O que vimos durante a campanha à presidência da república, foi tomado por diversos analistas políticos como algo “temporal”, algo que duraria durante a campanha e que, logo logo, como sempre, grande parte da mídia “mais robusta” que atacava o candidato Bolsonaro, voltaria a fazer as críticas que sempre fez com os presidentes, algo inerente ao bom jornalismo. Contudo não era isso que despontava no horizonte. E não nos parecia ser pela voracidade dos ataques. Esta avidez não tem paralelo. Nem mesmo o mais atacado dos políticos em campanha, como Leonel Brizola, sofreu uma perseguição de certa empresa de comunicação parecida com o candidato Bolsonaro. E nem mesmo, enquanto governado, Brizola foi tão atacado quanto o Presidente Bolsonaro.

                Os fatos, os ataques, a falta de respeito para com a liturgia do cargo é tão grande e tão evidenciada que qualquer leitor de mente limpa de extremos, percebe. Um dos piores e maiores exemplos de covardia jornalística vimos no Estúdio-i, na GLOBONEWS, 
com o senhor Valdo Cruz. Diz este cidadão a respeito de um homem brutalmente esfaqueado: "Os repórteres vão ter que se acostumar com o jeito do Bolsonaro. A qualquer momento, ele pode dizer: "PRECISO TROCAR A FRALDA". Este absurdo mostra a face oculta diante da tela de quem se diz humanista, defensores das minorias. Se o indivíduo não respeita um cidadão com uma bolsa de colostomia, o que ele respeita? Um deficiente visual? Um negro? Um homossexual? Nós lembramos de um baluarte da grande mídia, demitido, ao ser gravado dizendo: “é um preto, só podia ser um preto”. Alguém que estava buzinando. Mas demitido porque caiu nas redes sociais e não porque a empresa defende minorias.

                É desta forma que a mídia preponderante vem tratando o Presidente da República sem se dá conta que, mais cedo do que se pensar, ele vai conseguir agregar ao seu redor a maioria dos parlamentares. O que se vem pregando em quase todo a grande mídia, é a “ignorância” do presidente em não querer conversar com os parlamentares. O que é uma deslavada fack News. O Presidente quer e necessita conversar com os parlamentares para fazer a maioria necessária a aprovação das medidas necessária ao povo brasileiro, o que ele não quer é comprar parlamentares.

                É até compreensível a forma arredia com que a os parlamentares olham para o presidente da república. Há uma cultura de compra de apoio indiretamente nos governos Sarney e Collor-Itamar e, diretamente, no governo no PT. Aliás, foi no governo do PT onde a cultura da compra de apoio teve até “carnê”: O tal mensalão e o tal mensalinho. E estamos aqui dizendo PT porque foram os comandantes desta época, porém, sabemos que a lama correu por todos os partidos, pelas grandes empresas pública e privadas. E não podemos olhar para tal situação argumentando, como fazem muitos: sempre foi assim. Não, não foi sempre assim. Desviou de verba da sociedade sempre houve, mas não nesta proporção, nem com esta expertise.

                A mídia aqui referida imagina que vai derrubar o governo. Mas não em nome da moral, da ética, do bem social. Pode derrubar em nome de algo que tem passado desapercebido pelos colegas de universidade da área pertinente: ciências políticas. Verdadeiramente não existe uma mídia contra o governo Bolsonaro. Existe uma mídia contra o homem, contra Jair Bolsonaro. Isso é tão evidente que nem há necessidade de ser versado em teorias do discurso como a de Habermas, Lacau, Foucault ou Bakhtin.  

                Assistimos pasmos quando jornalistas como a senhora Miriam Leitão se transforma ao falar com, ou em Bolsonaro. Há uma “áurea” de ódio indisfarçável, pujante. Outros com menos ódio ou mais desfaçatez, conseguem deturpar tudo o que diz o presidente e toda ação que este faz. Como é possível tecer críticas a um presidente que vai com sua esposa prestigiar um filme em que os autores são deficientes? Como isso é possível? Somente com ódio, com profundo rancor. Alguns por ideal? Não percebemos. Algum jornalista levanta bandeira “comunista” contrapondo-se a “ditadura” bolsonarista? Se a resposta do leitor for sim, então eles não sabem que no comunismo não existe liberdade nem pluralidade de imprensa?

Isso seria suficiente para mostramos que a ideia não é derrubar o presidente. Um presidente eleito democraticamente, com uma votação extraordinária diante das circunstâncias incluindo o atentando que o tirou das ruas. Porém há mais fatos. Quando se ataca o “presidente” se diz: “ele não pode permitir que os seus filhos governem o país”. Não se diz: “ele não pode permitir que o deputado, o senador e o vereador, etc., governem o país”. Dizem filhos! Logo depois trazem que presidente não tem filhos!

Dr. Ademir Ferraz

Professor Associado IV

UFRPE