OS SACRAMENTOS, SINAIS EFICAZES DA FÉ
Geraldo Barboza de Carvalho
Tomé condicionou sua fé à constatação das marcas do Crucificado no Ressuscitado: "Se eu não vir em suas mãos o lugar dos cravos e se não puser meu dedo no lugar dos cravos, não crerei" (1). Jesus o concedeu, como o fez aos outros discípulos durante 40 dias, entre a ressurreição e a ascensão, não como condição pra eles crerem, como Tomé exigia, mas pra
fortalecê-los na fé em Cristo e na sua Palavra. Os acontecimentos da morte e ressurreição de Jesus eram duros demais para ser aceitos. Por isso, Jesus se deixou ver para reavivar a
esperança de pessoas fracas na fé. A iniciativa foi dele, não dos Onze, que nunca viram o Ressuscitado, embora Ele estivesse e andasse com eles todos os dias. Não o viram porque não creram. Mas, se cressem, não precisariam ver: bastava-lhes saber que Jesus estava com eles, embora invisível, pois vive na eternidade, não mais no mundo. A fé apóia-se na Palavra fidedigna, não na presença palpável e visível de Jesus. Mente quem diz ver Cristo. "Alguém jamais viu Deus: o Filho Único, que vive na intimidade de Deus Mãe e do Pai, o viu e o deu a conhecer. Por ora, andamos pela fé, não pela visão. Vemos o Ressuscitado de maneira confusa, em espelho. Só depois da morte e ressurreição, o veremos face a face" (2). Por isto, Jesus censurou Tomé: "Porque viste, creste. Felizes os que creram sem ter visto". As aparições e as desaparições de Jesus aos Onze eram sinais que estava vivo com eles, para, pouco a pouco, educá-los na nova maneira de estar com Jesus: pela fé, não pela visão. Não é preciso ver Jesus para sabermos que está conosco. Basta-nos crer nele sem o ver, só apoiados na sua Palavra: "Não se perturbe o vosso coração. Eu morrerei, mas ressurgirei e voltarei a vós e estou convosco todos os dias até o fim". Como os Onze ainda eram fracos na fé, Jesus desaparecia e reaparecia, comia, celebrava, "agia com eles" (3) por 40 dias, para fazê-los entender que, embora viva na eternidade com Deus Mãe e o Pai, continua com eles. É a pedagogia de Jesus pra sinalizar que está em ação com aqueles que assumirão e continuarão sua missão diaconal e profética na terra, pela fé. A ascensão
encerrou as aparições e desaparições pedagógicas de Jesus. Agora ele vive á direita do Pai e à esquerda de Deus Mãe, exercendo sua missão sacerdotal exclusiva, partilhada pelos missionários contemplativos, intercedendo pelos enviados em missão ostensiva profética e diaconal. O envio de Ruah derramada nos corações ratifica a pedagogia de Jesus de educar seus seguidores ao seu novo modo de presença com eles, necessariamente pela fé, não pela visão. "Deus Mãe que o Pai enviará em meu Nome vos ensinará e recordará tudo o que eu vos disse". Não consta que Jesus tenha aparecido a Maria, sua mãe. Ela não precisava. Sua firme testemunhava que o Ressuscitado estava com ela: "Eu não vos deixarei órfãos, mas rogarei ao Pai e ele vos enviará o novo Consolador, que estará convosco para sempre" (4). É nesta palavra que se apóia nossa fé em Jesus, não na experiência sensorial da presença dele. A menos que ele assim o queira, como o fez