ele acertou o soldado desviando o tido dele, que me acertou de raspão, porem outro inimigo o acertou pelas costas. Foi uma vitória vazia, já que um amigo veio a morrer. Recolhemos todas as armas e munições que encontramos e levamos os grupos que estavam ali para nossa base. Eu trouxe pessoalmente o corpo de Max.
Passamos o dia inteiro cuidando dos feridos e em silêncio, e ao escurecer, decidi fazer um único e decisivo ataque ao grupo que restava no ponto 0-30-0-40 e iria levar a batalha até o fim. Pedi para Chet e seu pessoal ficar ali, para uma possível derrota da minha equipe, ainda haveria alguém para derrotar, ou tentar derrotar os Vampiros. Fui ate meu pessoal, e falei que não era obrigatório irem, que eu só queria voluntários, e antes que eu pudesse terminar, Bem me interrompeu, dizendo que todos só estavam onde estavam, graças a mim, e que todos também eram amigos de Max, e queriam honrá-lo, derrotando e humilhando os Vampiros, e todos nos vamos com o senhor. Foi o momento mais impressionante deste treinamento, e eu disse a eles, que a honra seria minha de ir a luta com homens tão bons e valorosos. Pedi para todos irem organizar os seus trajes, verificar munições, baterias e viesse, individualmente, levar seus trajes, para eu altera-los uma ultima vez, tentando maximiza-los para o combate que estava para ocorrer. Ao amanhecer, me reunir com todos que estavam em condições de lutar e revelei o que iríamos fazer, e indiquei como eles deveriam proceder, caso minha equipe e eu falhássemos, mandei todos irem descansar, pós, ao anoitecer, aquele local iria virar um inferno, onde ninguém poderia se esconder, e só os melhores iriam sobreviver, e esses iriam ser os SilverFox.

