ORDEM E CAOS EM SISTEMAS ECONÔMICOS

Celso Luis Levada

Miriam de Magalhâes O. Levada

  HERMINIO OMETTO FOUNDATION-FHO/UNIARARAS-NUCLEUS OF HEALTH-BRAZIL

 

RESUMO

A história econômica de vários países, inclusive do Brasil, demonstra que por mais que se planeje , o caos econômico e social pode estar presente em suas economias. Esse fato revela que os velhos pontos de vista sobre o determinismo, o controle e a previsibilidade dos modelos econômicos não se confirmam nos tempos atuais. O caos e a complexidade do ambiente de negócios fazem com que os governos, as empresas e as pessoas fiquem com a impressão de estarem sendo atraídas por um vendaval que transpassa totalmente a atividade política, econômica e social. Em todos as categorias institucionais , a organização e a complexidade podem ocorrer através da geração de ordem a partir da desordem e de informação a partir do caos. Esse complicado padrão de evolução pode acontecer por intermédio dos sistemas identificados como auto-organizadores que fazem parte da Teoria Geral de Sistemas.

Keywords : negócios, organizações,  determinismo, complexidade

INTRODUÇÃO

Podemos iniciar dizendo que, crises e expansões econômicas e sociais são verificadas em muitos  países do mundo, o que vem a justificar a idéia de que seus sistemas políticos, econômicos e sociais são caóticos, imprevisíveis e sensíveis às condições iniciais (PAIVA(2)). Estes sistemas se caracterizam pela incapacidade de prever seus atos futuros porque uma pequena mudança nas suas condições iniciais pode ocasionar grandes implicações em seu comportamento futuro. Para KINOUCHI(3) ocorre algo análogo a Teoria do Caos que sugere que  o Universo tem um ciclo de ordem, desordem, ordem, e assim sucessivamente. Pequenas mudanças podem induzir a grandes mudanças que levam a novas metas desconhecidas, talvez melhor, embora não possamos prever exatamente onde é que chegaremos. Para PRIGOGINE(4) , todos os sistemas contêm subsistemas constantemente flutuantes, sendo que, às vezes, uma única variação em um deles pode ser tão poderosa  que quebra toda a organização existente.  Por trás da aparente desordem na economia, há uma dinâmica que pode ser explicada através de técnicas matemáticas e estatísticas apropriadas, típicas desta teoria. Em sistemas dinâmicos(4), como a economia, que mudam constantemente ao longo do tempo, pequenas alterações em um determinado momento, pode ser a causa de grandes mudanças no futuro.  Significa que é preciso planejar a economia reconhecendo que o caos e a complexidade estão presentes e que deve lidar com este cenário da melhor maneira possível. Vivemos em um mundo caótico que, apesar das tentativas de planejamento econômico e social em vários países capitalistas e socialistas, não tem havido sucesso na busca de seu ordenamento e da estabilidade econômica e social. Conforme menciona OREIRO(5), a crise econômica de 2007/2008 evidenciou uma transformação na história do capitalismo. Com isso muitos países adotaram políticas monetárias e fiscais com o propósito exclusivo de evitar a bancarrota do sistema capitalista mundial.   Isso afetou todos os negócios, do financeiro ao de crédito, das bolsas de valores à de comercialização. Ela envolveu o contexto internacional e foi muito profunda e turbulenta, causando um sintoma de carência mundial de liquidez em dólares. Este fato, mudou para  pior os termos de troca, em consequencia da diminuição dos custos das commodities. A bolha financeira americana foi considerada a maior, desde a grande depressão de 1929. Essa recessão expressa um estado atípico, pois ela acaba com os recursos adquiridos e desfrutados até o momento. Além disso é capaz de causar uma condição de escassez e de dificuldades para a maior parte dos envolvidos. De maneira resumida, a  ocorrência de uma crise financeira pode ser entendida como conturbações, turbulências e incertezas na economia, embasadas por fatos econômicos (OREIRO(5)).

