O velho e o novo Iluminismo e a nova concepção de Ilustração.

A Filosofia da Ilustração.

Movimento filosófico e político que iniciou no século XVIII, que foi denominado epistemologicamente de Iluminismo, ou seja, século das luzes, Ilustração em Alemão significa o poder da razão para organizar as ideias para  explicar o mundo. 

No Renascimento desenvolve se a ideia cujo fundamento contrariava qualquer princípio da autoridade, o reconhecimento que as pessoas por meio das suas forças seriam capazes de construir o próprio modo de entender o mundo e não mais a necessidade da tutela de Deus. Sendo uma hipótese completamente desnecessária.

Os homens precisavam apenas de instrumentalizar a sua lógica racional, dar a mesma coerência no modo de pensar o que foi feito por dois movimentos, por um lado, o racionalismo, por outro, o empirismo.

  No interior do desenvolvimento do Renascimento. A partir desse momento a história da construção das análises foi tomando uma direção absolutamente contrária à metafísica, o mundo já não seria mais entendido por essencialidades abstratas.

Os grandes teóricos desse movimento, Descartes, Locke e Hume, eles dão os fundamentos filosóficos para desenvolvimento da Filosofia da Ilustração, Descartes, por exemplo, justifica seus fundamentos, pelo caminho das ideias claras e distintas.

 Aquilo que não fosse objetivo na evidencia da lógica não teria sentido para o entendimento das realidades. A negação absoluta do princípio da contradição, no sentido do entendimento pela não evidência.  

Locke ligado ao campo da experiência na valorização do conhecimento, a experiência ligada à experimentação, no uso do método indutivo leva ao esclarecimento.

 Os fatos em analises teriam que serem compreendidos, pelo senso empírico, a hipótese a correspondência do objeto em estudo, isso significa que só seria possível pela observação à realidade dos mesmos objetivamente. O mundo estava sofrendo uma grande revolução, o Antigo Regime morria definitivamente. Edjar.   

Hume coloca como validade universal o princípio da não causabilidade. A repetição de um fenômeno, não significa a validade dos fatos, apesar de ser empírico absolutamente contrário a metafísica, relativiza a questão da relação causa e efeito, não é porque algo se repete diariamente que significa que esse fato corresponde à verdade.

A repetição como prova a hipótese passa ser entendida com dúvida.  Esse procedimento revitaliza o empirismo com maior cuidado na observação.

A Filosofia Iluminista sofreu grande influência da revolução cientifica desenvolvida por Galileu isso no século no século XVII.  O método experimental acompanhando a técnica facilitando no surgimento de novas Ciências.

 O mundo só poderia ser compreendido a partir de Galileu pela comprovação empírica, definitivamente o empirismo impõe sobre a metafísica, a Escolástica estava com seus dias contados. Sendo ele de fato o pai da Ciência moderna o novo modelo a ser seguido.

Com o desenvolvimento da tecnologia, o homem passa ter mais poder, e não aceita apenas a contemplação da natureza, compreende o mecanismo do funcionamento das coisas, a natureza deixa de ser sacralizada.

 O mundo muda radicalmente, inicia então a verdadeira revolução que desencadeou definitivamente no Estado moderno.  

Por fim o segundo passo do grande momento revolucionário, foi à desvinculação da religião com os procedimentos empíricos em direção a grande revolução.

Na verdade Deus sempre foi um elemento de atraso, a fé sempre serviu historicamente a procedimentos contrários a qualquer forma de evolução, uma Filosofia materialista e ateia que surge no bojo dessa transformação ajudou e muito na evolução do mundo.

Foi importante o homem ficar livre da tutela de Deus, já que ele nunca alterou nada a respeito da natureza, era necessário o homem ter esse procedimento e na medida em que percebia que toda sorte do mundo dependia apenas dele, Deus foi perdendo seu espaço de influência e consequentemente a Igreja como instituição política.

O homem teve que procurar por ele mesmo as soluções para os problemas com fundamentos racionais, não podia mais fazer recorrência a metafísica, foi exatamente nesse instante que o homem compreende a necessidade do uso da razão lógica ao campo de todos os domínios.

 É importante entender que exaltação da Filosofia Iluminista, o propósito do desenvolvimento da Filosofia é a segurança da burguesia e, sobretudo o favorecimento do capitalismo nascente.

 O que estava em jogo eram os interesses econômicos de duas classes no interior da sociedade naquele momento histórico, por um lado, a burguesia, por outro, a nobreza e tudo que fosse especificamente ligado à mesma entrou se em decadência inclusive a religião.

