Obesidade infantil: A influência familiar e escolar.

Introdução

 

A OBESIDADE

 

Preliminarmente, faz-se necessário entender a obesidade como uma doença, considerada um grave problema de saúde pública. A obesidade se caracteriza como a condição em que uma criança se encontra acima do peso para sua idade e altura, respectivamente. Nesse sentindo, torna-se evidente a conscientização a respeito dessa problemática e a efetivação do desenvolvimento pleno das crianças no ambiente escolar.

Atualmente, o índice de crianças com obesidade tem se elevado, fazendo a saúde pública reconhecer a obesidade infantil como um sério problema, até então uma epidemia. Sob esse viés, a obesidade está intrinsicamente ligada com várias outras doenças, como diabetes, hipertensão, doenças cardíacas, má formação do esqueleto, entre outros, além de limitar crianças e adolescentes a interagirem uma com as outras por meio de atividades e brincadeiras nas creches, pré-escolas e escolas, sendo prejudicial para com os menores e de extrema relevância debates e soluções a despeito disso.

Não obstante, além das doenças relacionadas a saúde devido a obesidade infantil, existem os riscos de cunho social e emocional vez que a doença pode desencadear transtornos psicológicos bem como inviabilizar o sujeito indivíduo. A depressão e o bullying são episódios comuns da doença, impedido que a criança se manifeste tal como ela é. Entretanto, há de entender algumas causas da obesidade, senão as principais: a alimentação, o sedentarismo, a ansiedade e a depressão, etc.

  1. A alimentação. 

 

Desde os primórdios, a relação humana vem se transformando constantemente, havendo assim, uma intensa mudança no comportamento entre os indivíduos bem como esses se alimentam. Hoje, os pais e consequentemente as crianças possuem fácil acesso à alimentos industrializados e hipercalóricos, não mais interessadas em frutas, alimentos naturais e saudáveis. Nesse sentido, diante do consumo exagerado por tais alimentos, gerando maior prazer ao se alimentar, como a dopamina, ocorre o que conhecemos como compulsão alimentar.

A compulsão alimentar é considerada um transtorno alimentar, caracterizado pela ingestão excessiva de alimentos, isto é, a pessoa compulsiva perde o controle sobre o que se alimenta e qual a quantidade do que se alimenta, não sendo necessário a presença de fome ou a necessidade física do alimento.  

Em vista disso, surge a necessidade de medidas que visem erradicar a problemática.

 

  1. Sedentarismo

Para tanto, ao falar sobre alimentação, requer falar sobre sedentarismo, uma das principais causas relacionadas à obesidade.

            Antes, as crianças e adolescentes brincavam nas ruas, corriam e pulavam, interagiam entre si. Hoje, elas estão entretidas com a tecnologia, imersas em telefones-celulares, computadores, tablets e videogames, não mais fanáticas por atividades lúdicas, principalmente nos espaços de ensino, como as escolas – que tem por objetivo promover o desenvolvimento físico, motor, cognitivo dos alunos -. Dessa forma, as crianças tornam-se sedentárias, não praticam exercícios físicos e não gastam as calorias do que comem, em consequência disso, engordam.

  1. Ansiedade

Os transtornos de saúde mental, como depressão ou ansiedade, são prejudiciais a todo mundo, em especial as crianças, fazendo com que estes sintomas alterem o comportamento delas. As crianças podem desenvolver distúrbios alimentares, não sentem vontade de praticar atividades físicas e esportes, além de desenvolver outros sintomas prejudiciais a sua qualidade de vida. Logo, é importante que os menores possam ter acompanhamento psicológico, dentro e fora das escolas, caso for necessário, a fim de evitar ou tratar a obesidade.

  1. Como evitar a obesidade infantil?

A Organização Mundial da Saúde afirma que a obesidade infantil está diretamente ligada às mudanças comportamentais que privilegiam a alimentação inadequada e o sedentarismo.

Nesse sentido, é preciso o incentivo da família e das instituições escolares para uma melhor alimentação, que leve em conta frutas e verduras, e o descarte de alimentos industrializados e hipercalóricos, entretanto, além do estímulo, os responsáveis e os educandos devem oferecer condições dignas de alimentação dentro de casa e nas escolas – desde o Ensino Básico até o Superior -, considerando todos em sua especificidade e particularidade. Para tanto, a conscientização deve vir por parte de todos, incluindo dieta e a análise de hábitos alimentares e rotinas de casa (da criança e da família), visando sempre o tratamento contra a obesidade.

            Posto isto, uma reeducação alimentar para toda a comunidade pode ser o primeiro — e mais importante — passo para o combate à obesidade infantil. É importante que a qualidade dos alimentos oferecidos nesses pequenos lanches, incluindo a merenda escolar seja de bom valor nutricional, trabalhando essa prática para o ambiente escolar e familiar.

As escolas e a família devem estar comprometidas com a saúde e deixar de lado os alimentos ricos em gorduras e açúcares, sendo fundamental para que todos consigam manter a nova rotina de uma alimentação saudável a longo prazo, considerando também, todos os ambientes em que a criança está e se insere.

            Ademais, o estímulo dos responsáveis e dos profissionais para a prática de exercícios físicos é uma iniciativa crucial para evitar o sedentarismo, em decorrência disso, a obesidade. Quanto mais a criança se exercita, maior será a chance dela se tornar um adulto ativo, para si e para a sociedade.

            Por fim, controlar o uso exacerbado de eletrônicos – celulares e computadores – é essencial para que a criança não se aproprie de um estilo de vida sedentário e, para que a alimentação se mantenha adequada em prol do crescimento e desenvolvimento da criança.

 

1-ADRIANA PERES DE BARROS: graduação em Pedagogia com Especialização em Educação Infantil; Psicopedagogia Institucional.

2- 2-JANE GOMES DE CASTRO: Biologia. Especialista em Ecoturismo e Educação Ambiental 

3- GEAN KARLA DIAS PIMENTEL: Graduada em Secretariado Executivo Trilíngue e Pedagogia: Pós Graduação em Psicopedagogia. Professora na Rede Municipal de Ensino Público na cidade de Rondonópolis. 

4-GRACIELE CASTRO SILVA- Graduada em Administração: Pós graduada em Educação Infantil e Alfabetização. Auxiliar de Higienização rede de    ensino pública Municipal de Rondonópolis.