O Inferno

Alguns dizem que o inferno só se pode conhecer, se você morrer e for muito ruim durante a vida; alguns dizem que quando se é uma criança e vai parar dentro de uma prisão, pior ainda se for um estuprador. Porém, todos concordam, que o inferno e o pior lugar que poderia existir, com uma temperatura extremamente alta e um mau cheiro insuportável, bom, hoje, o inferno e aqui, o calor insuportável foi providenciado, pois toda a floresta estava em chamas, o mau cheiro, ficou por conta dos Vampiros, que iríamos matar naquela noite infernal. Fomos atacar o ultimo reduto inimigo, esperando encontrar todos lá reunidos, iniciamos a invasão do acampamento inimigo, lançando de longe toda bomba que possuíamos em nosso armamento, fechamos a base deles como uma estrela de cinco pontas, para desta forma, ludibriar quem estivesse lá, para parecermos um grupo bem maior do que a realidade.
Foi um começo forte, onde ninguém escapava, todos os oponentes estavam caindo, sem fazer muita resistência, porem de um segundo para o outro, vários inimigos saíram de buracos feitos debaixo das tendas, o que por um breve instante, nos surpreendeu, mais, antes de sermos atingidos, nos recuperamos e retornamos a investida, observamos no meio do inimigo vários Vampiros, só que não estavam todos, o que me deixou mais atento ainda. De repente, varias explosões ocorreram, onde eu fui acertado em cheio por uma dessas explosões, o que me deixou um pouco desorientado e surdo momentaneamente, o que não era nenhuma alteração, pois no calor da batalha, todos davam ordens uns aos outros, sem que fossem escutados, pois não havia tempo suficiente e eram muitos inimigos, e antes de me recobrar por completo, fui atingido no braço por um disparo forte o suficiente para avariar o traje e me ferir levemente, más antes de receber um ataque mais forte, fui acudido por Bem, que veio em minha direção, acertando todos no caminho e me ajudou, enquanto eu tratava de fazer reparos de emergência e colocava um isolante do ferimento para retornar ao combate, assim que me ergui, vi dois Vampiros, o DarkStar e o Fantasma, indo para a direção de Artur, então eu corri para tentar impedir que eles atacassem Artur pelas costas, pulando sobre os dois e os derrubando, e antes que pudessem revidar, os imobilizei e desativei os sistemas de armas de seus trajes, mas, mesmo sem o poder dos trajes, seria um páreo duro de ganhar dos dois, para minha sorte, um deles havia desmaiado, porem DarkStar era muito forte e continuou acordado e começamos a lutar, cada um com seu estilo de luta, enquanto o Fantasma estava desacordado, eu tinha uma ligeira vantagem sobre meu oponente, só que ele acordou logo, empatando a disputa entre nos, apesar de ser dois contra um, eu conseguia manter a luta entre nos por algum tempo, sem me preocupar com mais ninguém, cada murro ou chute meu, era respondido com um golpe na mesma força e intensidade, até que outros dois inimigos, entraram na briga, foi quando ativei as laminas dos punhos e acertei os dois e os matei, por puro reflexo, agilidade e instinto. Foi com essas laminas que encerrei a luta com DarkStar e Fantasma, deixando os dois sem condições de continuar a lutar, foi quando recebi uma mensagem de Chet, informando que vários Vampiros estavam atacando a base, e que estavam com carros de combate, canhões de plasma e diversos itens de infantaria e cavalaria, e necessitavam de apoio. Informei a ele as condições em que nos encontrávamos, e disse que assim que pudesse, iríamos auxilia-lo. Parecia coisa de filme, onde apenas cinco guerreiros, estavam derrotando toda uma infantaria, a luta já durava cerca de duas horas, onde restavam poucos oponentes, e todos já estavam sem munição e partimos para a luta corpo a corpo, todos estávamos nos dando bem, até que 10 dróides de combate apareceram e desequilibraram a batalha. Mandei todos recuarem e me deixassem no meio deles, para que eu pudesse ativar minha ultima carga de pulso eletromagnético, porem, antes que eu pudesse ativa-la, um dos dróides, disparou e acertou minha perna, me derrubando, e fazendo com que eu soltasse a carga P.E.M., consegui me levantar, e fiquei me defendendo dos ataques deles, tentando chegar perto da carga para que pudesse recupera-la e ativa-la. Más eu não estava conseguindo ter êxito em me aproximar da carga, então, Erik, me desobedecendo, correu para pegar a carga e ativa-la, desviando-se dos disparos, ele conseguiu pegar a carga, e antes de ativar, foi acertado por um dos dróides que estavam longe do meu alcance, porem, antes de cair, Erik conseguiu ativar a carga, o que desligou os nossos trajes e os dróides. Erik estava muito ferido, e caso seu traje não fosse ativado logo, ele poderia morre, então, Bem entregou seu traje e disse que eu podia utilizar tanto as baterias dela, quanto às peças para concertar o traje de Erik, enquanto eu fazia os reparos no traje de Erik e o mantendo vivo, Bem, Artur e Jack, percorriam o local de nossa batalha, recolhendo peças de trajes, baterias, munições, tudo que pudesse ser reaproveitado por nós.
Após uma hora, Erik estava estabilizado e seguro, o que me livrava para consertar meu traje e construir uma bomba P.E.M., para poder desativar todo o armamento dos Vampiros. Enquanto isso, Jack mantinha contato com Chet, e me relatava a situação como muito grave, e que eles não iriam agüentar por muito e precisavam urgentemente de nosso auxilio. Demorei cerca de trinta minutos para fazer os reparos necessários ao meu traje e construir uma B.P.E.M. capaz de desativar todos os recursos dos Vampiros. Ordenei a Bem, Jack e Artur que ficassem com Erik e o protegesse contra qualquer inimigo que pudesse aparecer. Falei com cada um e fui enfrentar o Vampiro sozinho, no caminho, entrei em contato com Chet e informei sobre a passagem no fundo da caverna, e mandei que ele retirasse os feridos por lá, e que apenas cinco pessoas permanecessem dentro para que os Vampiros não notassem nada, e que os outros que pudessem combater, ficassem esperando meu sinal e só ai atacassem, e informei que eu iria desativar todos os sistemas com uma B.P.E.M..
Quando cheguei perto do local, comecei a correr e ativei os jatos propulsores para que eu atacasse todos por cima, e caísse em cima deles com tudo, e destruir boa parte dos oponentes, e com essa tática, diminuir a vantagem dos inimigos. Antes de chegar no ponto certo, fui avistado, e mesmo em meio a disparos e explosões, fiz como planejei, em pleno ar e no meio do fogo cruzado, comecei a elimina-los com disparos certeiros, ativei a bomba e a lancei sobre eles, desativando todos os sistemas, deixando a mim e a todos os Vampiros sem a força do traje, carros e canhões, porem, para minha surpresa e espanto, um traje permaneceu ativo, o traje do Capitão Silver, que era protegido contra P.E.M., assim eu teria de acabar com ele pessoalmente, então me posicionei durante a queda para escapar dos disparos dele e cair bem em cima do desgraçado, esmagando parte do traje e começando um luta de titãs, a luta decisiva entre nós, da qual apenas um poderia ficar em pé, e ser o vencedor da disputa.

