Os protestos na Argélia e o impacto sobre o movimento da Polisário?

Por Lahcen EL MOUTAQI | 03/05/2019 | Política

Pergunta, se os útlimos protestos em Argélia provocam um impacto sobre o movimento da Polisário?

M'Hamed Khadad,  coordenador da polisário na MINURSO, respondeu negativamente.  O que os jornais da região noticiaram. No entanto, comparado  aos anos anteriores, o movimento de Brahim Ghali, secretário da Frente Polisário, tem reduzido notavelmente as movimentações na Europa e nos Estados Unidos.

Neste úlimos meses  antes da adoção pelo Conselho de Segurança de uma nova resolução sobre o Saara Ocidental, abril 2019, prolongando a missão da Minurso por mais 6 meses, dezembro 2019. O que se conclui é que este ano, o Polisario tem rompido com uma tradição bem estabelecida de confronto. A sua mobilização nos cenários internacionais se limitou a defender o plano de autodeterminação, face ao plano de autonomia contrariado  pela  Argélia e Africa do Sul.

Ocultando a conferência intitulada "O direito dos povos à resistência: o caso do povo saaraui"

No Brasil e nos Estados Unidos, o Polisario e seus lobbies tentam obter uns apoios da sociedade civil. Uma vez que a Comissão de Direitos Humanos do Congresso dos EUA examinam a situação no Saara Ocidental, cuja Aminatou Haidar ou Eric Goldstein da Human Rights Watch, envolvidos nos trabalhos humanitários e ajuda associativas a favor da Frente.

Em 2019, Washington que estendeu a mão para a Polisário, enviando no início de março uma diplomata em Rabat para se encontrar com o presidente da CODESA.

 Além disso, em Argel, a 7ª edição da conferência internacional intitulada "O direito dos povos à resistência: o caso do povo saharaui", foi adiada sob pretextos de disturbios sociais e políticos. Enquanto as sessões anteriores foram realizadas anualmente no início de abril na capital da Argélia, as quais foram assistidas por altos funcionários da Polisario.

 Anotando que desde abril 2019, os apoiantes da Frente Polisário continuam  a rejeitar o plano de autonomia, seja em Laayoune ou Dakhla. Em 20 de abril, uma marcha anunciada com bandeiras da Frente na capital da província não foi organizada. Seus promotores preferiram responder ao grande encontro do Istiqlal ( integridade).

 Em Laayoune, qualquer protesto que visa  reivindicar um tipo de referendo de autodeterminação acaba se transformando em apoio a integridade nacional. As autoridades presentes, para manter a ordem entre as partes, consolidam o clima de paz e da integração, na qual Aminatou Haidar participou,  remontando a 29 de março 2019.

 Esta fraca mobilização revelada pelo Polisário é o resultado da mudança dos planos na Argélia? Para M'Hamed Khadad, a instabilidade política que conhece Argélia "não tem nenhuma incidencia sobre esta posição deste país", sublinhou à Agência Sputnik.

 No entanto, a liderança da Frente e seus revezamentos no Saara, aproveitaram na América do sul e na Europa, onde se mostraram um certo dinamismo durante o exame, pelo Parlamento Europeu, dos acordos de pesca e agricultura. E isso bem antes de 22 de fevereiro, data da primeira marcha de protesto na Argélia.

Lahcen EL MOUTAQI