Resenha: os setes saberes necessários da educação do futuro.

Livro: os setes saberes necessários da educação do futuro.

Autor: Edgar morin.

Editora: – São Paulo: Cortez; Brasília, DF: UNESCO, 2000.

Número de pag. 116.

Edgar Morin, pseudônimo de Edgar Nahoum (Paris, 8 de julho de 1921), é um antropólogo, sociólogo e filósofo francês judeu de origem sefardita. Pesquisador emérito do CNRS (Centre National de La Recherche Scientifique). Formado em Direito, História e Geografia, realizou estudos em Filosofia, Sociologia e Epistemologia.

 A crítica reflexiva em questão aborda o capitulo l: as cegueiras do conhecimento; o erro e a ilusão:

“Edgar Morin contribuiu gradativamente para as teorias do conhecimento e do processo de ensino e aprendizagem, o mesmo possuía uma visão ampliada, que olhava por todos os ângulos, sem diminuir qualquer participação do homem como ser e individuo atuante, no processo de formação e transformação da educação, ele também enfatizava a verdadeira essência do conhecimento, tendo como referencia o homem e as suas características, individuais, sociais, emocionais, psicológicas, e que o colocava como centro das criticas e observações construtivas, e que influenciaram o intelecto de muitos pesquisadores trazendo resultados positivos sobre suas concepções”.

O conhecimento nunca é um reflexo ou um espelho da realidade, é sempre uma tradução seguida de uma reconstrução, a percepção é uma construção e o conhecimento está ligado às diferenças, cada um tem sua própria visão de mundo.

Desde o inicio do da história da educação, sofremos as transformações do tempo, e as pesquisas cientificas e filosóficas, evidenciam que a fonte de informação no contexto escolar é fraguimentado e que afasta qualquer possibilidade de erro, mas bem sabemos que o erro faz parte de um processo construtivista, que nos norteia para dar um rumo, em favor da aprendizagem do aluno, considerando suas deficiências no âmbito escolar.

O conhecimento é algo temporal, portanto ele muda, o fato é que nenhuma verdade é única e absoluta, portanto todo conceito é valido, e não pode ser anulado e pode contribuir para o desenvolvimento intelectual, emocional, cognitivo e social, pois o homem é um ser racional, complexo, dotado de habilidades e que também tem suas fragilidades, o homem é um ser inacabado, portanto é possível ter racionalidade sem perder a afetividade, é claro que é necessário ter um equilíbrio, para que o homem não se torne alguém frio que é indiferente aos acontecimentos a sua volta, como também não pode ficar como um louco, movido pelos seus sentimentos, ter domínio próprio é importante, as emoções elas tanto podem ser positivas ou negativas, podem ajudar e atrapalhar, mas depende do cenário de atuação e da ênfase que  é dada ao fato em questão. Se o imaginário depende do real para existir, o homem também depende dos sonhos para continuar existindo, ou seja, o homem que não sonha está morto.

O conhecimento ele faz parte do intelecto, mas o mesmo, também depende das emoções, pois o professor não consegue transformar uma aula em uma atividade prazerosa se ele, não incitar, provocar o aluno, ou seja, trabalhar o psicológico, as emoções do aluno. Conclui-se que o homem e o conhecimento são inseparáveis, eles dependem um do outro, pois todos os dois são complexos e difusos e mudam com o passar do tempo, o homem ele é racional, porque está sujeito a filosofias, doutrinas, crenças, valores, mas não é uma máquina 100 % racional que foi criada para obedecer e executar tarefas, ele é natural, físico, psico, e emocional,  ele vive se sonhos ,e esses sonhos o fazem ter objetivos claros , mas entre querer e realizar existe um percurso, e  é durante esse processo  que o homem pode cometer erros baseado em ilusões, mas esse é o lado positivo, pois errar implica em aprender, e aprender faz parte do processo evolutivo do homem, só pode ensinar quem já aprendeu, mas para aprender é necessário errar.