OS FILMES E A MUDANÇA DE MENTALIDADE

   A sociedade vive momentos dramáticos com cenas de violência e altos índices de agressividades, o que tem conduzido muitos religiosos, antropólogos, psicólogos e sociólogos a desenvolverem pesquisas para desvendar a natureza do comportamento agressivo do ser humano.

Se os filmes são produzidos com o objectivo de promover a mudança de mentalidade de mal para o bem, as manifestações comportamentais observadas nas crianças e adultos provam que nem todos os filmes favorecem a mudança de comportamento de negativos para positivos. Existem mais filmes que incentivam a violência do que os que ajudam a levantar a auto estima, vencer limitações físicas, superar adversidades e promover a paz. Se os filmes não influenciassem os hábitos e a maneira de pensar das pessoas, que já andam sobrecarregadas com ideias negativas capazes de se transformarem em comportamentos antissociais, então diríamos que os filmes não exercem nenhuma influência no comportamento humano. Talvez a solução não seja censurar os produtores de filmes mas, mostrar que têm sido mal aproveitados pelas pessoas para transformarem os seus desejos em realidade.

“Os produtores e directores de filmes não se cansam de dizer que eles se limitam reflectir a realidade. Mas é duvidoso não reconhecer que a realidade e a ficção se alimentam mutuamente; a ficção é “realidade” enquanto age sobre os pensamentos e sentimentos das pessoas que a observam. Determinadas pessoas podem “querer” veementemente que a realidade se ajuste aos parâmetros da ficção que elas tanto alimentam” (Garrido 2005:167).

Para o autor, a ficção é tão poderosa que pode distorcer a nossa percepção e então teremos dificuldades em separá-la da realidade. Por outro lado, ao bordar o papel da mídia, subjectividade e violência, Vaz (2009) propõe dois conceitos fundamentais: a vítima virtual e a construção do criminoso como desumano. Este autor considera que o nível de violência e assassinatos apresentado pela mídia tem sido observado por crianças, jovens e adolescentes que têm procurado imitá-los. A mídia pode aproximar famílias como também pode dividí-las. Para explicar como a mídia pode causar crimes, Vaz[1] diz o seguinte:

As pessoas tentam imitar o que aparece na mídia ou se tem a perspectiva de que a mídia cause crime porque favorece a harmonia, especialmente no sentido de revelar o que há em sua vida. Tanto ela pode colocar em crise ou substituir a família, sem tanto limite para as pessoas cometerem crime, quanto ela pode gerar um sentido de vida que torna obrigatório consumir, e, portanto, favorecer a criação de crime, quanto ensinar o estilo de vida dos ricos para os pobres e tornar mais necessário cometer crime.

A nossa sociedade convive diariamente com seres humanos que apresentam altos índices de violência e agressividade. A presença de filmes agressivos vem encorajar ainda mais os sentimentos inibidos para serem postos em prática. As leis humanas foram estabelecidas com o objectivo de promover a harmonia mas, quando se trata de problemas económicos, muitas vezes são postas a prova, violadas e abusadas por aqueles que dizem querer promover a paz querendo mostrar o que os humanos devem e não devem fazer em função das consequências.

Os filmes e a consciência

A. Remanses/Telenovelas

Quando vemos filmes, às vezes temos a impressão de que tudo é verdade. Esta impressão nos faz querer ser igual a um personagem para conseguirmos ter tudo o que ele conseguiu a qualquer custo. Por exemplo, os filmes de romance apresentam quase sempre um final feliz e dão a impressão que o amor é a coisa mais maravilhosa que existe neste mundo. Para os rapazes, procuram sempre querer apresentar-se como os homens nas novelas e as meninas, como as mulheres (sua forma de vestir, andar, falar, o trançado do cabelo e até mesmo a maneira de se comportar diante dos pais ou sogros).

