O VINHO E UM CONTRASTE

O rei Salomão, filho de Davi, nos parece ter sido uma pessoa com problemas com o vinho, tanto que ele menciona em Eclesiastes 2:3  Resolvi no meu coração dar-me ao vinho, regendo-me, contudo, pela sabedoria, e entregar-me à loucura, até ver o que melhor seria que fizessem os filhos dos homens debaixo do céu, durante os poucos dias da sua vida.

Num contra-senso, ele mesmo dá conselhos aos homens e deixa escrito em Provérbios 20:1  O vinho é escarnecedor, e a bebida forte, alvoroçadora; todo aquele que por eles é vencido não é sábio.

E diz aos que desejarem ir por este caminho, como quem tinha conhecimento do resultado final da persistência dos que desejam se embebedar constantemente, num lampejo de sabedoria deixa uma recomendação : Provérbios 23:20  e 21 Não estejas entre os bebedores de vinho nem entre os comilões de carne. Não olhes para o vinho, quando se mostra vermelho, quando resplandece no copo e se escoa suavemente.

Num contraste de sabedoria e desvario por causa do torpor alcoólico aconselha os que lhe eram constantes, conforme Provérbios 31:6  Dai bebida forte aos que perecem e vinho, aos amargurados de espírito.

Parece-nos perceber que atitudes de reis no passado, ao colocarem suas cortes em estado de torpeza por ingestão de bebidas, principalmente do vinho, levava seus participantes à algumas estrepolias nos comportamentos. Vejamos o caso do rei Assuero, também conhecido como Xerxês, rei da Pérsia  que em estado de embriaguês desejou colocar sua esposa, a rainha Vasti, em ridículo, perante convidados, num ato de exibicionismo e vanglória diante dos homens.  

Não aceitando o intento do rei, veio ela ser destituída da posição de esposa e de rainha. Perdeu a majestade, mas não perdeu  a moral. Isso tudo originado pela embriaguês da corte, que vinha em festança por longos meses  ( por seis meses eles tiveram festas, quer com príncipes convidados, quer com os súditos do reino da cidade de Susã), conforme está em Ester 1.2 à 4  naqueles dias, assentando-se o rei  Assuero no trono do seu reino, que está na cidadela de Susã, no terceiro ano de seu reinado, deu um banquete a todos os seus príncipes e seus servos, no qual se representou o escol da Pérsia e Média, e os nobres e príncipes das províncias estavam perante ele.  Então, mostrou as riquezas da glória do seu reino e o esplendor da sua excelente grandeza, por muitos dias, por cento e oitenta dias.

Houvera naqueles dias duas festas, a do rei aos seus convidas e a da rainha às suas convidadas. Um contra-senso. Todas regadas a muito vinho. Imaginemos o resultado da bebida por longos dias (180). Provavelmente, perderam a capacidade de raciocínio lógico.  Mesmo sendo muito bonita, e tendo princípios comportamentais, perdeu a rainha sua posição para uma judia. Ester  ascendeu àquela posição na corte e teve seu papel na história de Israel, ao salvar o seu povo dos intentos demoníacos de Hamã, o primeiro ministro do rei e feroz inimigo do povo judeu.

Já Salomão, tremendamente sábio, num tempo mais tarde, veio também ter problemas como dirigente, dado a ingestão de muito vinho e deu conselhos, para que percebêssemos o resultado disso.  

Menciona o profeta Oséias 4:11  A sensualidade, o vinho e o mosto tiram o entendimento.

Cuidemos, por este caminho muitos se perderam.

Valdir Carvalho – 10.12.16 – Cascavel-Pr