A IMPREVISIBILIDADE

Baseados(1) na Física Newtoniana e nas equações diferenciais associadas a ela, acreditava-se que a natureza era determinista e, então, era possível prever a ocorrência de todos os fenômenos. No entanto, no inicio do século XX, os modernos desenvolvimentos ocorridos nas ciências naturais e na matemática , em especial a teoria da Relatividade e a Quântica e do Caos, puseram em dúvida a visão mecanicista newtoniana. A mecânica quântica introduziu o princípio da incerteza que, na administração pode ser escrito como: Qualquer acréscimo de informação aumenta o nível de precisão nas ações, porém não dá a certeza absoluta de que um determinado evento venha realmente a ocorrer (ALCOFORADO(1)). Por outro lado, a Teoria do Caos significou um  notável evolução na investigação científica do século XX desfazendo a dicotomia que existia na visão  tradicional entre determinismo e aleatoriedade.  A Teoria do Caos contém fatores desordenados, fato que revela que a natureza não é descrita rigorosamente pelo modelo newtoniano, previsível e certo. Para PRIGOGINE(4), o caos é uma combinação de ordem e desordem que surgem das chamadas estruturas dissipativas, as quais sugerem  que a natureza tem um ciclo de ordem, desordem, ordem, que se alternam. De modo que a ordem conduz a desordem e vice versa, indefinidamente. Muitos desses conceitos estão sendo utilizados por administradores, como forma de expandir a visão em relação ao mundo dos negócios, compreendendo que suas decisões afetam o mercado concorrente e podem provocar resultados opostos aos desejados.

CAOS E A COMPLEXIDADE DO AMBIENTE DE NEGÓCIOS

Segundo ALCOFORADO(1) , a história econômica de vários países, inclusive do Brasil, demonstra que por mais que se planeje cada país, o caos econômico e social prevalecerá em sua economia e, também, na economia mundial. Tudo isso demonstra que as antigas crenças no determinismo, no controle e na previsibilidade dos modelos econômicos não se sustentam na era contemporânea. O caos e a complexidade do ambiente de negócios fazem com que os governos, as empresas e as pessoas sintam a sensação de estarem sendo arrastadas por um furacão que permeia toda a vida política, econômica e social. Isto quer dizer que, para compreender e gerir um sistema econômico e social complexo devemos pensar de forma complexa e agir utilizando conceitos e práticas, no mínimo, comparáveis à complexidade desse sistema. Habitamos e atuamos num universo que não pode mais estar sendo pensado em termos de princípios da mecânica  Newtoniana, no tradicionalismo de Descartes e no determinismo Laplaciano. Entretanto, GRATÃO & BARROS(6) mencionam que os modelos econômicos e organizacionais e tudo a eles relacionados não podem ser tratado de forma isolada e desconectada do todo.   Um exemplo(6) significativo disso ocorre no mercado da bolsa de valores, onde, após a compra de ações no mercado de capitais, o preço futuro dessas ações pode ser estimado no curto prazo. Contudo, a longo prazo, provavelmente, o valor dessas ações não pode ser previsto com  acerto. Cientificamente as condições de imprevisibilidade ganhou notoriedade no início da década de 1960, quando Edward Lorenz descobriu que fenômenos aparentemente simples podem ter um  comportamento muito caótico.  PRIGOGINE(4) elaborou a teoria das estruturas dissipativas que são aquelas longe do equilíbrio. Em algumas fases, os elementos do sistema comportam-se de maneira determinista e em outras fases, perto das chamadas bifurcações, opera de forma não determinista. A partir desta constatação, as ciências passaram a considerar uma visão mais realista no mundo dos negócios,isto é, considerando que a maioria dos fenômenos que  acontecem na natureza são complexos e imprevisíveis

