Os Desafios na Internacionalização das  Empresas Moçambicanas

 

Bernardo Alfeu Uachisso[1]

[email protected]

861720871

Moçambique 2021

Resumo

A internacionalização é o processo de operacionalização das actividade de uma empresa no contexto do país de origem para o contexto externo. O estudo visa fazer uma reflexão relativo a internacionalização do empresariado moçambicano. A viabilização tornou possível por meio de métodos Documental, bibliográfico, estatístico que também serviu de método de análise. Foram apresentadas cinco principais teorias que ajudaram na análise, destas três expressam a realidade em se encontra o pais de internacionalização, a de custos de transações e de vantagens competitivas. Dos factores motivacionais de internacionalização são expostos factores como a procura de mercado, procura de eficiência e procura de recursos. Os obstáculos da internacionalização são apresentados em duas perspectivas sendo uma de Barreiras Endógenas que se sob escreve nos factores de acesso à informação, custo de transações no país, obtenção de financiamento, barreira alfandegária, economias de escala e conhecimento técnico e outra perspectiva das Barreiras Exógenas que se caracteriza pela existência de barreiras culturais, protecionismo, barreiras técnicas, legislação limitadora, cotas de importação e embargos, câmbio, instabilidade económica, acordos comerciais, canais de distribuição, concorrência, preço e o nível tecnológico empresas moçambicanas pouco estão ao alcance das condições. Moçambique raras são empresas internacionais, pois, enfrentam dificuldades de pagamentos de taxas fixas decretadas pelo estado, evidencia de que o estado moçambicano cobra taxas de legalização e fixas provavelmente excessivas que agravando a impossibilidade de internacionalização do empresário. A terra em Moçambique é propriedade de Estado, portanto, só concede direitos de uso e aproveitamento que se estende até 50 anos. Quando esta poderia ser de cedência única e exclusiva da propriedade individual e não do estado para permitir que as iniciativas individuais visionários privadas sejam implementadas com inteira segurança. A internacionalização traz consigo um impacto que pode ser de certa forma positiva ou negativa dependendo do caso e realidade de cada local.

Palavras-chave: motivações; barreiras; internacionalização.

 

Summary

Internationalization is the process of operationalizing a company's activities from the country of origin to the external context. The study aims to reflect on the internationalization of Mozambican business. The feasibility was made possible by means of Documental, bibliographic, statistical and which also served as an analysis method. Five main theories that helped in the analysis were presented, of which three express the reality in the country of internationalization, that of transaction costs and competitive advantages. Among the motivational factors for internationalization, factors such as market demand, search for efficiency and demand for resources are exposed. The obstacles to internationalization are presented in two perspectives, one of Endogenous Barriers which is written in the factors of access to information, cost of transactions in the country, obtaining financing, customs barrier, economies of scale and technical knowledge and another perspective of Exogenous Barriers which is characterized by the existence of cultural barriers, protectionism, technical barriers, limiting legislation, import quotas and embargoes, exchange rates, economic instability, trade agreements, distribution channels, competition, price and the technological level Mozambican companies are barely within reach of the conditions. There are few international companies in Mozambique, as they face difficulties in paying fixed fees decreed by the state, evidence that the Mozambican state charges probably excessive fixed and legalization fees, which aggravates the impossibility of internationalization for the entrepreneur. Land in Mozambique is owned by the State, therefore, it only grants use and benefit rights that extend up to 50 years. When this could be the sole and exclusive transfer of individual property rather than the state to allow individual private visionary initiatives to be implemented with complete safety. Internationalization brings with it an impact that can be somewhat positive or negative depending on the case and reality of each location.

Keywords: motivations; barriers; Internationalization; companies.

 

Introdução

Nos últimos vinte ou trinta anos, houve importantes transformações em escala mundial. Essas transformações globais têm abrangido as esferas económicas, política, jurídica, institucional, social, cultural, ambiental, geográfica, demográfica, militar e geopolíticaA internacionalização significa processo de actuação em diferentes nações conduzindo movimentos de factores de produção como transferências de capital, desenvolvimento de projectos em cooperação com parceiros estrangeiros ou simplesmente comercialização dos produtos ou prestação de serviços noutros países. A internacionalização de uma empresa é fundamento, uma vez que evidencia o desenvolvimento alcançado no astro empresarial. O pretensioso a propósito do tema deveu-se ao facto da existência em vários países, cada vez mais preocupações com a internacionalização das empresas.

O métodos Documental, bibliográfico, estatístico que também serviu de método de análise permitiram a produção deste artigo. Neste são apresentadas cinco principais teorias que ajudaram na análise da internacionalização, destas três expressam a realidade, a de custos de transações e de familiarizam o pais.

 Dos factores motivacionais de internacionalização são expostos factores como a procura de mercado, procura de eficiência e procura de recursos como fundamentais na saída de empresas de um pais para o de exterior

 Os obstáculos da internacionalização são apresentados em duas perspectivas sendo uma de Barreiras Endógenas que se sob escreve nos factores de acesso à informação, custo de transações no país, obtenção de financiamento, barreira alfandegária, economias de escala e conhecimento técnico e outra perspectiva das Barreiras Exógenas que se caracteriza pela existência de barreiras culturais, protecionismo, barreiras técnicas, legislação limitadora, cotas de importação e embargos, câmbio, instabilidade económica, acordos comerciais, canais de distribuição, concorrência, preço e o nível tecnológico empresas moçambicanas pouco estão ao alcance das condições. Moçambique raras são empresas internacionais, pois, enfrenta dificuldades desde ao sistema de transacoes de terras.