Os filmes de romance aproximam muitas famílias e os distanciam também em termos de afecto e atenção. Hoje conseguimos ver numa casa a mãe, filhas e pai, todos sentados a verem um filme de romance e deleitarem-se nas emoções proporcionadas pela obra cinematográfica. A mulher pode até passar mais tempo ao lado do televisor do que com o próprio marido a conversar e acertar os planos do dia a dia. Uma das influências fortes das telenovelas é a criação de obsessões por parte do telespectador, e as fantasias sexuais caracterizadas por sonhos eróticos com personagens da ficção ou mesmo a ganância e ambição para com os bens materiais.

É com base nisto que eu gostaria de mencionar aqui uma pesquisa realizada pela revista Veja nos meses de Maio e Junho de 1997 a respeito da insatisfação dos pais e mães frente à televisão brasileira conforme revela Valladares (1997) citado por Gomide(2000):

Foram entrevistadas 180 pessoas de seis cidades brasileiras (Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre, Recife, Uberlândia e Goiânia). Os resultados mostraram que o maior constrangimento para os pais ocorre quando assistem cenas de sexo, estupro e relações homossexuais com sua família. Além de considerarem as novelas, os filmes e os programas policiais inadequados para crianças, não gostam que seus filhos assistam às cenas de homossexualismo e de uso de drogas. Essa discussão sobre o que é ou não adequado para ser transmitido pelas emissoras de televisão ocorre também em outros países como os EUA, a França e a Argentina. Neste último, por exemplo, houve um acordo entre o governo e as emissoras que durante o horário, das 8 horas da manhã às 20 horas, - chamado horário de proteção ao menor de idade, não seriam transmitidos filmes violentos ou programas com cenas de sexo. Por outro lado, a França obriga, através de lei especial, as emissoras a transmitirem um mínimo de três horas semanais de programas educativos.

Talvez o leitor já tenha visto um membro de sua família vendo telenovela ou algum filme durante várias horas do dia sem se preocupar com outras coisas que talvez seriam prioritárias naquele momento e você pedir-lhe para fazer ou lembrar-lhe da sua tarefa. Concordou? Aceitou prontamente fazê-lo? Ou rejeitou pedindo que esperasse para o segundo plano? Quantas vezes deixou de fazer esta ou aquela coisa por causa do filme? Seus pensamentos e desejos são consequências do que vê nos filmes? Compara os meios de vida ou o relacionamento familiar com os que tem observado nos filmes? Até que ponto ele é exigente?

É caso para dizer que, tal acontecimento ocorre em muitos países, tal como já mencionado, em Angola o problema não foge a regra. Em muitos lugares, ouve-se mulheres relatando cenas de novelas com muito entusiasmo, nas quais se destacam mais as novelas brasileiras e mexicanas. As crianças, os adolescentes e os jovens têm sido os grupos mais afectados devido ao seu interesse na ficção do que a concentração nas tarefas da escola e de casa; outras são afectadas pelo baixo desempenho nas suas actividades. Embora existam pessoas que criticam o modo como a televisão faz a programação destes seriados, os esforços têm sido em vão por causa da concorrência.

 Os problemas gerados pelo interesse nas novelas (brasileiras) começaram a ter o seu impacto nas famílias pobres quando surgiu um novo canal da televisão pública de Angola (canal 2) [2]. A mulher e os filhos passavam o tempo em casa a ver novelas e desenhos animados, enquanto o marido desejava ver telejornal ou um jogo internacional. A rejeição da mulher em ceder o lugar para a troca de canal era motivo para excessos de ira, agressividades e atos de violência no lar. Em muitos lares, para se evitar estes conflitos, sentiram-se obrigados a comprar outro televisor. Na realidade, a frequência com que se assiste a estes programas em muitos países, tal como demonstram as pesquisas, têm trazido impactos negativos para muitas famílias.

 B. Os perigos da pornografia

A pornografia é uma exposição sexual que vem desestruturando a capacidade de raciocínio de muitas pessoas. Ela manifesta-se em forma de cartazes com imagens eróticas, vídeos e mensagens de voz. Ver cenas onde a obscenidade é pertinente estimula a busca pela satisfação do prazer sexual. A pornografia facilita a criação de imagens que ficam retidas na consciência e difíceis de esquecer. A pessoa que é escrava da imoralidade em casa, geralmente assiste na ausência do (a) parceiro (a) para alimentar suas fantasias sexuais; aproveita  também os momentos em que o parceiro está distante ou está a dormir e finge estar a realizar uma tarefa, ver notícia, filme ou documentário, durante o tempo que está com o computador ou a ver televisão.

