UNIVERSIDADE PARAÍSO - UNIFAP

UNIDADE ACADÊMICA DE GRADUAÇÃO

CURSO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO

 

Washington Santiago do nascimento¹ Fabrício Carneiro2

 

 

 

 

 

Os desafios para implementação da telemedicina na região do Cariri.

 

 

 

 

 

Juazeiro do Norte-CE

2020

 

 

            WASHINGTON SANTIAGO DO NASCIMENTO

 

 

 

 

OS DESAFIOS PARA IMPLANTAÇÃO DE TELEMEDICINA NA REGIAO DO CARIRI

 

Artigo apresentado como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Sistemas de Informação, pelo Curso de Sistemas de Informação da Universidade Paraíso - UNIFAP

 

Orientador: Prof. Me.  Fabrício Carneiro da Costa

 

 

 

Juazeiro do norte - CE

2020

 

 

OS DESAFIOS PARA IMPLANTAÇÃO DE TELEMEDICINA NA REGIAO DO CARIRI.

 

Washington Santiago do Nascimento¹

 

Orientador; Fabrício Carneiro.

 

Resumo

 A telemedicina ou telessaúde[1] é mais do que um recurso tecnológico2 para proporcionar a realização de atividades médicas, é a oferta de serviços ligados aos cuidados com a saúde nos casos em que a distância ou o tempo é um fator crítico. No decorrer do século XX as tecnologias de informações e comunicações começaram a ganhar espaço no mundo. O objetivo do trabalho é fornecer soluções estratégicas para implementar a Telemedicina na saúde da região do cariri. O presente trabalho é importante para que os profissionais, pacientes e população de um modo geral conheça a significativa importância da implementação da telemedicina na região do cariri. Para chegar aos objetivos da pesquisa foi realizado uma pesquisa em um banco de dados no Google e após análise dos resultados nas planilhas do excel. A pesquisa mostrou que a maioria das pessoas desconhecia a telemedicina, mas se caso implantada confiariam na mesma e que facilitaria não só a vida dos médicos, mas também as dos pacientes, diminuindo as filas em hospitais.

Palavras-chave: Telessaúde, Tecnológico .

1.         INTRODUÇÃOA telemedicina ou telessaúde é mais do que um recurso tecnológico para proporcionar a realização de atividades médicas, é a oferta de serviços ligados aos cuidados com a saúde nos casos em que a distância ou o tempo é um fator crítico.

________________________

[1]Graduando em Sistemas de Informações, Faculdade Paraíso do Ceará FAPCE, Rua da Conceição, 1.228 – São Miguel, CEP 63010-465 Juazeiro do Norte – CE, E-mail: [email protected]

[1]Mr em  Ciência da Informação, Faculdade Paraíso do Ceará FAPCE, Rua da Conceição, 1.228 – São Miguel, CEP 63010-465– Juazeiro do Norte – CE.

 

No decorrer do século XX as tecnologias de informações e comunicações começaram a ganhar espaço no mundo. Produto da ciência e da engenharia, a tecnologia estar cada vez mais presente nos nossos dias. Na área hospitalar isso não poderia ser diferente, tecnologias são usadas de ponta á ponta, desde ao cadastro de profissionais ou pacientes até uso de banco de dados que viesse abarcar todo o contexto da saúde, fazendo com que as redes de saúde pudessem se interligar.

Ainda desconhecidas por algumas unidades de saúde, a Telemedicina vem tendo dificuldades para sua implantação. Muitos gestores por desconhecer as vantagens não investem ou apresentam obstáculos para tal. É de suma importância que a gente possa apresentar essa nova tecnologia que pode vir a ser a resolução dos problemas de comunicação profissional na assistência a saúde. Economizaria tempo, a organização seria mais eficaz e segura e as unidades poderão usufruir dos benefícios prestando uma assistência multiprofissional e agradando o cliente na sua recuperação mais rápida. 

Segundo define o Conselho Federal de Medicina na Resolução CFM nº 1.643/2002 diz:

 

“essa especialidade representa o exercício da medicina através da utilização de metodologias interativas de comunicação audiovisual e de dados, com o objetivo de assistência, educação e pesquisa em saúde”.