 

Internacionalização 

A internacionalização significa processo de actuação em diferentes nações conduzindo movimentos de factores de produção como transferências de capital, desenvolvimento de projectos em cooperação com parceiros estrangeiros ou simplesmente comercialização dos produtos ou prestação de serviços noutros países.  Conforme Caetano e Paivo (2016) citando Dal-Soto, (2006), “internacionalização é entendido como sendo um processo crescente e continuado de envolvimento das operações de uma empresa em países fora de sua base de origem”. A acção conducente a internacionalização acontece de forma gradual e de longo prazo, devido às incertezas sobre o novo mercado. A empresa passa a desenvolver um envolvimento crescente de suas actividades fora do seu país. Ainda na perpectiva Dal-Soto (2006), como se pode notar  Martins (2013)  no seu argumento citando Freire (1997), afirma que a internacionalização é um processo através do qual a organização começa a desenvolver operações para além da delimitação geográfica do seu mercado de origem.

O ponto de vista dos articulistas anteriomente desvendados, a internacionalização tem seu escopo que é  desaguar em um pais forasteiro, onde anseia concretizar os seus devaneios em várias vertentes podendo ser por intento ao acesso a recursos naturais, comercialização, acesso a novos mercados, ganhos de eficiência, desejo de fazer negócio em outras jurisdições, a vontde de domínio territorial, entre outros aspectos merecentes ao desejo visionario do empresarial. O desejo alia-se a concretização dos procedimentos ligados a uma estratégia de produtos, mercados e integração vertical para outros países, que resulta numa réplica total ou parcial da cadeia operacional.

 

 Metodologias 

Consoante Sílvia e Menezes (2001), Metodologia tem como cátedra despontar como trafegar no caminho das pedras da pesquisa, ajudar a reflectir, impulsionar um olhar moderno sobre o mundo, uma visão curioso, indangador e criador. A Metodologia é, por conseguinte, o estudo da mais perfeita forma estrategica de abordar determinados problemas. Ela não procura soluções, mas aponta as formas de encontrá-las, integrando os conhecimentos a respeito dos modos em vigor nas diferentes disciplinas científicas ou filosóficas. O mais específico integrante da metodologia é o método, considerada uma forma ordenada de proceder ao longo de um caminho, isto é, leva a se afirmar que método é o conjunto de processos ou fases empregados na investigação, com vista a busca do conhecimento.

A efectivação desta abordagem foi possível através do método de pesquisa exploratória do ponto de vista dos objectivos e que segundo (Gil, 1991) citado por Sílvia e Menezes (2001), este visa proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo explícito ou construir hipóteses. Assume, em geral, as formas de Pesquisas Bibliográficas na medida em que quando elaborada a partir de material já publicado, constituído principalmente de livros, artigos periódicos e actualmente com material disponibilizado na Internet. que serve de consulta e associa-se ao estudo de caso no comedimento em que  abarca um estudo profundo e exaustivo de um ou poucos objectos de forma que se permita o seu amplo e detalhado conhecimento.

Desta forma no que constituiu a abordagem do conteúdo na óptica de permitir uma melhor percepção considerou-se o método dedutivo que segundo kumar et. al. (2007) é o método que parte de teorias e leis mais gerais para a ocorrência de fenómenos particulares. Sendo que estes propósitos metodológicos tenham permitido que fossem trazida a faces os elementos essenciais para a usança dos leitores.

Quadro: Resumo metodológica, descrição e classificação

METODO PESQUISA

DESCRICAO

Classificacao

Documental

Baseada em documentos

Quanto aos meiso

Bibliográfica

Material já publicado, livros, jornais, revistas

Quanto aos meios

 Quantitativa

Preocupa-se com a quantificação dos dados coletados, utiliza-se técnicas estatísticas para a medição dos dados.

Quanto a natureza

Intervencionalista

Visa não apenas explicar, mas tambem interferir na realiadade estudada para modificar-lo

Quanto aos fins

Estatistico

Analise dos dados de pesquisa

Quanto analise

Fonte: adaptado pelo autor

 

 Referencial teórico

Na perspectiva económica, a internacionalização resulta de uma análise racional dos custos de transporte, taxas, custos de transação, salários e mão-de-obra. Por este princípio a decisão de entrar num mercado depende do tamanho do mercado, da credibilidade e da acessibilidade consoante Anderson (2004) citado por Martins(2013). Deste modo, para melhor analise e entendimento, são apresentadas as teorias económicas que se enquadram na miragem do tema nomeadamente: Teoria da internacionalização, Teoria dos Custos de Transação, Paradigma Eclético ou OLI e a Teoria da Vantagem Competitiva.