“Pensar, fantasiar sobre sexo, além de ser um comportamento normal, é extremamente saudável. Contudo, o dependente de sexo faz isso de um modo mais intenso e prejudicial. A fantasia torna-se um estilo de vida, ocupando grande parte de seu tempo. O mundo real não tem graça nem sentido. Com tempo, ele passa a negligenciar toda e qualquer responsabilidade” (Gigliotti et al., 2008:167).

O cônjuge que vê pornografia corre o risco de tentar experimentar suas fantasias sexuais com o seu parceiro, e quando não encontra satisfação desta necessidade pode cair na frustração e estar sujeito a desejos e pensamentos de poder usar tal imaginação com outra pessoa, aquilo que sente que o (a) parceiro (a) é incapaz de dar ou até mesmo levantar situações que possam levar ao conflito e atos de violência no lar. O tipo de desrespeito, que muitas vezes ocorre, é aquele caracterizado silenciosamente por não se manifestar no meio em que vivem. As situações descritas como violentas, na maioria das vezes, são acompanhadas por agressões físicas ou verbais por meio de palavras depreciativas para o parceiro, como por exemplo:

  •  “Você não presta…você não serve para nada”;
  • “Você é incapaz de me satisfazer”;
  • “Você não é como os(as) outros(as)”;
  •  “Você é fraco(a). Não sei porque casei contigo, pareces um pau na cama...”. 

Estas e outras expressões que não aparecem aqui, geralmente são utilizadas quando o(a) parceiro(a) está eufórico por causa da frustração com a insatisfação sexual tentando transformar as suas obsessões sexuais em realidade sem levar em conta o estado emocional do outro. Da maneira como são pronunciadas, estes tipos de frases criam mágoas no(a) parceiro(a) difíceis de esquecer. Muitos problemas relacionados à sexualidade no relacionamento, especialmente naqueles casos em que um dos cônjuges é inexperiente e pode ser influenciado pelos meios de comunicação que promovem a imoralidade e a busca de prazer sexual, podem levar a relação ao declínio. É neste sentido que Vitiello e Conceição, (1990:24), afirmam:

Nossa sociedade, através dos meios de comunicação, têm feito uma verdadeira apoteose do orgasmo (...) Passa-se a imagem de que o orgasmo é uma obrigação e a relação em que ele não é alcançado é francamente patológica (...) É claro que o casal, principalmente a mulher – de inexperientes, que não conhecem as suas zonas erógenas e não sabem como intensificar a excitação – e que freqüentemente estão envolvidas em relacionamentos clandestinos, se frustram. É facto comum, em ambulatórios de atendimento à adolescentes, ouvir referências de iniciações desagradáveis, quando não traumatizantes.

 Não devemos nos esquecer que cada pessoa leva consigo seus traços de personalidade no matrimónio, caracter e temperamento, a sua orientação sexual e sua ideologia; aspectos estes que devem ser respeitados e tratados com brandura em situações de desequilíbrio no lar. Impor ao seu parceiro manifestações ou suas fantasias sexuais que não são de costume, pode levar a conflitos e consequentes atos de agressão e violência.

Uma mente deturpada com imagens pornográficas é uma consciência doentia que precisa de tratamento para a promoção de uma vivência saudável. Solteiros que passam o dia a alimentarem-se com filmes pornográficos vivem desequilibrados psicologicamente, com o pensamento sobre sexo e o desejo de satisfação em quaisquer circunstâncias. É isto que faz com que os anseios da carne, quando muito intensos, recorrem a masturbação para o alívio da tensão e a inquietação mental.

Por mim, os filmes que revelam a imoralidade sexual não deveriam existir. São eles que fortificam os pedófilos, os estupradores e outros seres com transtornos sexuais a cometerem abusos sexuais e outras formas de perversões que muito tem afectado a sociedade.