com os discípulos de Emaús e os Onze, trancados em Jerusalém com medo de ser crucificados. Os discípulos disseram aos Onze que o Ressuscitado caminhou e ceou com eles, sem saberem que era Jesus. Só na partilha do pão o reconheceram. Num átimo, "Jesus fica invisível diante deles". Quando ainda não acreditavam, Ele era visível. Abertos os olhos da fé, Jesus fica invisível e eles sabiam que estava com eles. São desse gênero as aparições de Nossa Senhora e dos ressuscitados que estão na eternidade. Quando desaparece, a Mãe do Céu não deixa de estar conosco, porque conosco sempre está. Faz-se visível para avivar nossa fé no seu Filho. Assim, os discípulos de Emaús "ainda falavam com os Onze e seus companheiros, quando Jesus se apresentou no meio deles e disse: A paz esteja convosco! Tomados de espanto e temor, imaginavam ver um fantasma". Os fantasmas são entificações do nada, que geram sensação de solidão, vazio, de falta de apoio, medo. Eles são como os ídolos: "têm boca que não fala; ouvidos que não ouvem; olhos que não vêem; nariz que não cheira; mãos que não tocam e pés que não andam. Não há murmúrio na sua garganta. Os que os fazem e confiam neles ficam como eles" (5): impotentes, paralisados pelo medo, surdos, mudos, cegos. Mas Jesus não é um fantasma, é real, ele fala: "Por que estais perturbados e por que surgem tais dúvidas em vossos corações? Vede minhas mãos e meus pés: sou eu. Tocai-me. Vede que um espírito não tem carne e ossos, como vedes que eu tenho. Dizendo isto, lhes mostrou as mãos e os pés. E como, por causa da alegria, ainda não podiam acreditar (ver milagres causa euforia sensacionalista que impede a fé) e ficavam surpresos, disse-lhes Jesus: Tendes o que comer? Apresentaram-lhe um pedaço de peixe assado. Ele o tomou e comeu diante deles" (6). A fé nos assegura que o Vencedor da morte e do medo, o Vivente, Jesus está conosco. E se "Ele é por nós, quem será contra nós" (7). A fé acaba o medo, aquece coração e gera paz (Cf. Lc 24,32; 1Jo 4,18). Jesus apareceu pela última vez no dia da ascensão, quando é entronizado Rei do céu e da terra, á direita do Pai e à esquerda de Ruah. O Pai, Deus Mãe e Jesus com os que ressurgiram com ele e os que estão em missão na terra são a Família de Deus. Subir ao céu significa assumir o poder sobre as coisas da terra e do céu, mas ficar conosco: "Eu estou convosco todos os dias". A fé nesta palavra garante que somos felizes hoje, pois cremos que Jesus está conosco, mesmo invisível, "na noite escura dos sentidos", mas na clara luz da certeza dada por Sua Palavra fidedigna. É assim que a fé funciona.
Contudo, a fé não atua na escuridão sensorial absoluta. Esta é só para a presença visível, não para os sinais sensíveis da presença real, mas impalpável de Jesus. A fé é a fulgurante luz na escura noite dos sentidos. "Lá fora tudo é escuro, mas aqui dentro eu canto", diz o poeta. Os sentidos têm papel essencial na percepção dos sinais da presença real de Jesus,
decodificada pela fé na Sua Palavra fidedigna, que nos faz vê-lo além dos sinais. Sinais sensíveis de Jesus que não vemos, mas a fé na Palavra nos garante que ele está conosco.