Ao dar inicio da abordagem teorica, desta-se, a teoria de internacionalização, elaborada e criada por Buckley e Casson, em 1976, e baseia-se num modelo iniciado por Hymer. Para Bucley e Strange (2011), a base desta teoria assenta-se na “imperfeição dos mercados”, quando as organizações realizam internamente as operações que o mercado não consegue realizar ou realiza de forma menos eficiente. As organizações internacionalizam-se passando de um processo de exportação para outras formas mais complexas, assegurando que os recursos, e os conhecimentos compartilhados no exterior, sejam da propriedade exclusiva da organização (Bucley e Strange, 2011).

Em seguida  descreve-se aTeoria de Custos de Transacção (TCT), que é de analise dos problemas económicos resultantes de relações contratuais entre as organizações e os mercados, tendo em conta o custo do estabelecimento de relações ou estruturas de governação e decisões(Watjatrakul, 2005). Esta teoria refere que as transacções são compostas por três dimensões chave concretamente a especificidade dos activos, a incerteza e a frequência.

O processo de construção de custos das relações pelos países e organizações consiste na limitação ou alargamento dos negócios entre os estados e são encarados como reguladores da economia num determinado estado uma vez que, limitam ou largam a escala empresarial. Apesar de ter sido um dos precursores das ideias do que se pode chamar da Nova Economia Institucional, foi a partir dos trabalhos de Oliver E. Williamson que a economia dos custos de transacção tomou corpo e é com ele que na presente teoria dos custos de transacção possui maior identificação.

Proseguindo apresenta-se a teoria de Paradigma Eclético, ou Teoria de OLI, esta determina que o tamanho, forma e padrão de produção internacional sejam determinada por vantagens. Estas devem compensar os custos de instalação no exterior, investimento direito de valor agregado, quando comparados com aqueles encarados pelos produtores ou potenciais produtores locais (Dunning, 2000). Podem ser três, os benefícios: 1- Vantagens específicas de propriedade (marca, know-how, tecnologia, mão de obra e capital, acesso a diferentes mercados), 2 – Vantagem de Localização em Países e regiões alternativas (mão de obra mais barata ou especializada, matérias-primas de baixo custo, legislação e infra-estruturas) e 3- Vantagens de internacionalização (decisão de realizar as suas operações interna ou externamente, opção intimamente relacionada com os custos de transacção).

Ainda em peniultimo lugar a teoria de vantagem competitiva de uma organização que consiste num conjunto de acções que visam criar uma posição sustentável no mercado, enfrentar as forças competitivas e obter retorno sobre o capital investido (Porter, 1998). Estas acções passam por três estratégias genéricas: a estratégia de liderança de custos, diferenciação e foco. A estratégia de liderança de custos, passa por uma produção ou prestação de serviço a um custo mais baixo em relação aos concorrentes o que pode fazer a empresa levar vantagens, a de diferenciação, parte do pressuposto de que uma organização produzir um produto ou serviço considerado único pelos clientes, ou seja, um produto cujas características o distinguem dos demais oferecidos pela concorrência e a estratégia baseada no foco, prevê a selecção e focalização, por parte da organização, num determinado segmento ou grupo de segmentos de tipos de clientes.

Por fim desta-se a teoria das Redes Industriais foi desenvolvida por diversos autores, nomeadamente Jan Johanson e Gunnar Mattsson (1988). Descreve os mercados industriais como redes de relacionamento entre empresas. Segundo a Teoria das Redes, as empresas nos mercados industriais estabelecem, desenvolvem e mantêm relações negociais duradouras com outras empresas. A vantagem competitiva de uma empresa é medida pelos seus recursos ou pela sua capacidade de mobilizar e coordenar recursos de outros (fornecedores, clientes e concorrentes), isto é, a posição de uma empresa na rede é que determina as suas oportunidades e constrangimentos bem como as suas estratégias.

Desta forma duas teorias são de contenção maior ao estudo, nomeadamente a  teoria de internacionalização  que traz abordagem da imperfeição interna de satisfação do mercado, produção ineficiente  por um lado, e por outro lado,  saturação dos mercados permite com que se passe para os mercados internacionais, podendo perpetrar o princípio de controlo das transações e do excedente existente e de gestão do conhecimento de modo que este seja de carácter privativo da entidade no processo de internacionalização. Em segundo lugar a teoria de Vantagens competitivas por abordar três aspectos fundamentais como se cita a estratégia de liderança de custos, diferenciação e foco.

 

 Ensejos da internacionalização 

A internacionalização envolve, pelo menos, duas fase, uma que é da detecção de uma oportunidade no estrangeiro, que se pode materializar numa decisão de localização e outra que é da selecção entre modos alternativos de atuação para explorar essa oportunidade. De alguma forma o modo de explorar a oportunidade depende do tipo de oportunidade em mote. Consoante Fereira et. al., (2011) citando Dunning (1977, 1993, 2001), distingue-se quatro tipos de motivações para internacionalização, conforme nos termos:

Procura de mercado – as empresas investem para capturar mercado consumidores, o cliente é procurado pelos empresário ou para qualquer tipo de negócio e hoje em dia deve ser de acordo com as suas preferencias, hábitos e facilitações.

Procura de eficiência – a empresa realiza Investimentos Direitos Estrangeiros consegue beneficiar de forma diferente entre países quanto ao custo ou disponibilidade dos factores de produção, consegue beneficiar consumidores em economia de escala e diferenças nos gostos dos consumidores. Hoje em dia o cliente pauta mais pela qualidade, o que significa que não basta produzir é necessário ter em conta a qualidade do que está a produzir porque isso pode fazer a diferença.