C. Filme violento

Este é um dos tipos de filmes mais aclamados pelos homens onde se destaca fúria, agressividade e demonstrações de poder. Para citar, teoricamente o filme brasileiro “Cidade Vazia” protagonizado por atores amadores (recebeu quatro indicações ao Oscar, nas categorias de melhor director, melhor roteiro adaptado, melhor edição e melhor fotografia). Foi exibido fora de competição no Festival de Cannes.

Para mostrar o impacto dos filmes na realidade, Garrido (2005:165) cita o Jornal el País, Madrid, 1º de Novembro de 1994 e nos conta uma triste cena que ocorreu na década de 1990:

Existiu uma gangue de criminosos na Coréia do Sul denominada La-Chijon-pa (“O bando da sua majestade”). Foi formada na década de 90, depois que seus membros se conheceram em uma partida de poker. O nome do chefe era Kim Ki Hwan. O denominador comum dos seis homens da quadrilha era o ódio pelos ricos e frustração por não ter dinheiro. Foi Hwan quem teve a ideia: construir um esconderijo nas terras de sua mãe e cometer vários sequestros e assassinatos até que conseguissem reunir mais de um milhão de dólares.

De acordo com o autor, a responsabilidade de abrir caminho e ensinar os outros foi de Hwan que mostrava como devia se proceder em certos casos. De exemplo, escolheu como primeira vítima uma jovem de 23 anos que foi sequestrada e violada. Enquanto a estrangulava,  ia dizendo a seus cúmplices: “é assim que se faz”. Um mês depois, mataram um dos membros do grupo que tentou deixá-los e o enterraram em uma das montanhas da região.

O modo de agir desse bando era extraordinário, como nos conta Garrido, sua modernidade não ficava atrás dos filmes do Stallone ou Tarantino. Suas vítimas não eram liberadas, ainda que os familiares pagassem o resgate exigido. Uma vez capturadas, seu destino estava escrito: primeiro a violação e a tortura, depois a mutilação e finalmente, a incineração  em um forno que tinham para tal propósito.

Havia um certo método nas acções do grupo. O primeiro deles foi uma lista com nomes de mais de mil clientes importantes de um grande armazém de Seul. Posteriormente, abasteceram-se de armas e planejaram a morte de todos eles. Felizmente, puderam ser detidos quando haviam matado “apenas” cinco dos clientes dessa lista. Foi por pura sorte, porque uma das mulheres capturadas pelo grupo conseguiu escapar depois que a violaram e torturaram. Ao investigar esses crimes em série, um detetive da polícia do bairro chinês de Seul declarou que eram os assassinos mais brutais que ele havia presenciado nos seus 30 anos de carreira.

Mas isso não é tudo. Depois de capturados, os cinco disseram à polícia que não se arrependiam de ter matado “todos esses ricos e esnobes”. O assunto causou uma grande consternação na Coreia do Sul. O mais impressionante, segundo Garrido, foi o facto de que os assassinos haviam extraído a ideia de capturar e assassinar suas vítimas dos romances de crimes e dos filmes violentos. Foram condenados a morrer na forca.

É provável que o leitor tenha assistido a esse filme produzido em 2002. É um drama brasileiro escrito por Paulo Lins no livro com o mesmo nome. O filme mostra o crescimento do crime organizado na Cidade de Deus entre as décadas de 60 e 80.

O filme começa mostrando uma galinha sendo preparada para o almoço. Uma delas escapa e é perseguida por bandidos armados. Fazendo uma pequena parada, o filme faz uma retrospectiva de 10 anos, onde mostra três ladrões que aterrorizam os negócios locais com vários assaltos. O dinheiro roubado é dividido com os habitantes da favela chamada Cidade de Deus. O trio de ladrões é idolatrado por vários meninos. Um deles segue os trilhos da gangue querendo participar dos assaltos. Além de assaltos cometidos pela corja, o filme apresenta cenas de estupro e luta de gangues com constantes tiroteios e, mais tarde a polícia e toda a cidade.

