O vento, a bruma e a chuva
Por Gilmar Matta | 28/08/2011 | PoesiasO vento, a bruma e a chuva
 
 I
 Tarde pouco ensolarada.
 Sinais de chuva!
 O céu, paulatinamente, adquire
 Novos contornos
 Do azul sobressaindo o cinza.
 
 II
 Um vento forte
 Sopra entre as brumas
 Trazendo a chuva.
 E você observa o movimento
 Sincrônico da natureza.
 
 III
 Tudo fica tão triste
 Você
 A cor do céu
 Os animais
 As flores.
 E também tão intenso
 Bruma
 Chuva
 Vento.
 
 IV
 O vento adentra tua casa
 Balança teus cabelos.
 A bruma se dissipa,
 Dando espaço para chuva.
 
 V
 Ela prende tua atenção,
 Encanta-te com a queda
 Das gotículas de água
 E instiga pensar,
 Sobre o tempo.
 
 VI
 Nele revives
 Lembranças, sentimentos
 Que acalentam teu ser
 Em meio às inconstâncias da vida
 Num constante vai e vem
 Assim como a bruma, 
 O vento 
 E a chuva.
 
 VII
 A natureza assim como
 Lembranças e sentimentos
 Não são imutáveis.
 Tudo se transforma,
 Na mesma proporção
 Dos eventos desencadeados
 Pela natureza.
 
 VIII
 Teu semblante outrora triste
 Adquire alegria com a mudança do tempo.
 O súbito aparecimento do sol
 Brilhando no azul do céu contagia-te
 Renova teu espírito
 E a vida na terra.
 
 Gilmar Matta
 Para Cláudia Mescouto.
Te amo, Vida!!!!
Em 25/09/2014