Resumo

A integridade humana é fator fundamental a ser levada em consideração pelas organizações. A empresa deve avaliar as condições de trabalho visando à segurança do colaborador, intervindo com propostas e projetos de adaptações e melhorias. Se houver a conscientização da empresa quanto aos impactos econômicos/sociais, as organizações podem diminuir seus custos provenientes das despesas de um acidente ou doença ocupacional, aumentando assim seus lucros. Buscou-se identificar os principais acidentes ocorridos e os fatores de risco a que os trabalhadores estão expostos, assim analisar os impactos econômicos e sociais para estrutura organizacional da empresa, como os custos diretos e indiretos, e os prejuízos para o colaborador, em decorrência do não cumprimento das normas legais e a falta de preparação quanto ao avanço tecnológico que vem sendo implantado no sistema produtivo. A metodologia utilizada foi à revisão de literatura da legislação e dos dados disponibilizados pelo governo em seus ministérios e fundações. O investimento em segurança e saúde do trabalho, não é perda de tempo e dinheiro, e sim investimento para o crescimento da organização. A implantação de uma política em Segurança e Saúde do Trabalho – SST contribui para demonstrar que a empresa é socialmente responsável, protege e reforça a imagem e o valor da marca, ajuda a aumentar a produtividade criando uma mão-de-obra mais competente e saudável, reduz os custos para a empresa, e as quebras de produção, permitindo que as empresas correspondam às expectativas dos clientes.

Palavras-Chave: Impactos. Segurança do Trabalho. Custo. Acidente.

Introdução

Com o processo de globalização, a introdução da tecnologia nos processos produtivos, máquinas e equipamentos, vêm se modernizando, porém nem sempre capacita o homem, com conhecimentos que evitem a ocorrência de acidentes do trabalho e/ou doenças ocupacionais. A cada nova conquista tecnológica desenvolvida pelo homem com o objetivo de facilitar o processo produtivo, diminuindo seu esforço, para alcançar maiores índices de produtividade e consequentemente reduzindo os custos, há relativamente, um novo risco a reconhecer, avaliar e adequar para a proteção do trabalhador.

A conscientização dos trabalhadores em relação aos acidentes é muito importante, só através dela, que eles poderão reconhecer que estão expostos aos riscos. Além dos impactos

sofridos pelos trabalhadores, há também os sofridos pela empresa, como os prejuízos, que podem ser contabilizados como custo direto, ou custo segurado, que se refere ao recolhimento mensal feito à Previdência Social para pagamento do seguro contra acidentes do trabalho, e como custo indireto, ou custo não segurado, que são as despesas com reparo ou substituição da máquina, equipamento ou material avariado, serviços assistenciais, pagamento de horas extras em decorrência do acidente, despesas jurídicas e etc.

O acidente é um fato que deve ser avaliado dentro do mundo do trabalho, uma vez que principalmente às micro e pequenas empresas, são fortemente atingidas pelas consequências dos acidentes e doenças relacionadas ao trabalho. Apesar de nem sempre os seus diretores/administradores perceberem esse fato, estas empresas sentem mais dificuldades em controlar os riscos e os desafios associados à gestão da saúde e segurança no trabalho que são bastante significativos para elas (GARDINALLI, 2012).1

A gestão relativamente deficitária da Segurança e Saúde no Trabalho pode ser atribuída a características específicas típicas das pequenas empresas, tais como os elementos estruturais e organizacionais do trabalho e do emprego, a situação econômica e as relações laborais, a diversidade e a flexibilidade das empresas, o distanciamento face à regulamentação, as atitudes e as competências dos proprietários e dos trabalhadores neste tipo de empresas ou o seu curto ciclo de vida. Estas características dificultam às micro e pequenas empresas criarem e manterem um ambiente de trabalho seguro e saudável (ZWETSLOOT, 2015).2

No Brasil, as informações de morbimortalidade do trabalhador são limitadas, fragmentadas e heterogêneas. Levantamentos estatísticos oficiais não retratam o quadro real de como os trabalhadores adoecem e/ou se acidentam. Há subnotificações importantes do número de acidentes de trabalho e de doenças profissionais. A Secretaria de Saúde de Minas Gerais, afirma que os registros de notificações devem ser cerca de quatro vezes maiores que os dados oficiais (MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO, 2015).3

O objetivo deste artigo é identificar quais são os principais acidentes e doenças ocorridos no ambiente de trabalho, demonstrar os principais fatores de risco a que os trabalhadores estão expostos, analisar os impactos econômicos e sociais para estrutura organizacional da empresa, demonstrar os prejuízos para a empresa e para o trabalhador em decorrência do não cumprimento das normas legais e a falta de preparação dos colaboradores

quanto ao avanço tecnológico que vem sendo implantado no sistema produtivo, e conhecer os regulamentos no que diz respeito às condições de segurança e saúde do trabalho.

Este trabalho surgiu diante do reconhecimento de que a informação gerada é fundamental para a definição das intervenções necessárias e minimização de seus respectivos impactos, sabendo que a ocorrência de tal fato gera um determinado custo para a empresa, e de certa forma será repassado ao consumidor final, que em termos de mercado globalizado, ou seja, com ampla concorrência, pode ocasionar na perda do cliente para o concorrente que oferece a mesma qualidade do produto ou serviço, com preço menor.