A morte de Deus foi uma necessidade do desenvolvimento do capitalismo liberal, ao que se deve a inteligência da nova mentalidade e o espírito da iniciativa privada, por esse caminho foi definindo o novo mundo e a destruição das velhas trevas ligadas a uma concepção metafísica do mundo.

 O que entende Kant, posteriormente Marx, o fundamento da Filosofia Iluminista, foi antes de tudo a emancipação política e religiosa de uma classe social, nesse sentido que podemos entender apesar da sua importância, o Iluminismo ao longo da sua história transformou-se em uma Filosofia conservadora.

A necessidade de uma nova revolução, ou seja, a construção de outro modelo Iluminista ao que me parece que está acontecendo na elaboração de uma nova mentalidade, cujo desenvolvimento econômico seja considerado também com o desenvolvimento humano. Novo Iluminismo. Edjar.

Em nossa analise, naquele momento, dava se o fortalecimento do capitalismo, como produção, nasceu do mesmo a revolução industrial, aparecimento da maquina e a mecanização da produção, não é possível entender a concepção liberal desvinculada da Filosofia da Ilustração.

Tanto é verdade a nossa reflexão, que o século XVIII, foi o século da revolução, a burguesia entende que não é mais possível o desenvolvimento econômico com a nobreza dirigindo o Estado.

A revolução gloriosa em 1688 na Inglaterra destrona os Stuarts absolutistas, em 1789 os Bourbons são depostos com a Revolução Francesa, posteriormente, com industrialização parte do mundo europeu criou se uma força revolucionaria a serviço do capitalismo para a defesa da independência das colônias contra as metrópoles e exigência da superação do escravismo.

 O modelo de desenvolvimento capitalista naquele momento necessitava, sobretudo, de operários e não de escravos para o consumo. Edjar. Observa se que é o próprio modelo econômico responsável pelos processos revolucionários. Um pouco a ideia de Hegel na razão política do Estado, a lógica da dialética dos três momentos.  Edjar.

 Por outro, lado não interessava mais vender seus produtos apenas a algumas metrópoles, era necessário o consumo mais global nas antigas colônias.  A razão das suas independências e de proletarizar os escravos. Edjar.

 O que acontece nos dias de hoje na nova fase da Filosofia da ilustração, o estagio em que alcançou o capitalismo ele necessita da distribuição da renda para viabilizar o consumo, esse é o verdadeiro motivo do sucesso do governo Lula e Dilma.

 Não porque eles são de esquerda, ou porque defendem trabalhadores, o governo não representa nenhuma das duas coisas, mas por estar em consonância com o modelo capitalista de desenvolvimento dos nossos dias.  A nova Filosofia da Ilustração. Edjar.   

Por outro lado, a razão do fracasso da oposição ligada a uma Filosofia política ultrapassada para o atual modelo de desenvolvimento, refiro tanto a oposição de direita, como da extrema esquerda, suas ideologias não atendem mais as necessidades do tempo histórico, motivo do descrédito dessas legendas partidárias.  

Por essa mesma razão não adianta ligar o governo do PT a corrupção, até porque corrupção é um fenômeno que atinge de certo modo a todos, nas diversas formas dela.

 Eles vencerão as eleições, o verdadeiro motivo do sucesso, é que tanto a burguesia nacional como internacional desejam e financia essa ideologia de governo, por ser a mentalidade das burguesias.

  Associa-se o desenvolvimento com distribuição de renda, é o modelo que interessa o capitalismo pós Iluminista, ou seja, do novo Iluminismo.  Por ser necessária a sociedade com renda para o consumo. Edjar.

 Exatamente que fazem Lula e Dilma, atende a perspectiva do desejo do desenvolvimento do capitalismo. Com isso em maior ou menor escala, aos poucos no Brasil vai acontecendo aquilo que é fundamental, desenvolvimento econômico com desenvolvimento humano.

  Qualquer sigla partidária que não tiver associada a essa ideia por ter pensamento político anacrônico, como certos caciques da oposição, condenados ao fracasso.

 Eles estão contra a lógica da História do desenvolvimento econômico, não interessa ao capitalismo pós-contemporâneo ainda em transição esse tipo de ideologia política, motivo pelo qual o PT tem vencido as ultimas eleições.

  A burguesia não os deixa chegar à presidência da republica.  O que é interessante tem contra si os ricos e os pobres, no entanto, não entende em razão do anacronismo político a análise dessas variações motivo pelos quais serão eternos perdedores.  

Edjar Dias de Vasconcelos.