ODE POÉTICA A UMA FORMIGA AMIGA

AUTOR: Paulo Roberto Giesteira

Formiga pequenina

Que ousadia é essa de subir no meu pé para me morder.

Já não basta as suas cansativas caminhadas pra achar o que comer;

Ou mesmo pelos seus incansáveis trabalhos para sobreviver.

Se eu fosse outro faria de tudo pra você morrer,

Como sou amável peço gentilmente pra você daí descer.

Você pode cair no chão pra se machucar

E depois vir a falecer.

Ou mesmo se despedaçar no chão pra algum membro perder.

Estou tentando lhe ajudar,

Nesta ajuda de nada irá valer se você insistir em me morder.

Um punhado de açúcar seria o ideal ao que você prefere querer,

Ou mesmo algum alimento jogado fora seria como merenda pra você obter.

Me morder formiga amiga, não vai lhe satisfazer.

Sei que não pode me compreender,

Mas minhas bondades, beldades e caridades

Cuidadosamente irão lhe convencer.

Então trate logo de daí descer formiga amiga.

Que o seu negócio não é morder por morder,

E sim trabalhar.

Trabalhar pra enfim sobreviver.