 

Nos últimos anos as tecnologias computacionais interativas e móveis e as telecomunicações evoluíram de forma muito rápida, e durante algumas décadas os médicos já tem utilizado recursos de telecomunicação como o telefone e o antigo fax, para ajudarem seus pacientes, e com o acelerado avanço tecnológico surgiram novas soluções que facilitam a troca de informações entre as pessoas.

O presente trabalho trata de um artigo baseado em uma pesquisa sobre os desafios enfrentados pela Telemedicina na região do Cariri. A falta de conhecimento e acesso ainda é muito precária dificultando o uso da mesma. Sendo assim, se faz necessário o estudo sobre a tecnologia para a sua implementação na saúde da nossa região.

 

 

2.         OBJETIVO

O objetivo do trabalho é fornecer soluções estratégicas para implementar ao uso da telemedicina na saúde da região do cariri. Contudo, é estudar as dificuldades de acessibilidade a telemedicina pela população da região do cariri. Pretende-se também analisar o conhecimento da população para a utilização da mesma e informar as pessoas dos benefícios e utilidades da telemedicina.

 

3.         METODOLOGIA

Estudo exploratório, quantitativo e qualitativo que visa identificar as dificuldades para implementação da telemedicina na região do cariri. Para busca de dados foi utilizado um banco de dados no Google com perguntas objetivas sobre o tema, logo após, foram utilizadas planilhas no Excel para análise dos resultados. A pesquisa foi realizada no decorrer do mês de agosto de 2020.

O estudo exploratório quantitativo e qualitativo constitui um trabalho que busca uma informação sobre um determinado tema através de dados numéricos e análises bibliográficas.

A pesquisa foi realizada com um universo de 21 pessoas constituídas por profissionais e pacientes do Hospital Regional do Cariri e do Hospital Maternidade São Vicente de Paulo.  Após ser feita uma entrevista com perguntas objetivas, os dados foram colocados em planilhas para análise dos resultados. A pesquisa foi bem aceita pelo público elencado obtendo resultados favoráveis para o alcance dos objetivos.

 

4.         REFERENCIAL TEÓRICO   

 

A telemedicina é uma área de pesquisa abrangente, que envolvem sistemas voltados ao diagnóstico, ensino, atendimento do paciente, tratamento e também, à intervenção cirúrgica utilizando-se de tecnologias de comunicação que permitam unir dois ou mais participantes fisicamente distantes.

A falta de conhecimento da população faz com que cresça o medo de que a telemedicina se torne uma norma e que todos os serviços médicos passem a ser prestados à distância, sem qualquer contato direto com o paciente. Porém a ideia da implementação da telemedicina não é substituir e sim complementar o atendimento médico, e ajudá-la a superar os empecilhos criados pela distância física entre o médico e o paciente.

Existem diversas vantagens com a adoção da Telemedicina. Uma delas é a possibilidade de diminuir distâncias. Para os pacientes, essa tecnologia permite que eles tenham acesso à medicina de qualidade e também a profissionais referência, mesmo estando longe dos centros urbanos.

Para a saúde, há uma descentralização da assistência, reduzindo a busca por especialistas e hospitais logo na procura de atendimento. Com a telemedicina, é possível levar os cuidados dos especialistas a mais localidades e com custos reduzidos ou até mesmo sem custos. Para os médicos e outros profissionais de saúde, há a chance de participar de programas e atividades educacionais de qualquer lugar do país, e também oferta a possibilidade de médicos  terem o apoio de outros colegas de profissão na hora de tomar decisões.

A telemedicina oferta a redução dos custos e do tempo pela desnecessidade de transportar os pacientes, pois a mesma oferece assistência medica independentemente da localidade. Seja no Cariri ou em qualquer lugar, a telemedicina é uma área que tem rompido barreiras, eliminando distâncias geográficas e conectando especialistas a outros profissionais de saúde, administradores de unidades de saúde e pacientes.

               Uma das maiores dificuldades para a implementação da telemedicina na região metropolitana do Cariri é a falta de conhecimento e acessibilidade a dispositivos com internet, pois muitas pessoas afirmam não saber usa-los, sendo assim, não saberiam usufruir dos recursos ofertados pela telemedicina.