Procura de recursos – a empresa procura aceder a recursos que não estão disponíveis no seu mercado doméstico. O objectivo tradicional nestes casos é localizar pelo menos parte da cadeia de valor no estrangeiro como forma de beneficiar de custos mais baixos dos factores de produção. Existem países que não são provedor de recursos e existe países que possuem muitos recursos mas não tem a capacidade técnica e nem recursos humano qualificados para o efeito nesse contexto os países qualificados sem recursos recorrem nesses países, passando a ser um processo reciproco.

 

Barreiras 

Entende-se por barreiras tudo aquilo que possa desestimular, dificultar ou até mesmo impossibilitar o processo de atuação nos mercados externos. A internacionalização das empresas é influenciado por barreiras endógenas e exógenas. As Barreiras endógenas são aquelas relacionadas a factores internos da organização e do paísAs barreiras internas envolvem a capacidade e recursos para atuar no mercado externo, bem como sua infraestrutura, e também aquelas que são encontradas no ambiente competitivo nacional. Com isso, apresenta-se as principais barreiras percebidas que podem inibir ou dificultar a internacionalização:

Acesso à informação – falta de conhecimento das especificidades referentes ao mercado em potencial, cliente, à legislação do país escolhido bem como os canais de distribuição. A divulgacao de informacao não tem sido de forma eficaz e muito menos eficiente. O caso de mocambique tem muita legislacao mas que este não chega aos usuarios e se chega muito tarde quase em momentos de caducidade.

Custo do País - dificuldade apontada para Melsohn (2006), refere-se aos custos dos transportes terrestres, portos, comunicação, ou seja, questões relacionadas à infra-estrutura logística que são insuficientes, e dependem do investimento público. Para Toe e Zilli (2012) defende investimento público contribui bastante como um dos principais factores que afectar o processo de inserção no mercado internacional. Moçambique, ainda é um pais em que o transporte ainda é um grande problema só para passageiro e para carga torna-se mais difícil, não existe uma tabela de pagamento de carga ao levar num carro depende da vontade do dono de carro para dizer que esta carga deve custar tanto o seu transporte e sem até olhar para a qualidade desse transporte. A crise que por vezes assola o mundo, região ou mesmo contribui de forma galopante, o custo de combustível, condições da via que tornam inflexível a circulação, no transporte se observado que o proprietário quer ganhar muito de uma e única vez valendo se da falta de definição do custo do peso de um produto.

Obtenção de financiamento/investimento governamental - apesar de existirem programas para financiamento e captação das empresas, para Curado (2011) aponta que este apoio ainda é concentrado nas grandes empresas. Algum financiamento é concedido com excesso de limitações, o que pode merecer um intento politico.

Gestão Organizacional – para Marques e Merlo (2007), apontam que uma das principais barreiras a internacionalização das empresas tem origem organizacional, atreladas, sobretudo, a visão e capacidades de recursos das empresas para atuarem no mercado externo. Considerando a falta de preparação, de capacidade produtiva, de know how da empresa, ou ainda de conhecimento sobre o mercado em que se pretende atuar.

Barreira Alfandegária -. Tendo em vista que, principalmente ao fim do processo de internacionalização as empresas se deparam com o excesso de burocracia alfandegária e elevada carga tributária, mais precisamente na chegada da mercadoria ao porto. O custo de importação é demasiado para poder entrar num determinado pais para além da burocracia que pode ser sujeito o empresário.

Economias de escala – as empresas apresentam dificuldade em conseguir obter ganhos de economias de escala, pela baixa produção, o que torna os custos de produção mais elevados com relação aos concorrentes externos.

Conhecimento técnico e mão-de-obra – falta de conhecimento técnico e falta de mão-de-obra especializada, uma barreira apontada nas fases iniciais do processo de internacionalização.

 

 Barreiras exógenas 

As barreiras comerciais externas são aquelas encontradas na entrada nos países de destino, e normalmente são de natureza cultural, política e econômica. Estas são geradas em muitos casos para proteger a indústria local, são simples, porém, geram grande impacto no processo de internacionalização das empresas. Algumas das principais barreiras exogenas  encontram-se:

Barreira Cultural - dificuldade de lidar com as diferenças culturais de seus mercados alvos, sejam elas de linguagem, costumes e até mesmo de negociação. Os varios pesquisas apontam que devido a estes fatores se torna difícil estabelecer relacionamentos comerciais com os compradores e importadores.

Protecionismo - consoante Lacerda (2010), as barreiras protecionistas são impostas principalmente em momentos de crise o que pode atrapalhar esse processo de integração regional.

Barreira técnica - são aquelas que derivam da utilização de normas e regulamentos técnicos que não são derivadas em normas internacionalmente aceitas. Como regulamentações sanitárias, padrões de qualidade, segurança, também aquelas relacionadas à embalagem, registro de marca e outros.

Barreira mercadológica - são aquelas encontradas em momentos que se tem um alto grau de maturidade do mercado, o que impossibilita a identificação de oportunidades,

Temática em Gestão, Internacionalização e Desenvolvimento - a presença de fortes competidores, problemas relacionados a adaptação do produto no mercado também estão presentes neste caso.