CAOS E GOVERNABILIDADE

ARRIGHI e SILVER(7), autores do livro Caos e Governabilidade no moderno sistema mundial mencionam que o sistema internacional tem se alternado entre ciclos de caos e governabilidade no decorrer da história nos últimos 500 anos. A tese central de ARRIGHI e SILVER(7) é que as expansões financeiras foram um fator de impulso das crises hegemônicas anteriores e da transformação dessas crises em colapsos. Esse movimento expansivo termina por levar ao chamado "caos estruturado" , à escalada dos conflitos sociais e à emergência de novas configurações de poder. Os autores(7) consideram que processos similares aos que já ocorreram nas transformações hegemônicas do passado com alguns países,  também afetam os Estados Unidos e sugerem o início de um processo de crise e ruptura hegemônica. Nesse contexto, é  importante observar que a China é o principal credor dos Estados Unidos haja vista que compra boa parte dos títulos da dívida estadunidense e que ela depende do mercado e dos investimentos norte-americanos.  Na visão de ARRIGHI e SILVER(7), a globalização da economia vem  minando o poder dos Estados e enfraquecendo a capacidade reguladora das grandes nações. O processo é similar ao das companhias de comércio e navegação holandesas, que, ao mesmo tempo em que deram às nações européias do século XVII o poder de operar globalmente, também esvaziaram as funções e o poder dos Estados. As empresas multinacionais norte-americanas, apesar de apropriarem-se de parte da renda dos países onde se instalam, não têm proporcionado aumento equivalente na renda dos residentes dos Estados Unidos e nem do seu governo.  Reflexo disso é a ausência de governabilidade mundial na atualidade. Esta governabilidade global não existe mais. ARRIGHI e SILVER(7) ainda defendem a tese de que, depois da ruptura hegemônica atual o centro do poder mundial, deve se concentrar no Leste Asiático. A consolidação da região como centro mais dinâmico dos processos de acumulação de capital em grande escala tem possibilitado o surgimento de uma estrutura produtiva antagônica à norte-americana.

O PONTO DO CAOS

LASZLO(8), no livro intitulado O Ponto do Caos entende que um sistema dinâmico, quer ocorra na natureza, na sociedade ou em uma simulação de computador, é governado por atratores. Estes definem o retrato de fase do sistema: a maneira como ele se comporta ao longo do tempo. Atratores estáveis puxam a trajetória do desenvolvimento do sistema para dentro de um padrão recorrente e reconhecível, levando-o a convergir em um dado ponto (se o sistema for governado por atratores pontuais) ou a descrever ciclos através de diferentes estados (quando ele está sob o comando de atratores periódicos). No entanto, sistemas dinâmicos também podem alcançar um estado em que os atratores que emergem não são estáveis, mas ‘estranhos’. Cabe observar(8) que um atrator é o conjunto de pontos no espaço de fase para o qual um sistema tende a ir à medida que evolui. O atrator pode ser um único ponto, uma curva fechada (ciclo limite) que descreve um sistema de comportamento periódico, ou um fractal (também chamado de atrator estranho), quando o sistema apresenta caos. Para LASZLO(8)  os sistemas entram em um estado de caos quando flutuações que eram, até então, corrigidas por realimentações negativas autoestabilizadoras ficam fora de controle. A trajetória de desenvolvimento torna-se não linear: tendências predominantes colapsam e em seu lugar surgem vários desenvolvimentos complexos. Em sistemas caóticos o movimento nunca se repete, apesar de muitas vezes ter que ocorrer dentro de certos limites. Assim, somente uma figura infinitamente complexa – um fractal - pode dar conta de representar esta trajetória que nunca se repete no espaço de fase. Mudança e Tempo são os dois aspectos fundamentais do Caos. O Caos se refere principalmente a algo que evolui ao longo do tempo. A Teoria do Caos explica o funcionamento de sistemas complexos e dinâmicos. Nesses sistemas, inúmeros elementos estão em interação de forma imprevisível e aleatória. Este é o caso da economia de mercado capitalista porque não existe uma governança eficaz do sistema econômico. PRIGOGINE(9), comentando em “As leis do Caos” sobre pontos de bifurcação em reações químicas, afirma que “elas demonstram que até mesmo em nível macroscópico a nossa predição do futuro mistura determinismo e probabilidade. No ponto de bifurcação(9), a predição tem caráter probabilístico, ao passo que entre os pontos de bifurcação, podemos falar de leis deterministas” Raramente(9) o caos é uma condição prolongada; na maior parte dos casos, é apenas uma época transitória entre estados mais estáveis. Quando as flutuações no sistema atingem níveis de irreversibilidade, o sistema atinge um ponto crítico em que ele colapsa em seus componentes individuais estáveis (colapso) ou passa por uma evolução rápida em direção a um estado resistente às flutuações que o desestabilizaram (avanço revolucionário). Se esse caminho do avanço revolucionário é selecionado, o sistema evolui para um estado no qual ele tem uma capacidade de processamento de informação intensificada e maior eficiência no uso da energia livre, bem como mais flexibilidade, maior complexidade estrutural e níveis de organização adicionais. Especialistas dizem que o sistema financeiro internacional já não funciona mais como antigamente. O modelo neoliberal que regeu o mundo nos últimos 40 anos está ultrapassado, fato que poderá levar a uma depressão por muitos anos. Diante da existência do caos que domina a economia mundial, é chegada a hora de cada país e a humanidade se dotarem o mais urgentemente possível de instrumentos necessários a terem o controle de seu destino. Para ter o controle de seu destino a humanidade precisa exercer a governabilidade de seus sistemas econômicos e da economia mundial.