           Não é possível simplesmente importar a telemedicina e implementar em uma região, todas as ações da telemedicina necessitam de adequação, treinamento da equipe, de recursos humanos e uma de estratégia de logística de acesso a serviços de saúde ofertados. Sua aplicação e efetiva implantação devem acontecer com uma qualificação criteriosa dos diversos fatores que podem agregar valor a uma determinada atividade. Pelo fato de a telemedicina envolver recursos tecnológicos, ela possui custos de implantação e custos de manutenção. Sendo assim, seu uso deverá estar em sincronia com os benefícios que traz, de forma que possa ser sustentada a partir da economia financeira proporcionada, resultante do aperfeiçoamento de processos.

 

7.         CONSIDERAÇÕES FINAIS

 

Em época de pandemia aumenta consideravelmente a necessidade de implantar o uso da telemedicina em todo o sistema de saúde .Conforme a portaria em questão foi assinada pelo Ministro de Estado da Saúde, Luiz Henrique Mandetta que, no usos de suas atribuições1, definiu seu caráter,  abrangência e objetivos:

"Art. 1º Esta Portaria dispõe, em caráter excepcional e temporário, sobre as ações de Telemedicina, com o objetivo de regulamentar e operacionalizar as medidas de enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional previstas no art. 3º da Lei nº 13.979, de 6 de fevereiro de 2020, decorrente da epidemia de coronavírus (COVID-19)." [grifo nosso]

 

Para a implementação da telemedicina na região do cariri é necessário que primeiramente as instituições e os profissionais obtenham conhecimento acerca das vantagens e os caminhos para superar os desafios. Utilizou-se como o público alvo para a pesquisa os profissionais e também os pacientes do hospital regional do cariri e hospital maternidade São Vicente de Paulo.

Feita a aplicação de um questionário onde foram coletadas respostas a respeito do público alvo e de seus conhecimentos sobre a telemedicina, obteve-se os seguintes resultados:

 

 

 

Gráfico 1 - Idade

 

            Analisando os resultados, nota-se que o público mais abrangente tem de 18 a 29 anos totalizando 67% dos entrevistados, 38% com idade de 18 a 23 anos e 29% de 24 a 29 anos.

Gráfico 2 – Gênero

 

            Em relação ao gênero, o público analisado na sua maioria é do sexo masculino totalizando 62% de todos os entrevistados.

Gráfico 3 – Naturalidade

 

            O público com maior percentual em relação ao total analisado reside na cidade de Barbalha com 48%. Um total de 33% dos entrevistados residia em outras cidades fora do triangulo Crajubar e os outro 20% eram de Crato e Juazeiro do Norte.

Gráfico 4 – Nível de Escolaridade

 

            O nível de escolaridades dos entrevistados apresenta 38% do total entrevistado com ensino superior incompleto enquanto que 29% já tem o ensino superior concluído. Neste caso inclui-se os profissionais que também foram entrevistados.

Gráfico 5 – Conhecimento sobre a Telemedicina

 

Analisando agora os conhecimentos dos entrevistados sobre a telemedicina, 76% disseram que conheciam a telemedicina, enquanto que 24% não tinha conhecimento algum sobre a mesma. 

Gráfico 6 – Acesso a dispositivos com acesso a internet

 

            Absolutamente todos os entrevistados possuem algum dispositivo com acesso a internet.

Gráfico 7 – Hipótese de usar a telemedicina

 

            Foi feita a seguinte pergunta: “Caso você precisasse de um laudo médico com urgência você utilizaria a telemedicina?”. 52% disseram que sim que utilizariam a telemedicina, 33% disseram que talvez e 14% que não utilizaria.

Gráfico 8 – Em relação ao atendimento médico

 

            Em relação ao atendimento médico foi questionado se com a telemedicina facilitaria os atendimentos médicos, 71% disseram que sim e 29% disseram que talvez, ninguém respondeu “Não”.

Gráfico 9 – Escala de confiança

 

            Foi feita uma escala de 1 a 5 onde 1 o entrevistado não confiava plenamente na telemedicina e 5 confiava plenamente. 45% dos entrevistados marcaram 3 ou seja, não existe uma confiança na telemedicina, e 36% responderam com 4, ou seja, não existe uma confiança total.