Parcerias - para Curado (2011), dificuldades de se encontrar parceiros de forma que seja possível criar elos, ou seja, uma fraca rede de relacionamentos para realizar alianças estratégicas para o desenvolvimento conjunto de novas tecnologias, pesquisas, produtos e serviços.

Legislação – segundo Marques e Merlo (2007), também citam as restrições legais como uma barreira, principalmente se a empresa desconhece a legislação (código civil e comercial), pois estas se diferem significativamente de um país para outro.

Cotas de importação – Consoante  Dias (2003), são aquelas barreiras que restringem a quantidade, tamanho da embalagem ou valor das importações de determinada mercadoria.

Embargos – Segundo Helsen e Kotabe (2000), os embargos restringem totalmente o comércio entre países por razões essencialmente políticas.

Câmbio – o risco de alterações cambiais e as dificuldades de buscar mecanismos de proteção cambial podem ser uma barreira ao processo de internacionalização. Além disso, para superar as barreiras tarifárias e cambiais, é necessário, segundo Lacerda (2010), que as empresas tenham suas receitas em moeda forte, o que faria com que elas tivessem que estabelecer filiais exogenas.

Instabilidade econômica – seguindo a mesma linha do fator “câmbio”, é importante considerar qual o grau de estabilidade econômica e a confiança que se tem no país de destino.

Barreiras sanitárias e fitossanitárias - em casos principalmente onde existe a presença de epidemias, que afetam sobretudo a exportação de alimentos, devido ao estado de quarentena.

Acordos Comerciais – ausência de acordos comerciais entre países que facilitem o processo de internacionalização.

Canais de distribuição – dificuldade de acesso a canais de distribuição confiáveis no mercado internacional.

Concorrência Local e Preço – pelo fato do produto ser produzido fora do país onde será comercializado, isso pode implicar em aumento do preço do produto, não só pelo fator produção, mas, sobretudo, pelo fator logístico de deslocamento do produto até seu destino final, o que pode fazer com que o preço seja mais elevado.

Nível tecnológico – essa barreira tem mais impacto em casos de exportação para países desenvolvidos, podendo variar em sua intensidade de acordo com o grau de industrialização do país ao qual se vai exportar.

Leis antidumping concorrência desleal. É uma técnica de regulação para restrição.

Cenário econômico mundial instável – crises globais podem impactar tanto na economia do país, tanto importador, quanto o exportador, como também em um câmbio desfavorável. Este cenário econômico faz com que a empresa tenha ainda mais riscos comerciais, ainda mais se ela for de pequeno porte, e esse fator acaba inibindo o processo. Este fator tem um grande impacto no que respeita à concessão de crédito para as exportações.

Barreiras Logísticas – decorrentes da “falta de infraestruturas rodoviárias, fraca qualidade de inputs locais, impossibilidade da realização de outsourcing, carência de estruturas para o óptimo fluxo de informação electrónica e excesso de burocracia documental  (Henriques, 2010).

Fornecedores – dificuldade em encontrar fornecedores que atendam as necessidades da empresa, o que gera falta de confiança em suas entregas por parte dos transportadores locais; incerteza sobre a qualidade e tempo dos níveis de serviço de fornecimento, além da impossibilidade de opções de escolha dos termos de serviços. (Henriques, 2010).

Sanções – Segundo Helsen e Kotabe (2000), as sanções são mais definidas do que as restrições comerciais. Em muitos casos é uma retaliação por motivos político.

 

Empresas moçambicanas e a internacionalização 

A internacionalização das empresa deve ser pensada e planejada para que sejam minimizadas os ímpetos de entrada a uma nova realidade cultural, política e social. O procedimento que consente a entrada de uma empresa no outro pais apresenta várias possibilidades de performance das organizações, todavia, algumas precisam serem analisadas com cuidado, entre as quais temos as decisões que levam a organização a introduzir-se num determinado pais e a respectiva estratégia de entrada. Em caso das empresas moçambicanas, a Associação das confederações Econômicas de Moçambique (CTA), está profundamente comprometida em cooperar para a concepção de uma cultura de maior produção e produtividade que permita reconhecer o verdadeiro valor dos empresários moçambicano. Para Tanure, Cyrino e Penido (2007) citado por Sousa (2012), defendem que a justificativa para uma empresa se internacionalizar está ligada à necessidade de manter taxas de crescimento contínuas no contexto de saturação do mercado doméstico. E de acordo com as teorias mencionadas anteriormente pode se notar que a teoria de internacionalização assenta assenta-se na “imperfeição dos mercados”, quando as organizações realizam internamente as operações que o mercado não consegue satifazer o mercado ou realiza de forma menos eficiente. As organizações internacionalizam-se passando de um processo de exportação para outras formas mais complexas, assegurando que os recursos, e os conhecimentos compartilhados no exterior, sejam da propriedade exclusiva da organização. As barreiras que são encontradas dentro de um território podem ser superadas é pela internacionalização do mercado, as regras de restrições devem favorecer o processo para permitir satisfação nessaria.