DISCUSSÃO

Uma das grandes dificuldades do processo de planejamento é o de minimizar as incertezas quando se sabe que a mudança é a única regra estável no atual momento eque o passado serve cada vez menos como base para projetar o futuro. O desenvolvimento da Teoria do Caos a partir dadécada de 1970 contribuiu para a formulação de um modelo muito diferente do que prevalecia até então que era basicamente determinista e linear. No modelo baseado na Teoria do Caos, o mundo é mais complexo e fundamentalmente não determinista e nãolinear. Caos, em ciência, não é necessariamente desordem, pois existe uma ordem que vem do caos, segundo o que diz PRIGOGYNE(4). Após o ponto de bifurcação,o comportamento do sistema torna-se errático por algum tempo, mas tende a estabilizar-se em um novo equilíbrio - só que qualitativamente distinto do original. O sistema agoraapresenta novos modos de organização, estruturalmente mais complexos.  Durante afase de instabilidade, o sistema "experimenta" inúmeras variantes de "futuros possíveis", antes de "decidir-se" por seu novo patamar estável de complexidade.  Para fazer frente às incertezas do futuro, as organizações públicas e privadas devem utilizar a técnica de Cenários adotando como premissa que o futuro é múltiplo, muitos futuros são possíveis e o caminho que conduz aos muitos futuros não é forçosamente único (GODET(12)). O propósito essencial de cenários é apresentar aos executivos das organizações uma imagem significativa de futuros prováveis e, também, futuros inesperados ouimprováveis em horizontes de tempo diversos.  A alternativa a ser escolhida será aquela que é a melhor entre as piores opções de todas as alternativas consideradas. Na visão otimista do problema, supõe-se que ocorrerá o melhor evento possível.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Para GLEISER(10), apesar do seu grande potencial para aplicações, a teoria do caos deixa algo a desejar quando se trata de descrever sistemas sociais. A teoria do caos é um pouco mecânica demais, embora exista algo de mecânico no comportamento social. Ela parece mais apropriada para descrever fenômenos físicos, como condições climáticas ou a turbulência dos fluidos, do que para descrever o comportamento humano. De acordo com CUNHA(11), a teoria do caos aplicada ao contexto da administração dos negócios é chamada de Complexidade. Essa teoria vê as empresas como sistemas altamente complexos, onde a melhor maneira para alcançar controle é equilibrando-se no limite do caos, onde nem muitas restrições e nem total desordem é desejável. Cabe lembrar que organizações são conjuntos de pessoas, que não agem da mesma maneira sem levar em conta a situação em questão. Na realidade, são sistemas complexos, mas auto-organizáveis, isto é, são pessoas agindo no sentido de fazer o que é certo, sabendo corretamente como e quando mudar as coisas. Em fazendo assim, elas encontram ordem no caos. A complexidade ajuda no entendimento de como uma organização deve mudar para ser capaz de lidar com ambientes complexos e imprevisíveis, conectando mudança, caos e a organização, estabelecendo novas estruturas de referência em administração estratégica e organizacional. Um dos aspectos fundamentais do caos é a grande sensibilidade a condições iniciais, ou seja, o resultado da previsão, para um sistema, é muito sensível ao estado inicial desse sistema. Numa época em que tudo muda rapidamente, pode-se afirmar(11) que os princípios que regem os modelos convencionais de gestão  estão ultrapassados quando aplicados em um ambiente econômico como o atual caracterizado pela instabilidade.  Quando as flutuações no sistema atingem níveis de irreversibilidade, o sistema atinge um ponto crítico (ponto de bifurcação) em que ele colapsa em seus componentes individuais estáveis ou passa por uma evolução rápida em direção a um estado de avanço resistente às flutuações que o desestabilizaram. Para ser eficaz, o processo de planejamento empresarial e público precisa levar emconta, necessariamente, a instabilidade, a incerteza, com suas turbulências e seus riscos.  Conforme mencionam DI BIASI e SOUZA(13), A informação hoje existente, interconectando todas as áreas do conhecimento desde as Ciências exatas, biologicas, bem como as áreas humanas e sociais, e mais especificamente a área de Administração, Economia, Gerenciamento e Marketing, vem demonstrando que vivemos um momento transformador da evolução humana. Em todos as categorias institucionais , a organização e a complexidade podem ocorrer através da geração de ordem a partir da desordem e de informação a partir do caos. Esse complicado padrão de evolução pode acontecer por intermédio dos sistemas identificados como auto-Organizadores que fazem parte da Teoria Geral de Sistemas. Atualmente, vivemos  numa era de incertezas e com um sistema financeiro mundial interconectado e globalizado. Além disso tal sistema vem sendo agredido por crises frequentes, o que faz com que os lances deste jogo de xadrez político econômico global podem ter consequências imprevisíveis para as organizações empresariais. Isso demonstra a importância de levarmos em consideração em nossa análise de sistemas empresariais humanos e sociais, os valores e a personalidade humana que são comumente esquecidos ou desprezados por grande parte dos sistemas corporativos.

