O uso da técnica de imersão térmica como método não farmacológico no alívio da dor no trabalho de parto

A gestação sempre foi vista como um processo natural, aguardando a chegada do concepto, após nove meses de gravidez. Processo este que também pode causar desconforto e dores. Existem técnicas não farmacológicas para diminuição da dor que o enfermeiro pode desenvolver com as gestantes no trabalho de parto. Um exemplo delas é a técnica de imersão térmica. Este estudo teve como objetivos demonstrar os benefícios da técnica de imersão térmica na fase ativa do trabalho de parto, como também, apontar se ocorre ou não a diminuição do tempo do trabalho de parto e se a intensidade das contrações uterinas diminui utilizando essa técnica. Para isto, foi realizada uma pesquisa bibliográfica descritiva qualitativa, com uma busca de dados nas plataformas SCIELO, LILACS e GOOGLE ACADÊMICO, utilizados como os descritores enfermagem obstétrica, trabalho de parto e hidroterapia. A partir da pesquisa minuciosa de artigos obtivemos como resultados 4 grupos diferenciados por temas, o GRUPO 1 retratou os métodos não farmacológicos de forma geral o GRUPO 2 sobre a dor no trabalho de parto GRUPO 3 abordou a história do parto e o parto humanizado já o GRUPO 4 especificou a hidroterapia / técnica de imersão térmica. Com a formação desses grupos foi possível ter uma visão macro sobre técnicas de alívio de dor no trabalho de parto e com isso responder a seguinte questão “O USO DA TÉCNICA DE IMERSÃO TÉRMICA DIMINUIU O TEMPO DO TRABALHO DE PARTO E O NÚMERO DE CONTRAÇÕES UTERINAS?”. Através dos estudos realizados foi possível concluir que a técnica é eficaz para o alívio da dor, mas não diminui o tempo nem o número de contrações uterinas.
Palavras-Chave: Enfermagem obstétrica. Trabalho de parto. Hidroterapia.

1 INTRODUÇÃO

A gestação sempre foi vista como um processo natural, aguardando a chegada do concepto, após nove meses de gravidez. Processo este que também pode causar desconforto e dores. Para Gayeski e Brüggemann (2010) a dor do trabalho de parto é completamente normal e faz parte da natureza humana. Ela diferente de outras dores, porém não se trata de uma patologia, mas de um processo para gerar algo novo. Tendo em vista a complexidade do processo parir-nascer, pois ele envolve aspectos psicológicos, físicos, econômicos, culturais e sociais, é necessário que o enfermeiro se dedique 100% a cada etapa do trabalho de parto, pois a mulher necessita de segurança e apoio (SILVA, et al., 2013). O cenário do parto vem se modificando a cada dia, baseado cada vez mais na medicalização e deixando de lado o protagonismo da própria mulher, isso acaba tornando-se desconhecido para as mulheres e mais conveniente e asséptico para os profissionais de saúde (BRASIL, 2001). Muitas foram às mudanças do parto no decorrer dos anos. Deixou de ser realizado nas residências migrando para os hospitais. As parteiras saíram de cena, dando lugar aos médicos. O processo natural e de não medicalização passa a ser de medicalização, ou seja, de um evento que acontecia naturalmente para algo regrado. Segundo os estudos de Crizóstomo (2007) as mulheres sentiam uma frieza muito grande por parte dos médicos e se afeiçoavam cada vez mais as parteiras porque elas tinham uma visão mais humanizada daquele momento tão importante para a mulher, totalmente oposta dos médicos tecnicistas. Em decorrência de tais fatores, faz-se necessário a retomada da humanização do parto, fato preconizado pelo Ministério da Saúde, solicitando assistência integral e humanizada à mulher, buscando novamente o empoderamento feminino (BRASIL et al., 2001). Muitas mulheres vêm optando pelo parto cesárea devido ao medo de sentir dor com um processou natural, aumentando vertiginosamente o número de intervenções que nem sempre são necessárias, já que a maioria das mulheres está apta a passar por um procedimento natural. O presente trabalho tem como intuito apresentar o banho de imersão térmica como maneira de tornar o parto mais humanizado, sem a necessidade de impor tantos procedimentos invasivos que 8 podem gerar complicações futuras. Para isso, propõe-se uma revisão da literatura buscando compreender e descrever a atuação do profissional de enfermagem no processo do nascimento do bebê e como auxiliar a mãe neste momento. [...]