Vivendo em grupos nas tabas – aldeias constituídas por ocas de troncos e de folhas de palmeira –, andando nus ou vestidos com pequenas tangas, conhecendo a tecelagem e construindo canoas e jangadas, pescando e caçando, acreditando num deus bom e num

mau espírito – assim foram os indígenas brasileiros encontrados pelo “descobridor” europeu. A princípio o português não interferiu na maneira de viver do índio.

Depois, porém, quando os colonizadores tiveram a necessidade de braços para a lavoura e passaram a escravizar o nativo, o relacionamento entre brancos e indígenas mudou. Muitas tribos resistiram e lutaram, outras fugiram para o sertão, mas a maioria submeteu-se e gradativamente viu desaparecerem seus usos e costumes. A cultura indígena chegou, assim, bastante diluída até nossos dias.

O primeiro contato entre os portugueses e os indígenas brasileiros – asseguraram todos, cronistas e historiadores – foi rigorosamente amistoso: houve troca de presentes. E Pero Vaz de Caminha, na carta enviada ao rei D. Manuel I, afirmava que “essa gente é boa de boa simplicidade; e imprimir-se-á ligeiramente neles qualquer cunho que lhes quiserem dar”. Mas havia evidentemente, uma desconfiança mútua. Portugueses e índios estudavam-se. Os europeus consideravam-se estar diante de bárbaros, e os índios, naturalmente, sentiam-se diante de pessoas, pelo menos muito estranhas.

Nesse primeiro contato – quando Nicolau Coelho desembarcou no dia 23 de abril de 1500 –, o português entregou ao grupo de índios que encontrou, entre outras coisas, um chapéu preto. E ganhou um cocar de penas vermelhas. No dia seguinte, ao aportar na atual baía Cabrália, Pedro Álvares Cabral recebeu dois nativos que, embora desconfiados, não decepcionaram.

Comportaram-se muito bem, acabando por passar a noite na nau capitânia.

A semana seguinte continuou a decorrer num clima de cordialidade: os índios ajudaram a construir a cruz para a celebração da segunda missa, em terra firme, e houve até mesmo festas. Pero Vaz afirmava ao rei que naquele pouco tempo os indígenas demonstravam estar “mais mansos e seguros entre nós do que nós andávamos entre eles; mais nossos amigos do que nós seus”.

As relações entre brancos e índios, no entanto, no transcorrer da História do Brasil, não foram apenas de trocas de presentes e realização de festas. Quando os portugueses começaram a apossar-se da terra e a escravizar os índios, o relacionamento começou a mudar.

Tendo uma cultura própria com uma ordem social estabelecida e padrões religiosos, houve tribos que se rebelaram, enquanto outras se entregaram ou fugiram para o interior. Ao rebelarem-se, os índios dariam muito trabalho aos portugueses, e dificultariam a colonização.

Em outros casos, ajudariam os colonizadores. Algumas tribos, como os Tupinambás, tornar-se-iam inimigas ferrenhas dos portugueses, aliando-se aos franceses quando estes tentaram estabelecer-se no Brasil. E não deixaram de utilizar a técnica guerreira do europeu – canhões e pólvora – contra uma tribo inimiga, os Tupiniquins. Tupinambás, Tupiniquins: embora existissem vários grupos espalhados pelo território brasileiro, os usos e costumes dos Tupis são os mais conhecidos. Pois foi principalmente com eles que os portugueses entraram em contato durante o período de colonização.

A primeira informação que se tem sobre os indígenas encontrados no Brasil está na carta de Caminha. Ao mesmo tempo que dava notícia ao sobre o achado da terra, o escrivão da frota e Cabral descrevia a mesma e suas possibilidades, as gentes e sua cultura. Os trechos são preciosos, quer na descrição física – “a feição deles é serem pardos, à maneira de avermelhados, de bons narizes; os cabelos são corrediços; andam tosquiados, de tosquia alta; as mulheres com cabelos muito pretos e compridos pelas espáduas” –, quer no registro de seus utensílios – “cortam sua madeira e paus com pedras feitas como cunha, metidas

em um pau entre duas talas, muito bem, atadas e por tal maneira que andam fortes”.