Segundo as pesquisas a EDM,  Cervejas de Moçambique, HCB, CFM, BCI, Millennium Bim, Coca Cola, Vodacoom, a Mozal, Cimentos de Mocambique, fazem parte das grandes melhores empresas de Moçambique, em que alguns já internacionalizaram-se. Do levatamento feito, as empresas moçambicanas pequenas e medias empresas constatou-se sengudo as listas de levantamento do relatório de 2018, cerca de 792 são devedores de taxas fixadas ao estado moçambicano, o que pode condicionar a internacionalização das empresas moçambicanas.

Em Moçambique, a terra é propriedade de Estado, em que concede apenas aos direitos de uso e aproveitamento, que se estende até aos 50 anos, este facto limita o desenvolvimento do empresariado moçambicano. Além disso as taxas de transações de terra também retardam empresário moçambicano. Para Bueno (2003) citado por Thielmann (2013), as instituições formais e informais de uma sociedade serão tanto mais compatíveis com o progresso econômico quanto mais elas permitirem aos indivíduos liberarem seu potencial produtivo e criativo. Isso acontecerá quando as leis, os costumes, a prática social, econômica, as organizações favorecerem a iniciativa individual e a cooperação através de mecanismos impessoais, principalmente garantindo os direitos de propriedade e gerando uma estrutura de preços relativos que premia as atividades produtivas a o que Trentini e Scoton (2011), chama de “feixe de contratos” que estabelecem direitos de propriedade entre agentes econômicos. A lei de propriedade de terra em Moçambique limita bastante o desenvolvimento empresaria na medida em que nenhum moçambicano beneficia se de terra e esta é considerada como propriedade do estado, desta feita o investimento também deve merecer limitações, menos aventura aos grandes investimentos porque não tem terra e consequentemente não tem o direto de liberdade de uso exclusivo.

Quadro: empresas não internacionalizadas até 2018

PROVÍNCIA

No DE EMPRESAS

Maputo

101

Maputo Cidade

170

Gaza

21

Inhamabane

47

Sofala

146

Manica

100

Tete

40

Zambezia

8

Nampula

32

Cabo Delegado

42

Niassa

19

Fonte: Adaptado pelo proponente

Moçambique de acordo com a teoria Paradigma Eclético, precisa ainda de uma mão de obra qualificada que resposta as exigências actuais, o investimento moçambicano e a operacionalização depende da mão de obra estrangeira como podem notar que na construção da ponte Katembe, apenas estiveram 6 engenheiros moçambicanos que só se empenha na fiscalização e não na operacionalização da construção, mas que até pode se questionar essa fiscalização, que tem uma tecnologia mais avançada e fiscalizado por quem não tem o fazer.

A liderança de custos, das empresas pode existentes no pais pode ser constatado nas multinacionais, que esses nem sequer vendem o seu produto internamente, caso carvão de Moatize, quer dizer contraria se a perspectiva da teoria de internacionalização que coloca os princípios de que uma empresa para internacionalizar-se primeiro deve saturar o seu mercado interno. Que tem que ser um produto cujas características o distinguem dos demais oferecidos pela concorrência e a estratégia baseada no foco, num determinado segmento ou grupo de segmentos de tipos de clientes. E que isso passa de um produto qualificado e com a respectiva tecnologia de ponta.

A legislação moçambicana em três anos, de 2015 a 2018, segundo informações da CTA, numa nota publicada na Internet. o custo para acender o registo de uma empresa em Moçambique subiu em 46,8%, de (109 para 512 euros). O Presidente da República, Filipe Nyusi, apontou como prioridade a melhoria do contexto empresarial no país, aspecto que acontece depois de o país ter desabado numa posição relativamente desagradável segundo o relatório Doing Business (2017) do Banco Mundial, tendo estado no 137º lugar de um total de 190 países. De acordo com o PIB, ninguém ou são poucos que tem "capacidade de pagar o que o Estado moçambicano exige para se tornar formal". Por conseguinte  Ponde (2007), na sua perspectiva, os direitos de propriedade correspondem, portanto, a um conjunto de institui­ções que estabelecem restrições que delimitam as formas pelas quais os indivíduos podem fazer uso dos recursos disponíveis, ou seja, um sistema de direitos de pro­priedade envolve uma variedade de mecanismos institucionais (formais e informais) que proporcionam aos agentes econômicos a autoridade de decidir e selecionar entre usos alternativos destes recursos, bem como estabelece limites ao exercício desta autoridade.

 

Vantagens da Internacionalização

As teorias apontam que a fonte de vantagens está na capacidade da gerência em consolidar tecnologias em âmbito corporativo e nas habilidades de produção em competências que possibilitem negócios individuais, para se adaptarem rapidamente às oportunidades em mutação. Destaca-se que a vantagem competitiva pode também estar relacionada com a disponibilidade de recursos que uma empresa tem. Em última instância, a vantagem competitiva está relacionada com a possibilidade de uma empresa atrair clientes para seu produto utilizando os recursos disponíveis. Funcionalidade e o uso da linguagem que designa o produto em vários territórios, compatibilidade do produto que permita com que se desafiem aos concorrentes cada vez mais um sentido de qualidades internacionais, contribuindo também desta forma na qualificação, aperfeiçoamento tecnológico da mão-de-obra nacional. Contribuicao ao pais na medida em que os produtores ganhem uma economia de escala e aumentem cada vez mais a sua produção contribuindo cada vez mais para o desenvolvimento do país.

