RESUMO: Em face da relevância de se buscar conhecimento acerca de eventos que possam influenciar negativamente na vida de um paciente em atendimento, o presente estudo surge de modo a analisar quais os desafios enfrentados pela área da enfermagem perante a ocorrência de Lesões Por Pressão em Unidades de Terapia Intensiva. Desenvolvida com base em uma revisão de literatura, a pesquisa traz em seu corpo um conteúdo relevante acerca do tema, no qual apresenta-se a LPP como sendo danos ocasionados na pele e tecidos moles subjacentes, causados por fatores de riscos distintos, como por exemplo, pressão prolongada da pele, na qual há uma compressão entre osso dentro do corpo e uma superfície externa. Produzido entre os meses de julho e agosto do ano em curso, o texto também oferece informações significativas sobre a observância da lesão em UTI’S, assim como das principais funções desempenhadas pelos profissionais da enfermagem no tocante a identificação e execução de ações direcionadas a LPP. Em seguimento as atividades voltadas a lesão, destacou-se a importância de se tomar medidas focadas em sua prevenção, discorrendo assim sobre a ferramenta de verificação intitulada como Escala de Braden, evidenciada aqui devido ao método adotado e pela importância que os dados levantados por ela tem no planejamento de procedimentos condizentes com as necessidades auferidas no momento. Perante o exposto é possível afirmar, que o estudo alcançou os objetivos previamente traçados, trazendo com isso um conteúdo valoroso ao diálogo sobre o tema levantado, enriquecendo assim o debate acerca da saúde do paciente. Palavras-Chave: Enfermagem; Lesão Por Pressão; Unidade de Terapia Intensiva; Escala de Braden.

INTRODUÇÃO

Estudos realizados por profissionais e discentes da área da saúde demonstraram que os diálogos acerca da Lesão Por Pressão (LPP) vem sendo fortalecido nos últimos anos, manifestando com isso a preocupação existente na concessão de um atendimento que proporcione ao paciente maior qualidade de vida e segurança durante o tratamento terapêutico. Definida como danos localizados na pele e tecidos moles subjacentes por conta de uma pressão continua, fricção ou cisalhamento, a LPP pode interferir no estado clinico do cliente, ocasionando o agravamento do quadro de saúde do mesmo (LAMÃO, et al., 2016).

Com maior ocorrência em regiões como isquiática, sacrococcígea, trocantérica, calcânea, maléolos laterais, cotovelos e região occipital, a LPP desenvolve-se devido a alguns fatores, como por exemplo: permanência prolongada no leito, déficit nutricional, uso continuo de dispositivos e equipamento tecnológicos, além de procedimentos que dificultam a mobilidade, como sedação, utilização de suportes ventilatórios, dentre outros (RIBEIRO, et al., 2018).

As LPP’S são classificadas através dos seguintes estágios: I - Pele íntegra com eritema que não embranquece; II - Perda parcial da espessura da pele com exposição da derme; III - Perda total da espessura da pele; IV - Perda total da espessura da pele e perda tissular, podendo também ser categorizadas como Lesão Por Pressão Não Classificável e Lesão Por Pressão Tissular Profunda. Ressalta-se então que este sistema de classificação serve para indicar o grau de extensão dos danos, contribuindo para o planejamento e execução de intervenções condizentes com as situações encontradas (MORAES, et al., 2016).

Considera-se pertinente relatar que este tipo de lesão pode ocorrer em qualquer setor hospitalar, porém, devido a algumas particularidades, como gravidade da patologia dos pacientes, que leva a um confinamento maior no leito e o tipo de tratamento realizado, a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é apontada como uma das células com maior probabilidade de incidência de casos. Os fatores de riscos, sejam eles intrínsecos ou extrínsecos, que geram a LPP são potencialmente elevados na referida unidade, uma vez que a clientela encontra-se debilitada devido a intervenção medica adotada (QUIRINO, et al., 2014; RIBEIRO, et al., 2018).

Como pode ser observado, a LPP é um problema sério, que demanda uma atenção ainda maior quando instalada em uma UTI, fazendo-se necessária a sua prevenção cotidianamente, através de ações executadas conjuntamente por todos os profissionais que compõe o quadro multidisciplinar da unidade, dentre os quais é possível destacar os que formam a equipe de enfermagem, uma vez que são responsáveis pela execução da maior parte dos cuidados realizados no setor (ASCARI, et al., 2014).

Com base no exposto, a pesquisa justifica-se pela relevância de se estudar acerca dos desafios enfrentados pela enfermagem no tocante a ocorrência de Lesões Por Pressão na Unidade de Terapia Intensiva, de modo que os mesmos sejam devidamente identificados e contribuam para o planejamento de ações que visem a prevenção do evento, além de contribuir para o enriquecimento do saber acerca do tema.

Considera-se importante frisar que o estudo partiu de uma revisão de literatura pautada em objetivos previamente traçados, que são: Descrever o que são as chamadas Lesões Por Pressão; Investigar os desafios da enfermagem frente as LPP’S em Unidades de Terapia Intensiva; Demonstrar o papel da equipe de enfermagem no tocante a prevenção da referida lesão e Relatar a importância da escala de Braden na prevenção da LPP.

Ressalta-se então que o conjunto de informações que compõe o trabalho são divididos em quatro tópicos principais, que trazem em seu corpo dados pertinentes que contextualizam cada um dos objetivos acima apresentados, iniciando-se com a exposição de elementos introdutórios sobre a LPP, seguido de informes sobre sua incidência em UTI’S e como os profissionais da enfermagem podem contribuir no desenvolvimento de ações preventivas, culminando com a apresentação de uma das mais conhecidas ferramentas de avaliação verificativa da lesão, conhecida como Escala de Braden. [...]