Depois de Caminha, foram os cronistas de viagens, os missionários e algumas vezes os próprios viajantes – na primeira metade do século XVI – que se encarregaram de observar os aborígenes e descrever seus hábitos: gente como Vespúcio, Luís Ramires, Hans Stand

ou Pero Lopes de Sousa, o qual escreveu seu Diário da Navegação durante a expedição de Martin Afonso, em 1530. A partir da segunda metade do século XVI – e até nos séculos XVII e XVIII – os melhores registros pertencem à correspondência dos jesuítas. Entre estes, destacam-se: o P. Antônio Pires, que oferece a primeira descrição do mameluco (mestiço do branco com o índio); o P. Nóbrega, em cujas cartas se encontra um vasto material sobre as crenças dos indígenas, as tradições que se referem ao dilúvio, a fé na existência de um ser superior, os feiticeiros, os agouros e ainda a utilização do fumo como uma espécie de narcótico; o P. Anchieta, com ricas observações a respeito de seus costumes; e o P. Fernão Cardim, que escreveu um tratado sobre os índios, além de uma narrativa de viagem onde se encontram preciosas informações relativas aos hábitos sociais indígenas. São as informações contidas nestes e em outros documentos que permitem estabelecer um quadro geral da estrutura social de nossos índios e determinar alguns dos traços de sua cultura e sua distribuição geográfica.

Levando em consideração principalmente a diversidade linguística, os jesuítas foram os primeiros a apresentar uma classificação do indígena brasileiro: Tapuias (índios de língua travada) e Tupis (índios de língua geral). Esta divisão teve origem, ainda, no fato de os Tupis chamarem os Tapuias de bárbaros. Na primeira metade do século XIX, o sábio alemão Von Martius propôs uma classificação precária em que estabelecia nove grupos: os Tupis-Guaranis (os guerreiros); Jês ou Crans (os cabeças); Gucks ou Cocos (os tios); Grens ou Querens (os velhos); Parecis ou Poragis (os de cima); Goitacás (os corredores da mata);

Aruaques (a gente da farinha); Guaicurus ou Lenguas (os cavaleiros) e índios em transição para a cultura portuguesa. Esta classificação foi criticada, surgindo, com o tempo, diversas outras, até que Capistrano de Abreu apresentou sua divisão em nove grupos: Tupis, Cariris, Jês, Caraíbas, Maipurus e outras menores – os Guaicurus, Charruas, Minuanos e Panos. Todas as classificações apresentadas até hoje, no entanto, são insuficientes. Partindo exclusivamente da linguística, falta-lhes uma base cultural mais ampla.

O certo é que os portugueses, ao realizar a colonização, encontraram-se com os Tupinambás e Tupiniquins no litoral baiano, sendo que os Tupinambás se estendiam pelo Maranhão; Caetés e Tabajaras, em Pernambuco; Potiguares, no litoral do Ceará e Rio Grande do Norte; Taramambés, no litoral paraense; Tamoios, no litoral de São Vicente e Rio de Janeiro; Tupis e Guaranis, mais ao sul; e Tupinas e Amoipinas, no interior nordestino. Embora a classificação dos indígenas brasileiros seja um problema complexo e ainda não devidamente solucionado, pode-se no entanto dividir os índios em quatro grandes grupos: tupis, Jês, Aruaques e Caraíbas. Os Tupis tiveram seu centro de expansão nos vales dos rios Paraguai e Paraná. Sua diretriz migratória foi a sul-norte. Beirando a serra do Mar estenderam-se pelo litoral brasileiro; caminhando pelo centro, chegaram até o Amazonas e a parte oriental da Guiana; e, subindo pelo vale do Paraguai, atingiram a Bolívia. Suas principais tribos eram os Tapes, no interior; Carijós, no litoral sul, chegando até Cananéia; Tupinambás e Tamoios, no Rio de Janeiro; Temiminós, no Espirito Santo; Tupiniquins e Tupinambás propriamente ditos, na Bahia; e Potiguares, no Nordeste. Existiam, ainda, tribos menores.