 

Impacto da Internacionalização 

A internacional significa promover a redução das tarifas alfandegárias e outros entraves legais que os diferentes países instituem relativamente à importação de bens e serviços no sentido de proteger os respectivos sistemas produtivos.

A progressiva liberalização do comércio internacional compreende, pois, uma importante consequência a concorrência entre as empresas internacionalizarem-se. Dito de outro modo, uma qualquer empresa de determinado país passa a concorrer directamente com qualquer outra empresa existente no mundo. Como é sabido, alguns sectores da indústria têm conhecido um impacto fortemente negativo em virtude de importações que chegam ao mercado nacional com preços muito competitivos (por exemplo, com origem na China). Subsequentemente, as empresas deslocalizam a sua produção para regiões em que o factor trabalho é mais baratam ou enveredam por lógicas de diferenciação dos seus produtos com base na sua qualidade e distinção (ou, na pior das hipóteses, entram em falência).

Lara e Carvalho (2009) afirma que ao mesmo tempo, o público fica cada vez mais exigente e pluralizados ocupam novos espaços colaborativos consequentemente novos formatos de relacionamento com os consumidores são inevitáveis. Adaptar-se a eles é fundamental para as organizações permanecerem atuantes na contemporaneidade. Públicos cada vez mais exigentes e pluralizados deixam de ser meros consumidores e adquirem novos espaços na relação produção-consumo. O mesmo autor ao citar Thall (2000) diz que “com o advento da globalização, os processos, atuantes numa escala global, atravessam fronteiras nacionais, integrando e conectando comunidades e organizações em novas combinações de espaço-tempo, tornando o mundo - em realidade e experiência - mais interconectado”.  O mesmo autor citado acrescenta ainda que quanto mais a vida social se torna mediada pelo mercado global de estilos, lugares e imagens, pelas viagens internacionais, pelas imagens da mídia e pelos sistemas de comunicação globalmente interligados, mas as identidades se tornam desvinculadas – desalojadas – de tempos, lugares,histórias e tradições específicos e parecem “flutuar livremente”

A de acordo com Bauman, Harvey, et al. (1992), apud Celano e Guedes (2014) globalização, vista por um prisma pós-estruturalista, passa a ser um campo convidativo e aberto a uma série de diferentes interpretações e críticas. Isso não inclui apenas interpretações ideológicas, mas também discursos relacionados a disciplinas específicas, que trazem noções de homogeneização e hibridismo de culturas, o crescimento de uma rede global que transcende as fronteiras supranacionais das organizações, o declínio das Nações -Estado, e a nova forma como a comunicação e a tecnologia têm mudado as noções de tempo e espaço. Held, Mcgrew, Goldblatt et al. (1999), já concernente a globalização contemporâneo, afirmam que “ os processos de globalização contemporâneos não têm precedentes, uma vez que governos e sociedades ao redor do globo estão se ajustar a um mundo onde não existe mais uma clara distinção entre internacional e doméstico e entre negócios internos e externos”. Esta visão é endossada por Giddens (1996) em seu argumento de que, desta forma, a globalização conseguiu “sacudir” as sociedades, suas economias e instituições. O que reforça o fato de estarmos frente a um cenário mundial, cada dia mais desafiante e complexo, onde é preciso que se considerem essas novas formas emergentes de diferenciação social. A globalização tem o efeito de redefinir a natureza da inclusão e da exclusão, ambas entre e com os países. Como Held, Mcgrew, Goldblatt et al. (1999, p. 8) argumentam, que o “Primeiro Mundo e Terceiro Mundo não estão mais ‘lá fora’, mas reunidos e misturados, representados pelas maiores cidades do mundo.” O que tornou este desenvolvimento possível foi a crescente desvinculação da actividade económica das raízes territoriais e a concomitante redistribuição da soberania política e económica.

Se, por um lado, a globalização aparece como intensificadora da economia mundial e dos modelos de integração regional, o que, na verdade, representa mais uma extensão de mercados para as grandes multinacionais, por outro, ao impor planos de ajustes sacrifica não só os empregos, mas grande parte dos direitos laborais históricos, frutos de séculos de lutas dos trabalhadores, e o desmantelamento do tecido produtivo de nossos países.
 Desta forma, percebe-se o surgimento de duas grandes transformações próprias das economias globalizadas e que estão atingindo o mundo do trabalho: o desemprego e a pressurização das relações de trabalho. O desemprego como um dos principais tipos de exclusão social que assola o mundo globalizado, constitui-se no mais drástico problema a ser enfrentado por nossas sociedades, um fenómeno que se encontra presente tanto nos chamados países ricos como nos países da periferia. Está em todos os lados e seu alvo predilecto é a população de mão-de-obra não especializada. Também a necessidade de especialização da mão-de-obra constitui um importante elemento propiciador da queda no número de empregos. Assim, entra em cena o conhecido desemprego “estrutural”, próprio da globalização.

O avanço das corporações transnacionais e seus imperativos de aumento da produtividade maximização de lucros ensejados com o advento da revolução do micro electrónica e telemática, está significando o aumento da desocupação e da disparidade na distribuição de renda.
 Uma das sequelas desta falta de emprego está na mudança de hábitos e pautas culturais, que está gerando maior marginalidade, efeminizarão da mão-de-obra, necessidade de “pluriemprego” e do trabalho de todos os membros da família, perda de auto- estima e, consequente desestruturação e aumento da violência.

