Os espanhóis na América

Eles chegaram pelo Caribe, mas percorreram a América de norte a sul. Queriam ouro e as demais riquezas, mas levaram também a prata e outros metais e pedras preciosas. Avançaram sobre Incas, Astecas e Maias e destruíram as sociedades que conheciam um jeito diferente de viver. Entretanto isso só foi possível porque aliaram-se com inimigos desses povos mais desenvolvidos.

Vieram de navio, mas avançaram montados em cavalos vistos como deuses. Tinham armas poderosas diante dos arcos, flechas e tacapes. Dominaram Manco e mataram Tupac Amaru para dominar Cuzco. Suas balas ainda podem ser encontradas nas escavações dos antigos redutos dos povos massacrados.

Escravizaram índios para explorar Potosi e outras minas. Encheram navios de minérios e acenderam a cobiça de corsários e piratas. Muitos navios afundaram com tripulação e fortunas incontáveis produzindo lendas de tesouros escondidos e piratas cruéis. O cinema e a criatividade literária agradece.

Cobraram a mita e concederam as encomiendas. Do contato e mistura entre colonizadores e colonizados nasceram os criollos e os mestiços: a maioria filhos de relações forçadas.

Essa relação produziu luta pela independência

Hoje o que resta dos espanhóis na América é a língua castelhana e as memórias dos horrores. Ao lado disso, alguns costumes e marcas nas construções que, junto com as influências portuguesas, ajudaram a formar a América Latina, espalhada pelo continente de norte a sul.

Neri de Paula Carneiro

Mestre em educação, filósofo, teólogo, historiador

Rolim de Moura - RO