Os Aruaques eram hábeis navegadores, dotados de uma civilização bem mais adiantada que a dos outros grupos: sua agricultura e sua cerâmica eram notáveis. Entre as tribos Aruaques encontradas em nosso país estão os Aruãs por toda a bacia amazônica.

Os Jês eram chamados, a princípio, de Tapuias ou Crans. Foi através de Von Martius que passaram a ser conhecidos por esta denominação – Jês –, retirada pelo cientista do sufixo que aparece em várias tribos que compõem este grupo: Apinajés, Cricatajés, Procoljés, Aujés, Tajés, etc. Dentre todos os grupos, o dos Jês era o que se encontrava no mais atrasado estágio de desenvolvimento. Entre as suas tribos estão os Aimorés, no sul da Bahia; Botocudos, no Espirito Santo; Apinajés, no Maranhão; e Bugres, em Santa Catarina.

O grupo dos Aruaques – também conhecidos Nuaruaques e Maipures – foi o que ocupou a mais extensa zona geográfica. Seu centro de expansão parece ter sido entre o Alto Amazonas e o rio Negro ou a região fronteiriça entre o Brasil e a Venezuela. A migração, talvez a primeira de todos os grupos brasileiros, foi no sentido oeste-leste: estenderam-se desde a Bolívia até a costa setentrional da Venezuela; para o norte, chegaram até a Flórida e, para o sul, atingiram o Paraguai. Inimigos implacáveis dos Aruaques eram os Caraíbas, localizados nas cabeceiras do rio Xingu. Antropófagos, os Caraíbas foram a princípio chamados canibais.

Sua expansão seguiu o rumo centro-nordeste; do Amazonas subiram para as Guianas e Venezuela oriental e daí para as Antilhas. Diversas de suas tribos permaneceram no Brasil, entre as quais os Pamelas, à margem esquerda do rio Madeira; Pimenteiras, ao sul do Piauí; Nauquás e Bocairis, nas cabeceiras do rio Paratininga a às margens do Xingu; Piano-Cotós e Mariquitáris, às margens dos rios Pau, Jari e Jamundá; Crixanás, no Japeri; e Macuxis, no rio Branco. Guerreiros implacáveis, os Caraíbas eram os mais ferozes de todos os grupos e usavam velas em suas embarcações.

Outra questão muito discutida e de solução ainda não estabelecida é a da origem do indígena brasileiro, problema que não se pode isolar do estudo da procedência do índio americano em geral. O primeiro grande passo objetivo para o estudo do Homo Americanus foi dado em 1859 por Humboldt. Este cientista confrontou os selvagens do Novo Mundo com outros povos não estudados pelas antigas hipóteses existentes sobre o problema, e que remontavam à primeira metade do século XIX. Depois de Humboldt muitas novas teorias foram criadas, algumas afirmando ter sido uma única corrente povoadora, e outras dizendo que o povoamento da América se fez através de várias migrações. A teoria da migração de uma única raça para a América afirma que o indígena americano teria procedido das regiões setentrionais da Ásia, entrando no Novo Mundo pelo estreito de Bering, àquela época um istmo que ligava Ásia e América. A justificação para esta hipótese é que o homem americano, embora existam

pequenas diferenças, é racialmente uniforme. As diferenças de cultura teriam surgido posteriormente à sua vinda para as novas terras.

