Ode à chegada!

 

Que  venham bons  ventos

novos  sorrisos, novas cores,

 novos  odores...

novos sabores,

sabor de fruta do pé...fresquinha e bem cuidada,

odor de rosas e de flores do campo...  

cheiro de vida, vida vivida, vida tratada...vida evoluída!

 Que venham...

Amores por que não?!

Amores completos, incompletos, perecíveis,

 perenes, alardeantes, fogosos, brandos,

 sonoros, calmos, pretos, brancos,

novos, velhos, justos, injustos,

puros, impuros, pudicos, devassos,

estonteantes, emudecedores,

 azuis, altissonantes, sublimes!

Que venha o som da chuva,

a melodia dos pássaros a cantar em meu quintal,

a mão amiga do desconhecido,

o beijo encantado da criança,

o recolher da lágrima de quem chora,

o pintar nova tela com o arco-íris da esperança,

luzes, muitos tons de  luzes.

Festa, deleites presentes, calmaria, confusão,

Paixão e emoção, turbinas abertas para a felicidade.

Arrebatados pela  liberdade!

Que venha o paradoxo do dia a dia,

a  cadência incontrolável da rotina,

da solidão, da companhia, da compaixão, da harmonia,

do desarranjo, da esperança.

Venha. Venha em camadas, em fatias, em pedaços.

De aço, de ferro, de vidro, de cristal.

Do norte, do sul, de onde quer que seja.

Venha para celebrarmos as novidades da chegada.

Inteiros, íntegros, ávidos, ansiosos.

Sorrisos alvissareiros enfeitam nossos rostos e semblantes!

Que venha a felicidade!