Sinais da fé são coisas do mundo sensível, sobre as quais Jesus diz palavras autoritativas,
para que simbolizem e signifiquem sua Pessoa. Eles afetam o olfato, paladar, tato, audição, visão de quem crê. Mas a intenção da fé não é para os sinais, e sim para a Pessoa de Jesus, a realidade sinalizada, que os sentidos não captam. Pela fé, passamos dos sinais sensíveis à Pessoa de Jesus conosco, apoiados unicamente na Sua Palavra. A fé na Palavra autoritativa de Jesus nos une a ele, além dos sinais. "No Calvário se escondia a tua divindade/Aqui se esconde também tua humanidade/Ó Jesus, que nesta vida pela fé eu vejo/Realiza, suplico-te, este meu desejo/Ver-te enfim face a face/Lá no céu".... (Hino de adoração). O vinho e o pão abençoados, que vejo, toca, cheiro, como e bebo têm valor idêntico à Pessoa de Jesus
presente na celebração e dizendo pela boca do presbítero em nome da assembléia: "Isto é o meu corpo, entregue por vós. Tomai e comei. Este cálice é a nova aliança no meu sangue, derramado por vós. Tomai e bebei. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue viverá eternamente" (8). Pela fé na sua Palavra, não nos sentidos, sei que pão e vinho abençoados são seu o corpo e o sangue de Jesus: "Venha a fé por suplemento, os sentidos completar" (Hino de adoração). Os sentidos captam e degustam pão e vinho. A fé na Palavra assegura que o pão e o vinho são o corpo e o sangue de Jesus, que os sentidos não captam. Se julgo
que sua Palavra merece fé, acolho-a e busco dizer e fazer no seu Nome o que ela diz e faz. Mas, se Jesus não tem credibilidade, não perderei tempo com ele. É pegar ou largar. Não vejo Jesus na água, no óleo, no pão, no vinho, mas os sinais palpáveis da sua presença, que têm valor idêntico à sua Pessoa. Não nos comunicamos com os sinais sensíveis da fé mas com Jesus, presente entre nós, comigo, com você desde o início da celebração, e podemos adorá-lo "em espírito e verdade", antes da epiclese e da consagração. O Senhor esteja convosco/Ele está no meio de nós", dizemos no inicio e durante as celebrações. Os sinais são mediações da presença de Jesus conosco. Sem Jesus, eles são vazios e não comunicam a vida que está nele. Gestos e palavras sacramentais são feitos e ditas pela comunidade celebrante em Nome de Jesus. Por isto, com os olhos da fé, não com os do corpo, vemos Jesus nos sinais eficazes do vinho, do pão, do óleo, da água, que comunicam a morte ao pecado com o Crucificado e a vida que está no Ressuscitado, a um só tempo. Sentimos na pele água e óleo; vemos, tocamos, degustamos pão e vinho. Mas, sabemos que Jesus está nos sinais sensíveis e nos comunica a vida de Deus Trino, mediante a fé. Deter o olhar nos sinais palpáveis do vinho, do pão, da água e do óleo, sem dirigir a atenção e a intenção da fé para Jesus, é cometer idolatria da eucaristia e demais sacramentos. E seremos como Tomé, que condicionou sua fé à visão das marcas do Crucificado no Ressuscitado. Por isto, o centurião romano, não os discípulos de Jesus, é o paradigma daquele que crê. Um dia o centurião foi a Jesus pedir-lhe para curar seu criado doente. "Jesus lhe disse: eu irei curá-lo. O centurião respondeu-lhe: "Jesus, eu não sou digno de receber-te sob o meu teto; basta uma palavra tua e meu criado ficará são. Comando soldados; quando digo a um: vai, ele vai; a outro: vem, ele vem. Ouvindo isto Jesus ficou admirado e disse a seus discípulos: Não achei em Israel alguém com tamanha fé. E disse ao centurião: Vai, como creste, assim será feito. E naquela hora o criado ficou curado"(9). Aqui está a essência da fé.
Só há uma eucaristia (um batismo), realizada na paixão e morte cruenta e na ressurreição de Jesus, uma vez por todas, cujo memorial Ele nos legou quando instituiu o sacramento da eucaristia no mesmo dia da morte de cruz, depois das 18 horas da Quinta-Feira, quando, no calendário judeu-cristão, começa a Sexta-Feira, com ordem para o repetir em seu Nome de geração em geração. O memorial da única e nova aliança no corpo e sangue de Jesus foi instituído, pois, no mesmo dia da sua morte na cruz e ressurreição, e tem valor idêntico a elas. "Anunciamos, Jesus, a vossa morte, proclamamos a vossa ressurreição, vinde, Senhor Jesus", dizemos após a consagração. Jesus está conosco antes, durante e depois da epiclese e pode ser adorado ?em espírito e verdade? a qualquer momento, pela fé, não só na hora da consagração. Mais: Não vemos Jesus no pão e vinho abençoados, mas os sinais sensíveis da sua presença, cuja certeza nos é dada pela fé na sua Palavra: "Onde dois ou mais estão