Uma das hipóteses do povoamento através de várias migrações é encabeçada Paul Rivet, que aponta quatro grandes correntes migratórias: asiática, australiana, malaio-polinésia e esquimó. Outra teoria, a de Canals Fran, fixa também em quatro as correntes pré-históricas de povoamento da América: dolicóides primitivos de cultura inferior; canoeiros mesolíticos; braquióides de cultura média; e polinésios de alta cultura. Para o estudo do indígena brasileiro, esta última teoria é a mais importante. Em seus movimentos contínuos, as tribos indígenas brasileiras deixavam traços de sua passagem ou de sua permanência. Através de pesquisas arqueológicas foi possível recompor, em muitos casos, o estágio de cultura em que os indígenas brasileiros se encontravam quando o elemento colonizador chegou ao Brasil. São as referências arqueológicas, como os sambaquis, as estearias, a cerâmica, e as inscrições rupestres. Verdadeiras colinas de conchas, os sambaquis são o resultado de restos de cozinha de nossos indígenas.

Popularmente conhecidos por concheiros e casqueiros, existiram no Amazonas, Pará e Maranhão, e no litoral sul, a partir de São Paulo. Esta concentração no litoral é facilmente explicável: por falta de alimento interior, os indígenas foram busca-lo na costa, onde permaneceram por muito tempo. Embora fossem encontrados em número muito reduzido longe do litoral, é costume dividir os sambaquis em costeiros, fluviais e centrais. Além de vestígios de uma indústria rudimentar, foram encontradas nestes sambaquis ossadas humanas: algumas vezes ossos soltos, ostras, esqueletos completos (do chamado homem dos sambaquis).

Idênticas às palafitas, as estearias foram assim denominadas por constarem de milhares de esteios fincados na água. Eram construídas para a defesa da habitação e para facilitar a pesca. As mais importantes são as do lago maranhense do Cajari (dois quilômetros de extensão) e as do Encantado no Pará.

Da cerâmica, a manifestação mais notável foi a encontrada no aterro sepulcral de Pacoval, na margem do lago Arari, na ilha de Marajó, e atribuída extinta tribo dos Aruãs, pertencente ao grupo dos Amáquis. De extremo bom gosto, a cerâmica marajoara – como é popularmente conhecida, devido à sua localização – tem sido comparada ao produto das indústrias mais sofisticadas do mundo moderno. Foi encontrada, também, em Maracá, em cemitérios subterrâneos de Cunani, e em Santarém. As inscrições rupestres – ou litóglifos – não apresentam letras mas possuem figuras de animais, corpos humanos e astros, além de toscos desenhos de duendes, armas e utensílios. Outros elementos, como o Sol, a Lua, a serpente e o jabuti, aparecem também nesta manifestação dos índios. Para alguns estudiosos, as inscrições lapidares, que no Amazonas tomaram o nome de itacoatiaras, constituem um instrumento gráfico de que se utilizavam os indígenas para assinalar os seus jazigos ou muitas vezes para perpetuar a lembrança de companheiros ou heróis. Estas inscrições rupestres foram encontradas em larga extensão do Brasil, principalmente no Norte, Nordeste e Centro Oeste. Embora tenha deixado essas inscrições rupestres, o indígena brasileiro não possuía escrita.

Historiadores afirmam que antes da chegada dos europeus à América havia aproximadamente 100 milhões de índios no continente. Só em território brasileiro, esse número chegava 5 milhões de nativos, aproximadamente. Estes índios brasileiros estavam divididos em tribos, de acordo com o tronco linguístico ao qual pertenciam: tupi-guarani (região do litoral), macro-jê ou tapuias (região do Planalto Central), aruaques (Amazônia) e caraíbas (Amazônia).

Atualmente, calcula-se que apenas 400 mil índios ocupam o território brasileiro, principalmente em reservas indígenas demarcadas e protegidas pelo governo. São cerca de 200 etnias indígenas e 170 línguas. Porém, muitas delas não vivem mais como antes da chegada dos portugueses. O contato com o homem branco fez com que muitas tribos perdessem sua identidade cultural.

O primeiro contato entre índios e portugueses em 1500 foi de muita estranheza para ambas as partes. As duas culturas eram muito diferentes e pertenciam a mundos completamente distintos. Sabemos muito sobre os índios que viviam naquela época, graças a Carta de Pero Vaz de Caminha (escrivão da expedição de Cabral) e também aos documentos deixados pelos padres jesuítas.

