OBRA DA INSPIRAÇÃO E NÃO DO DESTINO
Por Evanio Araujo | 11/09/2009 | PoesiasEscrevi uma obra
E como bolhas de sabão
Ela se dissolveu
Publiquei-a
Mas não sei sobre o seu paradeiro
Quando achei dificil
E pensei que Ela,
A inspiração
Havia me deixado
Surgiu este escrito e,
Percebi
Ela estava o tempo todo dentro de mim
Foi dificil entender que
Nós poetas
Somos como marionetes
Nas mãos da inspiração
Sem ela, somos como
A comida sem sal
A noite sem estrelas ou luar
Somos como sacos vázios
Eles não param em pé
Nós nada escrevemos
Aliás sem ela
somos seres vázios
Sedentos
Débeis, inúteis
E nem uma linha sequer
Que poderá chamar a atençao da humanidade
Podemos escrever
O poeta não tem obra
O destino também não, e nunca terá
Engana-se quem diz foi obra do destino
A obra é da inspiração
Onde esta o meu escrito?
Como bolhas de sabão
Se desintegrou ao ser publicado
E não o achei mais
Será que o destino,
Tornou-se sarcástico com o meu ser,
Destruir a obra que não é minha e nem dele,
Mas da inspiração?
Vinguei-me de ti ó destino
Pois extirpou uma obra tão importante
A inspiração foi quem disse, vingue, escreve outra
Logo um texto se formou na minha mente
Ó destino, tornou-se meu inimigo agora?
Eu construo aquilo que ela me dá
E tu destrói aquilo que não
Podes construir?
Aqui esta a outra obra
Que substituirá aquela que tu fizeste sucumbir
Ela não é minha
Poderia chama-la de obra do destino
Isso mesmo, ó destruidor
A obra poderia ser sua
Mas não tu és contra os meus atos
E se opõe aquela que me instrui
Tornou-se meu inimigo intimo
E por isso
A chamarei, então, de obra da inspiração.