o tratamento e a prevenção da osteoporose através da alimentação
Por Wasty de Castro Sousa da Costa | 28/06/2011 | SaúdeRESUMO
COSTA, W. C.S. A Importância da Nutrição na Prevenção e o tratamento da osteoporose. Trabalho de conclusão de curso. Nutrição - JK/Anhanguera S.A, Orientadora: Andréia Matos da Silva. Brasília, Novembro / 2009.
Um grave problema de saúde pública mundial é a osteoporose, que é considerada o segundo maior problema de assistência sanitária no mundo. Atingindo com maior freqüência as pessoas idosas e mulheres em menopausa. Este estudo visa esclarecer aos pacientes da Unidade Mista de Saúde de Taguatinga a importância da nutrição na prevenção e tratamento da Osteoporose. A pesquisa foi realizada com 19 mulheres, divididas em dois grupos: climatério e osteoporose, com idade média de 60 anos. Para realização da pesquisa foi aplicado um questionário para a coleta de dados investigatórios. Foi constatada ingestão de cálcio inferior às recomendações em ambos os grupos. Tendo em vista os resultados encontrados neste estudo, conclui-se que a ingestão adequada de cálcio pode prevenir a osteoporose, incluindo na dieta fontes ricas em cálcio, que devem ser adotadas antes do inicio da menopausa.
Palavras-chave: osteoporose, corticóide, estrógeno, lactose, densitometria óssea.
1. INTRODUÇÃO
A nutrição é um dos fatores mais importantes no desenvolvimento e manutenção da massa óssea e na prevenção da osteoporose. Um consumo adequado de cálcio e vitamina D, a partir dos alimentos e/ou suplementos, é necessário para assegurar o pico máximo de densidade mineral óssea no final da adolescência, bem com para diminuir a taxa de perda óssea numa idade mais avançada.
O idoso goza de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata a Lei, assegurando-lhe, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, para preservação de sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual, espiritual e social, em condições de liberdade e dignidade.
A osteoporose é considerada a doença do século vinte, aparece de forma silenciosa e às vezes se manifesta através de uma fratura.
O presente trabalho objetiva avaliar o consumo de cálcio e sua eficácia em relação à osteoporose, explicando como cada paciente incluirá na sua dieta, o leite e seus derivados (iogurtes, coalhadas e queijos), considerados as mais ricas fontes de cálcio, garantindo assim o aporte diário desse mineral. E também fontes alternativas tais como: brócolis, couve, agrião, espinafre sendo fontes de cálcio, embora em menor quantidade, devendo fazer parte da dieta.
Pacientes com osteoporose ou aqueles com redução de massa óssea ou mesmo que querem prevenir a doença, evitem excesso de carnes vermelhas dando preferência às carnes brancas (1-2 porções por dia) e sempre que possível ingiram algum derivado de soja, como o tofu, ou o leite de soja (1-2 porções por dia), além de evitarem o excesso de sal. Para aqueles que não comem alimentos à base de soja com freqüência, os suplementos nutricionais ou alimentos fortificados são uma alternativa."
Exames periódicos, como a densitometria óssea, e o acompanhamento médico e nutricional, devem ser feitos para prevenir, diagnosticar e imediatamente tratar a osteoporose.
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
A osteoporose é uma doença silenciosa e uma das principais causas é a falta de cálcio na dieta. Vários pesquisadores tem sido unânimes em afirmar que uma dieta rica em cálcio, vitamina D e exercícios físicos previne e tratam a doença. Assim a preocupação deve ser uma prioridade em todos os países sejam quais forem suas características. Com o avanço da idade vem as alterações fisiológicas, psicológicas e sociais. (COSTA, 2000).
Há uma redução no tempo de vida para os homens em 36%, quando ocorrem fraturas de quadril, e em mulheres 21%, que leva a morte nos seis primeiros meses após a fratura de colo do fêmur. Nos pacientes portadores de doenças psiquiátricas, o índice de mortalidade alcança 50%, após a fratura de fêmur (CARVALHO, FONSECA e PEDROSA, 2004).
Na população brasileira, houve um crescimento de osteoporose de 7,5 milhões em 1980 para 15 milhões no ano de 2000, acometendo 35% a 52% das mulheres com idade superior a cinquenta anos e uma proporção de 19% a 39% dos homens. A osteoporose acomete vinte entre cada cem mulheres, com 4 milhões e 400 mil casos, e um gasto superior a 1 bilhão e 300 milhões de reais ao ano (CARVALHO, FONSECA e PEDROSA, 2004).
2.1 - Cálcio e a Vitamina D
O cálcio é o mineral mais abundante do corpo humano. Corresponde a 1 ou 2% do peso corporal e ocorre numa porcentagem de 39% em relação a outros minerais. Sua distribuição é de 99% nos ossos e 1% no sangue, espaço extracelular e células de tecidos moles. È necessário, para a formação e manutenção da matriz óssea, estabilizar membranas de células excitáveis como músculos e nervos participam do processo de coagulação do sangue e na atividade de diversas enzimas. O Cálcio é necessário para o crescimento e desenvolvimento dos ossos e dentes. A concentração de cálcio nos tecidos é variável e na célula é encontrado principalmente no retículo endoplasmático e mitocôndrias (ACUNA, 2004).
O osso contém praticamente todo o cálcio do organismo: uma criança recém nascida tem cerca de 30 g de cálcio nos seus ossos, enquanto que o esqueleto de um adulto contém 1 a 1.5 kg. Cerca de 98% do cálcio total do organismo está localizado nos ossos, sob a forma de cristais depositados numa matriz de colágeno (ACUNA , 2004).
Juntamente com outros fatores, o cálcio contribui para a resistência do esqueleto, por exemplo, na forma de cristais complexos similares à hidroxiapatita Ca10 (P04) 6 (OH) 2, fosfato de cálcio Ca3 (P04) 2 ou carbonato de cálcio CaC03. Uma vez que o osso está constantemente a ser renovado, existe um espaço de difusão, correspondente a 5% do cálcio ósseo, onde este mineral é adicionado ou removido do osso, de acordo com a tendência predominante (MAHAN, 2002).
O cálcio é absorvido por todas as partes do intestino delgado, porém a absorção mais rápida após uma refeição ocorre no duodeno onde em meio ácido (pH. Acesso em: 02 abril. 2009.
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CARVALHO, M. R. G., FONSECA, C. C. C., PEDROSA, J. I. Educação para a saúde em osteoporose com idosos de um programa universitário: repercussões, Cad. Saúde Pública v.20 n.3, pp. 719-726 Rio de Janeiro mai/jun. 2004. Disponível em: