Os Excêntricos

Por BESSANI, Dinaldo | 18/01/2014 | Crônicas

Esta concisa crônica refere-se à vida de alguns dos notáveis que o mundo já os reconheceu. Relatará a excêntrica vivência dos humanos que arrebataram o planeta Terra com seu modo de ser. O julgamento sobre essas personalidades ficará a mercê da aptidão intelectual de cada legente.  Realidade ou ficção?

Iniciemos com um escrito épico do Barão de Itararé ao qual acenará filosoficamente para a veracidade da aceitação do Trágico.

Certa jovem preocupada com seu futuro resolve procurar uma cartomante. Logo, esta profetizou: até os 35 anos tu serás infeliz. E depois? Questiona a guria. E a adivinha, responde sabiamente: depois... Tu acostumas.

Numa cidadezinha não muito distante daqui, havia um prefeito que tinha hábito de defecar em todos os lugares da city. Defecava nas reuniões de câmara, nas apresentações, enfim; em todas as suas aparições. Certa vez ele teve uma crise existencial e saiu a fechar todos os buracos das ruas com sua própria merda. Ele ficou conhecido como: “O Grande Cagador”. E não por acaso ganhou evidência no livro dos recordes.

Quando Mary Stanley nasceu, o céu estava escuro e se ouviam muitos trovões. Após uma infância regular, aos 93 anos ela casou-se com um cavalo da raça Quarto de Milha e viveu em harmonia até os 103. Eles dormiam juntos, comiam, bebiam, namoravam. Stanley tinha orgasmos múltiplos com seu garanhão. Confidenciou ao vigário que havia feito sua feliz união; que se soubesse o quão os equinos são interessantes jamais teria se unido por setenta janeiros com Jerry, seu ex-marido homem.

No Brasil, numa região desconhecida pelos geógrafos, um burro fugiu do meio rural; entrou num carro conversível e saiu dirigindo feito gente. Resultado: não respeitou as leis de trânsito em vigor. Ao que parece sua idade é entre dezoito e sessenta e cinco ‘ânus’. Como seu progenitor era um jumento ilustre, não foi penalizado. Agora ele vive no meio urbano. É casado, respeitado e famoso.

Na África do Sul, Cidade do Cabo; um caso raro de espiritualidade ocorreu em uma sessão mediúnica ministrada por charlatões. Um papagaio religioso resolveu dar adeus à moradia que subsistia com o alvará de um padre que adorava jogar truco e alimentar-se em casas alheias. Motivo: não aguentava mais comer hóstias e não poder beber vinhos nobres. Com a fuga do ‘penoso’ muitos segredos foram revelados.

Ao voar pelo resinto de uma casa kardecista e ver um médium iniciante tentando sem êxito se conectar com espíritos de alto nível, resolve dar uma ajuda; sobe no ombro direito e soletra pausadamente: venho de um lar santo. Meus educadores eram um casal gay de párocos. De vez em quando eu ficava na residência de freiras que faziam orgias sexuais com um sacristão que roubava donativos da igreja.

Caro espírito, o que vens aqui fazer? Eu sou um papagaio e vim ver minha namorada que mora ao lado, mas entrei pela fresta errada e notei que todos estavam concentrados, quis desabafar e acabei espremendo fezes no seu braço. Desculpe. Preciso ir irmãos! Rezem por mim e minha papagaia. Fui!  

Sim eximis ledores, esse episódio entrou para guinnes book com o pseudônimo: “nós também sabíamos”.

Na Califórnia (EUA) uma senhora é roubada pelo próprio filho o qual assume uma fortuna de milhões, coloca a mãe num local de cuidados para idosos, paga migalhas para uma enfermeira matá-la. Vai ao enterro, dorme tranquilo e vive no luxo. Eis um dos melhores da sociedade. Foi aclamado pela plebe: “ele é rico! Isso que importa”.

O mexicano Rick Maldonado veio ao mundo com três pênis. Quando adulto, doou dois. Teve prole com um transexual e uma linda relação com a natureza (biólogo). Quem se lembra dele? Foi ajuizado, afinal, se ‘um’ já dá problema; que dirá três.

No Chile há o senhor Lopes. Homem sistemático e correto. Por consideração, aposentou sua vaca leiteira que tanto o enriqueceu. Deu a ela o equivalente a dez mil reais mensais. Fotografada está sempre rindo e babando. Honestamente, esperamos que a vaquinha não coma todo o dinheiro da mesma maneira que certos descendentes fazem com o de seus geradores.

Meses antes de Vivaldi falecer deu a um sapo o violino. Tal anfíbio vivia a tocar clássicos na lagoa, mas era alcoólatra. Ao reencarnar veio como “Humano Demasiado Humano”. Partiu cedo. Geralmente é a alma dele que atormenta quem não se embebeda. Desde então, há séculos ficar próximo a quem utiliza álcool imaturamente exige muita paciência. Nas rodinhas de conversas sempre tem um ‘sapo’. Pena não saber executar; Las cuatro Estaciones - La Primavera - Allegro.

Como tudo que é ruim é necessário que se acabe o mais rápido possível. Em suma, como encaramos a vida? Obviamente alegorias intrigantes como estas são incalculáveis. As redes sociais nos proporcionam momentos de claro disparate que se fundamentam com imagens grotescas de acontecimentos inexplicáveis. É preciso REFLETIR. Nos tempos de hoje é difícil vermos anormalidades. Quem as vê; não deve ser normal. Determinadas pessoas dirão: mas a que ponto chegamos? Acreditamos que não exista ponto algum. Todo fim é apenas mais uma vírgula. Um simples ‘au revoir’.