OS GATILHOS DISPARADORES DA VIOLÊNCIA NAS ESCOLAS...
Por Maddalena Chianello | 15/08/2016 | EducaçãoOS GATILHOS DISPARADORES DA VIOLÊNCIA NAS ESCOLAS – QUANDO E COMO ACONTECEM
RESUMO
Este artigo tem como objetivo uma análise dialética sobre o estudo empírico dos gatilhos disparadores da violência dentro das escolas, procurando compreender as causas que promovem esse fenômeno e como este interfere no processo de ensino e aprendizagem. A ques tão da violência nas escolas passa pelo conceito de violência em si e pela análise da instituição escola e do comportamento das famílias contemporâneas. Partindo do conceito de violência, este artigo tem como objetivo apontar pistas para uma discussão espe cífica sobre os movimentos sociais e culturais que estamos vivendo e que estão levando a violência para dentro das escolas, sendo um deles o uso das redes sociais. Utilizaremos como auxílio para esta reflexão algumas publicações de jornais, em site de pesq uisa da internet, somada a uma entrevista aberta, feita à coordenadora pedagógica de uma escola de nível fundamental, da rede pública da cidade do Rio de Janeiro. O objetivo é compreender como pensam os sujeitos que compõe os atores da escola. Neste artigo se buscará entender a violência enquanto fenômeno, promovido por estes atores, identificar as diferentes faces da violência e como e porque ela vem se apresentando com maior frequência. A metodologia utilizada para os estudos foi baseada em pesquisas bibl iográficas, pesquisas na internet e visita a uma escola da rede pública da cidade do rio de janeiro, no sentido de eleger um referencial teórico que propiciasse uma visão qualificada sobre a temática.
Ao fazer essa reflexão constata
se a complexidade dos f atos, estes atingem diretamente os valores culturais e morais da sociedade provenientes de problemas familiares e/ou sociais. Como solução o caminho apontado está no diálogo e prevenção em casa e na escola, com o apoio de profissionais capacitados.
PALAV RAS
CHAVE: Violência nas escolas, violência, bullying, escola, comportamento.
INTRODUÇÃO
Quase que diariamente temos o tema violência na escola, explorado pela imprensa, evidenciando uma dura realidade vivida pela sociedade da era da informação, onde a informação é potencializada pelos aparelhos tecnológicos e mediada pelas redes sociais. Temos uma situação alarmante e perigosa, pois a violência vivida hoje, não é uma simples troca de ofensas verbais, ela ultrapassa limites, ela chega às vias de agress
ões físicas violentas, incluindo o uso de armas, brancas ou não. O que temos hoje é uma incompleta intolerância e ausência de políticas públicas e incentivo humanitários.
A questão da violência nas escolas passa pelo conceito de violência e pela análise da instituição escola. O conceito de violência, segundo o dicionário informal, diz que é o exercício desproporcional do poder ou força que se sobrepõem ao princípio da integridade (física, emocional, moral, religiosa, étnica, laboral, familiar, doméstica, em presarial, etc.). A violência causa danos físicos e emocionais nem sempre visíveis.¹ O conceito de violência na escolar, segundo o professor de Ciências da Educação, o especialista Bernard Charlot, classifica
se em três níveis: violência (que inclui golpes , ferimentos, roubos, crimes e vandalismos, e sexual), incivilidades (humilhações, palavras grosseiras e falta de respeito) e violência simbólica ou institucional compreendida, entre outras coisas, como desprazer no ensino, por parte dos alunos, e negação da identidade e da satisfação profissional, por parte dos professores. Nosso objetivo é voltarmos para o conceito de violência e posteriormente apontar pistas para uma discussão específica sobre a violência escolar.
Na última década a violência nas escolas tem preocupado o poder público e toda sociedade, principalmente, pela forma como esta tem se configurado.
Diante da crescente violência nas escolas, estudiosos das disciplinas da educação e áreas afins, vêm se preocupando em compreender o que leva a violência para dentro das escolas e como combatê-la.
Neste estudo vou me deter somente a Cidade do Rio de Janeiro, por já ter tido experiência e vivência em sala de aula como professora no CIEP Presidente Salv ador Allende, em Vila Isabel, dentro de uma comunidade carioca
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