Resumo: Este documento vem mostrar de forma breve a história de língua de sinais no mundo e no Brasil, os desafios enfrentados em nosso país, o contexto social e concluir com os benefícios da implantação de tecnologias como meio de educar a pessoa surda, também, a pessoa ouvinte. 

Palavras-Chave: Tecnologias. Educar. Língua de Sinais. Mundo. Brasil.

Abstract: This document briefly shows the history of sign language in the world and in Brazil, the challenges faced in our country, the social context and conclude with the benefits of technology deployment as a means of educating the deaf person, also the listener.

Key-Words: Technology. Educating. Sing Language. World. Brazil.

Introdução

A não muito tempo, o Brasil passou a compor a lista de países que reconhecem a língua para os surdos como língua nativa, e para os portadores de surdez biológica ou adquirida considerada como língua-mãe, tornando-se sua língua principal. Mas se faz preciso entender que até o momento em que a língua para surdos viesse a se tornar a Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS, em sua especificidade: o Brasil, há todo um processo histórico, que traz consigo marcas presentes na atualidade. De fato, só houve algum sinal de educação para se aprender a comunicação com surdos (ou deficientes auditivos) a partir do século XVI e em Paris por Abde L´Epée (considerado o pai dos surdos), que conseguintemente em 1857 foi trazida ao Brasil pelo professor Eduard Huet, no período do imperialismo. Curiosamente, apenas em 2002 a LIBRAS, passou, então, a se tornar a segunda língua oficial do país. Infelizmente toda essa demora levou surdos e deficientes auditivos a sofrerem inúmeros tipos de preconceitos e segregações dentro de nossa sociedade. Mas, analisado por outro viés, graças a evolução na legislação brasileira, podemos, hoje, contemplar uma igualdade para todos os cidadãos de nossa federação: surdos, deficientes auditivos e ouvintes.

Esse período que agora parece uma espécie de época áurea na história dos surdos testemunhou a rápida criação de escolas para surdos, de um modo geral dirigidos por professores surdos, em todo o mundo civilizado, a saída dos surdos da negligência e da obscuridade, sua emancipação e cidadania, a rápida conquista de posições de eminência e responsabilidade - escritores surdos, engenheiros surdos, filósofos surdos, intelectuais surdos, antes inconcebíveis, tornaram-se subitamente possíveis (Sacks, 1989, p. 37).

A história da Língua de Sinais Mas anterior a este período já se tinha uma ideia da pessoa surda e a sociedade geralmente apresentava apenas aspectos negativos, como piedade e compaixão, ou pessoas castigadas pelos deuses, ou ainda, enfeitiçadas, e por isto eram abandonadas a própria sorte ou sacrificadas. A crença de que o surdo era uma pessoa mal desenvolvida ou com defeitos, fez com que ele não pudesse ser educado até o século XV, e isso implicava não possuir direito algum. Foi então que a partir do século seguinte começou-se a surgir educadores de surdos. Então em pontos específicos da Terra a semente germinou e algumas escolas para surdos foram sendo criadas, a iniciar pelo monge beneditino Pedro Ponce de Leon (1520-1584), que ensinou quatro surdos, filhos de nobres, a falar grego, italiano e latim e desenvolveu a datilologia que, através das mãos, conseguia representar as letras do alfabeto. Em 1620, Juan Martin Pablo Bonet publica um livro que trata sobre a invenção de Ponce de Leon. Em 1644 publica-se o primeiro livro em inglês sobre a língua de sinais, por J. Bulwer. E em 1750, na França, surge Abade Charles Michel de L´Eée, que vivencia junto aos surdos uma imersão cultural, que o leva a criar os "Sinais Metódicos", que combinava gramática com língua de sinais. O sucesso foi tão grande que em poucos anos, sua casa foi transformada em escola e os números de surdos que eram atendidos passou a ser 75, números bastante grandes para época. L´Eée defendia a grande ideia de que a educação para surdos deveria ser independente da condição social e que ela deveria ser pública e gratuita. A língua de sinais teve sua origem em meados do século XVII, precisamente em Paris, fundada por Abade L´Epée (Goldfield, 1997).

Desafios na educação

Então desde a chegada de Huet no Brasil a homologação da Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS, e até os dias atuais, o surdo sofre uma gama de dificuldades para a sua própria inclusão social. Mesmo com todas as medidas tomadas em lei, ainda podemos ver falta de preparo em educadores que atuam nessa área, uma sociedade que vê a pessoa como anormal, estigmas associados à sua deficiência. Dificuldades encontradas nos sistemas bilíngues para surdos produz iletrados funcionais, os ambientes escolares os estigmatizam com a ideia que como sendo deficientes não possuem condições efetivas para desenvolvimento de práticas semelhantes a ouvintes. O problema não está nos alunos, mas na qualidade dos conteúdos trabalhados em sala de aula, bem como a ausência de uma metodologia que promova a aprendizagem. Os recursos visuais, caminho quase que óbvio para o ensino de quem não ouve, não recebe a devida atenção de parte dos professores observados, diz a professora Sílvia Andreis Witkoski em entrevista ao G1 por e-mail. Ausência de intérpretes, de estruturas físicas adaptadas para receber surdos e variadas formas de preconceitos também são alguns dos vários exemplos que ferem o surdo e ao que diz a Constituição de 1988 em seu parágrafo 3º: "promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. [...]