We would like to end with the following phrase: “In the early was information and information was with God and information was God. All things were done by her ... in her was life and life was the light of men”. This is a possible interpretation of the beginning of the Gospel of St. John in the bible.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

  1. ALCOFORADO, F.- Collection of articles, texts available in http://fernando.alcoforado.zip.net/, access in 30/07/2019
  2. PAIVA, V.L.M.O. Autonomy and complexity: an analysis of learning narratives. In: FREIRE, M.M; ABRAHÃO, M.H.V; BARCELOS, A.M.F (Orgs.). Applied Linguistics and Contemporaneity.  Campinas e São Paulo: Pontes e ALAB, 2005. p.135-153, available in  http://www.veramenezes.com/autocomplex.htm, access in 10/07/2019
  3. KINOUCHI,O.- A Precursor of Complexity Sciences in the 19th Century, available at https://arxiv.org/ftp/physics/papers/0110/0110041.pdf, access in 10/07/2019
  4. PRIGOGINE, I; Stengers, I. Order out of chaos: man´s new dialogue with nature. Bantam Books, april 1984. Available in https://deterritorialinvestigations.files.wordpress.com/2015/03/ilya_prigogine_isabelle_stengers_alvin_tofflerbookfi-org.pdf, access in 10/07/2019
  5. OREIRO, J. L. Origin causes and impacts of the 2007/2008. Available in  https://jlcoreiro.wordpress.com,  Access  03/06/2019.
  6. GRATÃO, A.D. and BARROS, E.F.- Systemic view of the company and its subsystems; IV Brazilian Congress of Strategic Cost Management - B.H. Brazil, available at https://anaiscbc.emnuvens.com.branais article download, access in 30/08/2019
  7. ARRIGHI,G.&SILVER,B.J. – Chaos and Governance in the modern world system, Counterpoint Publisher, UFRJ, Rio de Janeiro, 2001.
  8. LASZLO,E. - Chaos Point - Publisher Cultrix, São Paulo, 2006
  9. PRIGOGINE, I. The laws of chaos Publisher of UNESP, São Paulo, 2002.
  10. GLEISER,S.-Chaos and complexity: the evolution of economic thinking. Campus Publisher, Rio de Janeiro 2002
  11. CUNHA, M-Business chaos and complexity: managing on the brink of a nerve attack. RH Publisher, Lisboa 2001
  12. GODET, M- Strategic Prospecting Manual. Don Quixote Publisher, Lisboa 1993.
  13. DI BIASE, F. e  SOUZA, G. -  Self Organizing Intelligent Organizations- Copyright© Publishing Company  Campinas- Brazil - 2015