A Luta Decisiva

Eu comecei com toda a força, enquanto, os outros Vampiros eram derrotados pelos soldados que estavam esperando meu sinal para atacar, eu enfrentava Silver, mesmo estando sem as armas de meu traje e a força extra dos servos motores que foram desativados pela explosão da bomba e ele com seu traje quase intacto, apesar de por sorte, ter destruído no impacto as principais armas. Começamos a nos digladiar, como dois pugilistas exaustos e a ponto de tombarmos, cada soco dado, era como esmurra uma parede, nossos trajes, estavam se despedaçando. Apesar de estar com meu traje desativado, ele ainda me protegia das poucas armas ativas do traje do Silver, ele que era tão rápido e forte quanto eu, ainda contava com os recursos do seu traje, o que lhe dava uma grande vantagem, procurei destruir as armas e fontes de energia, para poder equilibra a disputa, apesar de estar cansado, eu nunca havia sentido aquilo, pós não estava com medo, mas com uma vontade irresistível de acabar com a vida do miserável.
Muitos poderiam retratar aquela batalha como uma guerra pessoal, uma disputa entre gigantes, dois colossos numa luta que parecia impossível de terminar, era como uma dança marcada, ele lutava para manter o nome, enquanto eu era impulsionado pela raiva e ódio que nutria por ele. Para mim, a vitória só seria alcançada quando ele tombasse sem vida. Os movimentos eram rápidos e precisos, a luta seria decidida pela perícia de cada um e os erros do outro. Ninguém se atrevia a interferir, pós sabiam que se tratava de uma disputa de caráter e honra. Após quinze minutos de confronto, estávamos empatados, então perguntei para ele se não teria coragem de me enfrentar sem o traje, numa luta homem a homem, ate a morte, onde ninguém jamais iria poder comentar o que ocorresse ali, e que a morte de quem perdesse, seria acobertada e em hipótese alguma poderia ser relatado o que ocorrera ali. Infelizmente, hoje eu vou quebrar esta promessa feira há tantos anos.

Questão de Honra.

Ao tirarmos os trajes de combate, iríamos testar o homem dentro delas, se esse seria capaz de agüentar o inferno que tinha se transformado aquele lugar. Apesar de feridos, nos não desistimos da luta, nem poderíamos, pós se tornará uma questão de honra, numa luta até a morte. O calor era insuportável, não tinha uma brisa se quer, fogo por todo lado, o suor se misturava ao sangue em nossos restos e nos mantinha acordados, a dor das feridas nos levava realidade. Começamos um árduo confronto, sem a proteção dos trajes, sentíamos cada golpe dado, somado ao calor insuportável e a noite sem dormir, estávamos em frangalhos, o corpo pesava toneladas, os músculos pareciam água, a visão estava turva, quando de repente, por um milagre ou obra divina, um temporal nos atingiu, apagando as chamas, resfriando o chão, deixando-o escorregadio, como sabão, eu acertei o supercílio esquerdo dele, que começou a sangra, porem ele acertou um chute, fraturando algumas costelas minha e imobilizando meu braço esquerdo. Mesmo sem um braço, eu consegui evitar os ataques dele, e com técnicas de aikdó, pude deslocar seu ombro direito e quebrar o braço dele na altura do cotovelo em ângulo negativo, com isso ele jamais iria move-lo normalmente outra vez.
Mesmo sem um braço, ele continuou sua investida contra mim e conseguiu me derrubar, fazendo com que eu torcesse o pé e quebrasse a perna, no chão, não tinha como eu me defender direito porem consegui equilibrar a luta ao acertar a virilha dele, e quebrar seu joelho. Agora estávamos no mesmo nível, ele puxou uma faca e me apunhalou no ombro, e antes que ele pudesse tentar me esfaquear novamente, eu o desarmei e quebrei sua mandíbula e nariz, eu o pegue e num girar de braço, quebrei seu pescoço e terminei a luta.
A chuva parecia querer lavar a floresta devastada pela guerra, retirar de suas entranhas o sangue lá derramado, tentando aplacar nossas almas e purificar o coração dos que sobreviveram ao inferno. Ate hoje não sei se todos conseguem dormir direito à noite, porem, hoje, eu vou conseguir dormir em paz comigo mesmo. Foi realizada uma investigação para averiguar o que ocorreu naquela noite, fui parar na Suprema Corte das Forças Armadas, fui preso e condenado responsável pela matança ocorrida lá, já que eu era a patente mais alta a sobreviver, podia servir de bode expiatório. Como era muito importante para eles, me mantiveram dentro das Forças Armadas, para que eu permanecesse construído os trajes de combate. Não me arrependo de ter feito o que fiz ou como fiz, sei que ajudei muita gente a se livrar de muitos problemas, eu por ser mais velho, poderia agüentar melhor qualquer resultado. Consegui me manter, apesar de ser sumariamente rebaixado a soldado, ainda tinha o respeito de todos e minha honra.
A honra é tudo que pode manter um homem são no inferno, todo que se tem e a honra para se apegar, um código para pautarmos nossa vida, onde jamais vamos deixar de seguir essas leis, a honra é o que define o homem, o separa da escoria e o eleva perante os seus. Tudo que me restou naquela noite foi à honra. Por meus amigos que lá deixei e por uma parte de mim que lá ficou, eu tive que encerrar aquele inferno lá, destruindo o responsável pela morte de muitos. Eu entrei no inferno, fui até os cantos mais sombrios da alma e voltei, não conheci o inferno por querer, fui e voltei para acabar com o monstro que tinha se transformado o Capitão Silver.