Analisando a sequência, o filme leva o espectador a compreender melhor as difíceis escolhas que se apresentam às vítimas que se encontram no meio do fogo cruzado entre as quadrilhas: manter-se honesto e tentar viver uma vida miserável sob ameaça de morte ou escolher viver ao lado dos bandidos e ter tudo o que precisa?

É assim que se transformam as gangues, a imitação de modelos e a manifestação de comportamentos agressivos sem se importar com os agentes da ordem pública.

Este filme foi visto por muitos espectadores em Angola, crianças, adolescentes e adultos, todos aplaudindo as acções negativas que se desenrolavam no filme. Não demorou muito para que adolescentes e jovens criassem grupos de pares, e cada um com os nomes dos elencos do filme, imitando os mesmos comportamentos antissociais. De facto, se o leitor se lembra deste filme, sabe que todos os momentos significativos da obra apresentam comportamentos violentos, com repercussões dramáticas na vida dos envolvidos e suas famílias.

D.    Os filmes infantis e sua repercussão no comportamento das crianças

 Variados estilos de filmes infantis têm sido produzidos para o entreterimento das crianças e muitos deles são violentos. A indústria cinematográfica parece estar a transformar os filmes de adultos para as crianças e vice-versa. E os mesmos têm sido apreendidos e manifestados com repercussões negativas nas crianças.

 Destacando as pesquisas no campo da aprendizagem por imitação, de acordo com Gomide (2000), a American Psychological Association (APA) publicou um relatório informativo de 1985, apresentando os principais estudos e as conclusões realizadas sobre os perigos, em crianças e adolescentes, em assistir filmes violentos. As pesquisas psicológicas mostram três grandes efeitos dos filmes violentos:

1-      Crianças e adolescentes podem tornar-se menos sensíveis a dor e ao sofrimento dos outros. Aqueles que assistem muitos programas violentos são menos sensíveis a cenas violentas do que aqueles que assistem pouco, e consideram em menor grau que o comportamento agressivo está errado;

2-      Crianças e adolescentes podem se sentir mais amedrontados em relação ao mundo ao seu redor. A APA relata que programas infantis possuem vinte cenas violentas a cada hora, permitindo que crianças que assistem muita televisão pensam que o mundo é um lugar perigoso;

3-      Crianças e adolescentes podem, provavelmente, se comportar de maneira agressiva ou nociva em relação aos outros, ou seja, comportam-se de maneira diferente após assistirem a programas violentos na TV.

Em minhas abordagens apresento constantemente a teoria de aprendizagem por observação e imitação de Albert Bandura. A imitação é entendida como a repetição do comportamento exposto ou observável. Não é por menos que pessoas que possuem menos sensibilidade  ao sofrimento de outros, ao verem filmes aplaudem a euforia e agressividade de um vilão sobre os seus súditos, ou quando a personagem central entra em acção reivindicando o trauma que sofreu. Na rua ou em qualquer outro meio em que estivermos inseridos, observamos crianças, jovens e adultos aplaudirem brigas e observando pessoas sendo assassinadas sem ter que exprimir o mesmo medo que tinham antes de aprenderem a observar atos de assassinatos nos filmes e relatos de guerras e brigas nos noticiários. Isto está mais que provado e cada um de nós directa ou indirectamente é testemunha da manifestação verídica dos resultados das pesquisas realizadas pela APA.

Para finalizar Canela diz que:

 “Para a comissão de Educação Política da Academia Estadunidense de Pedriatria, a correlação entre a violência na mídia e o comportamento agressivo é maior, por exemplo, que a relação entre a quantidade de cálcio e a massa óssea ou a falta do uso de preservativo e a aquisição do vírus HIV[3].



[1] In. Midia e Psicologia: produção de subjectividade e coletividade. 2ª ed./Conselho Federal de Psicologia . – Brasilia. (2009, p.225)

[2]O segundo canal da TPA surgiu em 2000, ao lado da TPA 1 com enfoque para o entretenimento e juventude.

[3] Midia e Psicologia: produção de subjectividade e coletividade. 2ª ed./Conselho Federal de Psicologia . – Brasilia. (2009, p.246)