OS FILHOS DO DIABO
Durante diversas incursões nas cavernas dos desertos, aumentava a expectativa da eliminação do intitulado inimigo do ocidente. Após anos de espera, finalmente os filhos do diabo ficaram frente a frente. Restava somente a estratégia de extermínio da ação complementar, para não se criar um herói. Evitaram o bombardeio para poder atestar a veridicidade da morte, através de exames, o que na verdade até então divulgada, mostra apenas um grau de parentesco com oponente. Contudo, frente ao responsável por muitos atentados e por várias mortes, um ou vários soldados da elite americana, não contiveram a ira e o desejo de vingar tantas vidas e principalmente, de vingar o orgulho ferido do ataque ao coração do pentágono. Numa disputa de vaidades, nutrida talvez pelo interesse de entrar para história, como o homem que matou o filho do diabo, deu-se o fato. Apresentaram para mídia uma história hollywoodiana com a necessidade doentia dos americanos de criar heróis, como o capitão América e a mulher maravilha, que trazem em suas vestes, a bandeira americana, ou a patética ideia de um rambo, que sozinho invade o Vietnã, resgata soldados e vence uma guerra que nem mesmo seu exercito foi capaz de vencer. Alegando não sepultar o corpo para não criar um local de adoração, concederam ao parasita da humanidade, o fim digno lançando-o no mar, depois de um ritual religioso, um belo roteiro. Dizem alguns, que convenientemente, pois dessa forma não precisariam mostrar o corpo para provar. Será que depois de tanta matança, os americanos teriam realmente essa consideração com ele? Afinal, qual americano com o orgulho ferido não gostaria de ostentar como troféu a cabeça de Bin Laden e ser lembrado na história? Mesmo que eles tivessem triufado, alguns americanos também fazem parte da família satânica, matando tanto ou mais que os próprios terrorista, que na verdade, nada são, senão ex aliados treinados pelos próprios americanos. Não existe guerra em nome de Deus e ele não pediu que ninguém matasse em seu nome e os Estados unidos, não são juízes do divino tribunal para imputar sentenças para todos que se opõe aos seus desmandos. Não quero analisar como certo ou errado, apenas me vem à vaga conclusão que não houve vencedores, mas apenas vencidos, tamanho ao despropósito que compõe qualquer guerra. Talvez, quando as escolhas de cada indivíduo forem respeitadas, não haverá mais a necessidade de conflitos entre nações, grupos, classes ou territórios. Apenas não nos incomodando com as escolhas pessoais de cada um e contendo os gestos de intolerância.