Assim, ao passo em que as relações de emprego se tornam mais precárias”, nota-se a quebra de sindicatos e a situação de insegurança e de temor dos trabalhadores que ainda subsistem em empregos formais, os quais, frequentemente, não oferecem resistência à preconização de postos de trabalho em suas empresas, desde que elas não afectem os seus próprios empregos.
 Tanto o desemprego como a preconização devem ser duramente combatidos. Reconquistar o cumprimento da legislação é o primeiro passo para barrar e depois reverter o processo de preconização das relações de trabalho.

A globalização não beneficia a todos de maneira uniforme. Uns ganham muito, outros ganham menos, outros perdem. Na prática exige menores custos de produção e maior tecnologia. O problema não é só individual, é um drama nacional dos países mais pobres, que perdem com a desvalorização e atraso tecnológico. Ao analisarmos essas forças, verificamos quanto elas têm mudado as sociedades, as indústrias e as empresas do sector de serviços, afetando departamentos e funções, processos administrativos, posturas, produtos, emprego e desemprego e a própria permanência das empresas no mercado. Essas forças impulsionam as empresas a serem competitivas, nascerem e dependerem do processo de globalização.

 

Considerações finais

As metodologia elencada para a produção do trabalho, permitiu que fosse efectivada uma certa reflexão da internacionalização das empresas moçambicanas. Nesta conclui-se que no geral a internacionalização é a saída de uma empresa no pais de origem para um de fora, motivada pela capacidade técnica e super produção e procura de novos mercado para acumulação de mais capital, eficiência e de recursos.

É inegável a existência de obstáculos na internacionalização em duas perspectivas sendo as Barreiras endógenas para Moçambique destaca-se ineficiência de acesso à informação, custos elevados de transações diversas, insuficiência de programas de financiamento, incapacidade de uma economias de escala e conhecimento técnico.

E a outra perspectiva que se considera de barreiras exógena que são estratégia de proteção que cada pais adopta para permitir, garantir que a produção interna não seja destruída na totalidade pela economia importada. A entrada num estado de uma determinada empresa passa por uma percepção dos aspectos relativos a legislação vigente, cultura organizacional que regem num determinado estado.

 Moçambique raras são as empresas internacionais, pois, enfrentam dificuldades de pagamentos de taxas fixas decretadas pelo estado, evidencia de que o estado moçambicano cobra taxas de legalização e fixas provavelmente excessivas que inibem o crescimento a internacionalização do empresário.

A terra em Moçambique é propriedade de Estado, portanto, só concede direitos de uso e aproveitamento que se estende até 50 anos. A terra deve ser de cedência única e exclusiva da propriedade individual e não do estado para permitir que as iniciativas individuais visionários privadas sejam implementadas com inteira segurança.

NEI, traz hoje novos conceitos sobre o direito de propriedade de terra, que no entender de muitos o direito a propriedade de terra que era adquirido a custo zero passa por custos de transacções, que são taxas a pagar por processo de aquisição e direitos de uso.

 Os direitos de propriedade correspondem, a um conjunto de instituições que estabelecem restrições que delimitam as formas pelas quais os indivíduos podem fazer uso dos recursos disponíveis, assim, como estabelece limites ao exercício autoridade. A esta regulação faz com que os países desenvolvam rapidamente ou tenham um desenvolvimento lento.

A internacionalizacao traz consigo um impacto que pode ser de certa forma positiva ou negativa dependendo do caso e realidade de cada local. O facto acontecem numa perspectiva em que os processos, actuantes numa escala global, atravessam fronteiras nacionais, integrando e conectando comunidades e organizações em novas combinações de espaço tempo, tornando o mundo - em realidade e experiência - mais interconectado o que é tão importante que um pais se sinta dentro do mundo, colocando que novos desafios existam.

Podemos notar a existência de novos desafios, entrada ao novo mundo, mas entretanto, a globalização sacudi as sociedades, suas economias e instituições. Ao introduzir no território um novo produto em que nem sequer o pais não tem capacidade de uma produção interna que possa competir com o produto externo.

 

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1 Serralheiro Mecânico formado pelo instituto  Industrial e Comercial Eduardo Mondlane de Inhambane, Professor primário Formado pelo Instituto de Formação de Professores Primários de Chibututuine – Manhiça; Licenciado em Ensino de Historia pela Universidade  Catolica de Moçambique (UCM) – Beira 2011, Mestrado Em Gestão pela Universidade São Tomás de Moçambique 2016, especializado em administração pública e gestão estratégica de recursos humanos, formado em Ética e Deontologia Profissional de Docente do Ensino Superior” pela Doutrina et Studies, S.A em parceria com o Instituto Superior Mutasa – ISMU, Formado em metodologias para o ensino tecnico profissional e institutos superiores com certificado B, Formado em metodologias de preparacao, sepervisao de trabalhos de culminacao do curso, Doutorando em Gestão Pela Universidade São Tomás de Moçambique –Maputo, Actualimente trabalha como Instrutor Técnico Pedagógico de Educação (ITP) no SDEJT.