reunidos no meu Nome, eu estou com eles" (10). A eucaristia não termina, Jesus não deixa de estar conosco depois da missa, mas está conosco na missão de tirar o pecado do mundo: curar feridas, doar-nos aos irmãos no seu Nome, quais hóstias vivas a nutrir a esperança dos pobres, partilhando os dons do Espírito comunicados pelo Ressuscitado e os bens materiais, dando de comer aos famintos, de beber aos sedentos e vestindo os nus, visitando doentes e prisioneiros, na missão de evangelizar os pobres em atos e palavras como Jesus fazia. Celebrar os sacramentos sem anúncio da Palavra e prática do amor fraterno contraria a ordem de Jesus: "Ide e anunciai a boa nova a toda criatura. Expulsai os demônios, curai os enfermos, ressuscitai os mortos. Quem crê e for batizado será salvo. Eu estou convosco todos os dias até o fim". Sempre nesta seqüência: anúncio, fé, boas obras, sacramentos. Sacramentos sem anúncio, sem fé e sem obras é ritual vazio que profana o santo Nome de Deus. Pra salvar-nos, essencial é a fé, não sacramentos. Sem sacramentos podemos salvar-nos, não, porém, sem a fé. Os canais poderosos da graça não esgotam todos os meios de Jesus comunicar a vida divina ao povo pecador: "A graça não está presa ao sacramento" (Gratia non alligata sacramenti), lembra S Agostinho. No Juízo Final, Jesus chamará para seu Reino pessoas "de toda tribo, língua, povo, nação" que nunca celebraram sacramentos, mas praticaram a misericórdia com os semelhantes. São os cristãos anônimos proclamados pelo Concílio Vaticano II, mulheres e homens de boa vontade, sensíveis os valores éticos vividos e ensinados por Jesus, o direito e à justiça, (Cf. Ap 7,9; Mt 25,31-46).
Os sacramentos são sinais eficazes do fato único e irrepetível: a morte e ressurreição de Jesus. Eles são os ritos desse fato salvífico definitivo e só têm validade apoiando-se nele.
O batismo fato é a morte sangrenta de Jesus, em que ele mergulha no próprio sangue com a humanidade e a criação inteira ? "Podeis beber o cálice que beberei e ser batizado com o batismo com que serei batizado" (13) ? e a sua ressurreição, que comunica vida nova a todas as coisas. Cada um dos 7 sacramentos tem matéria e forma. A matéria é um produto do mundo sensível. A forma é uma Palavra de Jesus sobre a matéria para que simbolize e signifique a realidade salvífica que está nele. Palavra criadora, "bará", que realiza o que diz. A matéria do sacramento do batismo ou do batismo rito é a água; a forma é: "Eu te batizo em Nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo" (14). A matéria do sacramento da eucaristia é o pão (símbolo da luta diária do homem e da criação pela sobrevivência) e o vinho (símbolo da festa e alegria do povo pela vitória na luta diária e pela jubilosa vitória de Jesus sobre a morte). A forma é: "Isto é o meu corpo dado por vós. Fazei isto em minha memória. Este cálice é a nova aliança no meu sangue, que é derramado em favor de vós. Fazei isto em minha memória" (15). Isto é: fazei vossa vida ser eucaristia, "oferecei vossos corpos como hóstia viva, santa e agradável a Deus. Este é o vosso culto espiritual" (16). Eucaristia significa dom de ação de graças. A entrega de Jesus nas mãos dos pecadores pra ser massacrado e salvá-los da morte é a mais sublime ação de graças ao Pai. "Não quiseste sacrifício nem oferenda. Holocaustos pelo pecado não te agradaram. Por isto, deste-me um corpo e eu disse: Eis-me aqui, ó Deus, para fazer tua vontade. Graças a esta vontade fomos santificados pela oferenda do corpo de Jesus Cristo, realizada uma vez por todas" (17)
Toda ação inspirada na fé tem mão dupla: a ação primeira e gratuita é de Deus (graça). A ação segunda é humana e consiste em acolher o dom salvífico, vivendo o que a Palavra diz e celebrando os eventos histórico-salvíficos únicos a que ela se refere. Os sacramentos não fogem à regra: precisam da ação divina e da ação humana conjuntas e concomitantes para acontecerem. As duas faces inseparáveis dos eventos sacramentais são: A ação criadora da Palavra de Deus sobre as matérias dos sacramentos, comunicando-lhes vida e santidade ? ex opere operato ?, e a ação do povo reunido pela fé: liturgia: leiton, povo; ergon ação da fé ? ex opere operantis. A liturgia é a acolhida, o amém do povo à ação salvífica, criadora de Deus em seu favor, expressa na recepção da vida presente nos sinais da fé. Por isto, sem fé, a liturgia e a recepção do sacramento são válidas, mas ilícitas. "Aquele que come o pão ou bebe o cálice de Jesus indignamente será réu do corpo e do sangue do Senhor"(18.