 

 

 

 

 

 

 

Gráfico 10 – Em relação aos problemas enfrentados pelos pacientes

 

            Foram listados problemas comumente enfrentados por pacientes e pediu-se que os mesmos escolhessem aqueles que aconteciam com frequência. 18,8% disseram que a demora nos resultados dos exames é um problema, 12,5% que é a dificuldade de locomoção, 21,9% que é a falta de posto de atendimento, 17,2% a falta de profissionais especializados e 29,7% que o problema mais comum  são as filas de espera.

 

Com todos o referencial teórico apresentado a respeito da telemedicina, e os resultados da pesquisa exploratória para apresentar as características dos pacientes e o nível de conhecimento e de aceitação da telemedicina na região, é possível notar que o artigo desenvolvido envolto a esta  a pesquisa é de suma importância para que haja um engajamento da sociedade médica e profissionais da saúde a fim de analisarem a possibilidade da sua implementação na região.

É notório que a mesma, ainda que retraída, traz soluções para muitos dos problemas que os pacientes enfrentam todos os dias nos hospitais e instituições de saúde.

Analisando os resultados, o que se mostra dificultar a implementação da tecnologia é a falta de conhecimento técnico e de funcionalidade. Por mais que ainda tenha uma baixa aceitação entre os pacientes e profissionais, é necessário que exista um trabalho e incentivo de setor público e privado para uma educação da população em geral a respeito da telemedicina.

Como todo o universo entrevistado tinha acesso a algum tipo de dispositivo com acesso à internet então a acessibilidade aos benefícios que a telemedicina pode proporcionar aos pacientes, não é um desafio enfrentado pela telemedicina.

A tecnologia pode ainda ter seus desafios e problemas a serem enfrentados para sua implementação na região, mas os benefícios e soluções que ela pode proporcionar a sociedade são imprescindíveis. Dessa forma, nota-se que com os resultados e analises dessa pesquisa, possa ser o ponto de partida para ainda mais pesquisas e aprofundamentos no assunto até a sua implementação na saúde regional.

 

 

 

REFERÊNCIAS

 

FRANCA, G. V. Telemedicina: Abordagem Ético-Legal. Conselho Federal de Medicina (CFM). Disponível em: http://portal.cfm.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=20383:&catid=46 Acesso em: 14 Out. 2020.

SANTOS, C. A. S.; NETO, A. R. N. Uma abordagem para anotações em vídeos digitais com aplicações em Telemedicina. Researchgate. Disponível em:  http://www.lbd.dcc.ufmg.br/colecoes/sbqs/2004/046.pdf.  Acesso em: 14 Out. 2020.

SAVARIS, A.; MACEDO, D. D. J.; ANDRADE, R.; WANGENHEIM, A. V. O uso da Telemedicina assistencial assíncrona em larga escala no setor publico de saúde. Researchgate. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/228437024_O_Uso_da_Telemedicina_Assistencial_Assincrona_em_Larga_Escala_no_Setor_Publico_de_Saude. Acesso em: 14 Out. 2020.

TRINDADE, M. A. B. As tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) no Desenvolvimento de Profissionais do Sistema Único de Saúde (SUS). Instituto de Saúde – SP. Disponível em: http://www.saude.sp.gov.br/resources/instituto-de-saude/homepage/temas-saude-coletiva/pdfs/tema_sc12.pdf. Acesso em: 14 Out. 2020.

WEN, C. L. Telemedicina e Telessaúde: Inovação e Sustentabilidade. GoldBook. Disponível em: http://www.telessaude.uerj.br/resource/goldbook/pdf/5.pdf .  Acesso em: 14 Out. 2020.

WEN, C. L. Telemedicina e Telessaúde – Um panorama no Brasil. Informática Publica. Disponível em: http://www.ip.pbh.gov.br/ANO10_N2_PDF/telemedicina_telesaude.pdf. Acesso em: 14 Out. 2020.

A implementação da telemedicina no Brasil e seu caráter social. Disponível em: https://migalhas.uol.com.br/depeso/324157/a-implementacao-da-telemedicina-no-brasil-e-seu-carater-social . Acesso em : 14 Out. 2020

TELEMEDICINA: O QUE É, COMO FUNCIONA E QUAIS SÃO OS BENEFÍCIOS. Disponível em:  https://telemedicinamorsch.com.br/blog/telemedicina. Acesso em : 14 Out. 2020