Os indígenas que habitavam o Brasil em 1500 viviam da caça, da pesca e da agricultura de milho, amendoim, feijão, abóbora, bata-doce e principalmente mandioca. Esta agricultura era praticada de forma bem rudimentar, pois utilizavam a técnica da coivara (derrubada de mata e queimada para limpar o solo para o plantio). Os índios domesticavam animais de pequeno porte como, por exemplo, porco do mato e capivara. Não conheciam o cavalo, o boi e a galinha. Na Carta de Caminha é relatado que os índios se espantaram ao entrar em contato pela primeira vez com uma galinha. As tribos indígenas possuíam uma relação baseada em regras sociais, políticas e religiosas. O contato entre as tribos acontecia em momentos de guerras, casamentos, cerimônias de enterro e também no momento de estabelecer alianças contra um inimigo comum. Os índios faziam objetos utilizando as matérias-primas da natureza. Vale lembrar que índio respeita muito o meio ambiente, retirando dele somente o necessário para a sua sobrevivência. Desta madeira, construíam canoas, arcos e flechas e suas habitações (oca). A palha era utilizada para fazer cestos, esteiras, redes e outros objetos. A cerâmica também era muito utilizada para fazer potes, panelas e utensílios domésticos em geral. Penas e peles de animais serviam para fazer roupas ou enfeites para as cerimônias das tribos. O urucum era muito usado para fazer pinturas no corpo.

Entre os indígenas não há Classes sociais como a do homem branco. Todos têm os mesmo direitos e recebem o mesmo tratamento. A terra, por exemplo, pertence a todos e quando um índio caça, costuma dividir com os habitantes de sua tribo. Apenas os instrumentos de trabalho (machado, arcos, flechas, arpões) são de propriedade individual. O trabalho na tribo é realizado por todos, porém possui uma divisão por sexo e idade. As mulheres são responsáveis pela comida, crianças, colheita e plantio. Já os homens da tribo ficam encarregados do trabalho mais pesado: caça, pesca, guerra e derrubada das árvores.

Duas figuras importantes na organização das tribos são o pajé e o cacique. O pajé é o sacerdote da tribo, pois conhece todos os rituais e recebe as mensagens dos deuses. Ele também é o curandeiro, pois conhece todos os chás e ervas para curar doenças. Ele que faz

o ritual da pajelança, onde evoca os deuses da floresta e dos ancestrais para ajudar na cura. O cacique, também importante na vida tribal, faz o papel de chefe, pois organiza e orienta os índios.

A educação indígena é bem interessante. Os pequenos índios, conhecidos como curumins, aprender desde pequenos e de forma prática. Costumam observar o que os adultos fazem e vão treinando desde cedo. Quando o pai vai caçar, costuma levar o indiozinho junto para que este aprender. Portanto a educação indígena é bem pratica e vinculada a realidade da vida da tribo indígena. Quando atinge os 13 os 14 anos, o jovem passa por um teste e uma cerimônia para ingressar na vida adulta.

Como dissemos, os primeiros contatos foram de estranheza e de certa admiração e respeito. Caminha relata a troca de sinais, presentes e informações. Quando os portugueses começam a explorar o pau-brasil das matas, começam a escravizar muitos indígenas ou a utilizar o escambo. Davam espelhos, apitos, colares e chocalhos para os indígenas em troca de seu trabalho.

Interessados nas terras, os portugueses usaram a violência contra os índios. Para tomar as terras, chegavam a matar os nativos ou até mesmo transmitir doenças a eles para dizimar tribos e tomar as terras. Esse comportamento violento seguiu-se por séculos, resultando no pequenos número de índios que temos hoje. A visão que o europeu tinha a respeito dos índios era eurocêntrica. Os portugueses achavam-se superiores aos indígenas e, portanto, deveriam dominá-los e colocá-los ao seu serviço. A cultura indígena era considera pelo europeu como sendo inferior e grosseira. Dentro desta visão, acreditavam que sua função era convertê-los ao cristianismo e fazer os índios seguirem a cultura.