1) "Ex opere operato" (por força da obra realizada) ? Os eventos salvíficos do AT e NT realizaram-se uma vez por todas e com validade pra todos os tempos e lugares. A imolação do Cordeiro de Deus é uma instituição perpétua, como perpétua é a Páscoa judaica. "Este dia (kairós) é para vós um memorial, e o celebrareis como uma festa para Javé; de geração em geração o festejareis; é um decreto perpétuo" (19). Memorial da Páscoa judaica e da Páscoa cristã. A salvação operada em e por Jesus está consumada, é perfeita: da parte dele, nada mais resta a fazer, todos estamos salvos. Jesus instituiu os sacramentos para dar continuidade histórica à sua ação salvífica mediante a fé do povo, de geração em geração. A graça é comunicada aos sacramentos, sinais sensíveis da morte e a ressurreição de Jesus, pela força da sua Palavra, independentemente da santidade do presbítero e da comunidade celebrante. A falta de fé da assembléia e do presbítero não interferem na comunicação da graça à matéria dos sacramentos, porque a força da Palavra de Jesus garante a validade dos mesmos. Mas, a falta de fé os torna ilícitos.
2) Ex opere operantis (por força da fé de quem atua o sacramento) ? Embora válidos, os sacramentos não transformam automaticamente a vida de quem o recebe. A fé do povo reunido é que torna lícita a recepção dos sacramentos e inicia o processo de transformação da vida de quem o recebe. É preciso ter intenção de receber o pão e vinho abençoados e os distinguir do pão e vinho comuns, e, com fé, livremente escolher receber a vida de Cristo presente neles. Só nesta condição a graça dos sacramentos será eficaz, nos comunicará a vida que está no Corpo de Cristo e iniciará a transformação da nossa vida. Por isto, receber os sacramentos sem fé é recebê-los indignamente. Comer sem fome violenta e adoece o corpo. Comungar sem fé é profanar o pão e o vinho santos, o corpo e o sangue de Jesus. A salvação é ofertada de graça, não imposta. Por isso, para ser agraciado é preciso acolhê-la pela fé e praticar o amor fraterno. A fé em Jesus Cristo é que torna eficaz a graça presente nos sacraentos. Ela é a maneira justa de nos relacionarmos com os sacramentos. "Deus nos cria sem nós, mas não nos salva sem nossa participação, mediante a fé" (Sto Agostinho). Quem tenta chegar a Deus por outros meios, "Ele o ensurdece e cega, para que, vendo, não enxergue, ouvindo, não entenda" (20). Quanto maior for a nossa fé, mais rápida será a transformação do nosso ser e da nossa vida pela presença atuante de Deus Mãe em nós.

Citações bíblicas:
(1) Jo 20,24-29; (2) 2 Cor 5,7; 1 Cor 13,12; (3) Mt 28,20; Jo 14,1; Mc 16,20; (4) Jo 14,15-18.26; (5) Sl 115 (113 B); (6) Lc 24,13-43; (7) Rm 8,31; (8) Lc 22,19-20; Jo 6,54; (9) Mt 8,5-8; (10) 18,29; (11) Jo 8,32; (12) Tg 2,18; (13) Mc 10,38; (14) Mt 28,19; (15) Mt 26,26-28; Mc 14,22-24; Lc 22,19-20; 1Cor 11, 23-25; (16) Rm 12,1-2; (17) Hb 10,5-7.10; (18) 1Cor 11,27-32, (19) Ex 12,14; (20) Is 6,9-10//Mt 13,14ss.