O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) nas escolas brasileiras.

 

Palavras-chave: Transtorno; Infância; Educação Infantil.

 

Sumário: 1. O que é TDAH?. 2. O TDAH no ambiente escolar. 2.1. A importância da formação dos professores. 2.2. As dificuldades. 3. O papel da família. 4. Conclusão. 5. Referências.

 

  1. O que é TDAH?

O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade, também chamado de Distúrbio do Déficit de Atenção (DDA), é classificado como um transtorno neurobiológico - de causas genéticas - que começa a se desenvolver na fase da infância e com frequência acompanha o indivíduo ao longo de toda sua vida. Este transtorno é reconhecido oficialmente por vários países, inclusive pelo Brasil, e pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

 

  1. O TDAH no ambiente escolar. 

Como a educação infantil deve incorporar todas as diversidades, atualmente há leis que abrangem a inclusão da criança com necessidades especiais. Como exemplo temos o artigo 205° da Constituição Federal de 1988, que assegura a educação como direito de todos, sem quaisquer distinções, além do artigo 4° da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LBD), o qual dirige-se particularmente ao direito à educação das pessoas com necessidades especiais.

2.1. A importância da formação dos professores.           

Desse modo, torna-se dever dos profissionais da educação infantil, a qual inclui o estudo em pré-escolas e creches, trabalhar de forma inclusiva de modo que os alunos portadores de TDAH não sejam prejudicados em sua formação tanto como alunos quanto como seres humanos. Diante disso, é fundamental que o professor tenha conhecimento sobre as dificuldades do transtorno e usufrua de estratégias de manejo comportamental que favoreça o processo de aprendizagem do aluno em sala de aula, uma vez que o DDA afeta o comportamento da criança e sua capacidade para conhecimento.

Além disso, outro ponto importante é identificar os talentos possuídos pelo aluno para que seja estabelecida uma rotina organizada – ter uma rotina e organização são elementos fundamentais para o desenvolvimento. Ainda sim, é preciso reduzir os estímulos distratores na sala de aula, para conseguir sustentar a atenção do aluno, visto que o rendimento escolar pode ser afetado pela dificuldade da criança em manter-se atenta às atividades e explicações escolares.

Outrossim, a possibilidade de identificar os sintomas precocemente e encaminhar o aluno para a consulta médica torna o professor e todos os outros profissionais da educação do colégio em peças chave no processo de diagnóstico e no tratamento do TDAH.

2.2. As dificuldades.

A criança por si só encontra uma barreira ao se deparar com o TDAH, vez que possui dificuldades para concentrar-se em seus afazeres. Por isso, ela deve contar com uma estrutura adequada, com o ambiente e professores especializados, para que seu aprendizado não seja prejudicado.

Nas pré-escolas, creches e escolas ainda é possível encontrar a má qualificação de professores para o aluno que necessita de atendimento especial, principalmente no local onde os docentes estão sobrecarregados, não conseguindo, dessa forma, lidar com o assunto. Assim, é necessário que o professor consiga dar uma atenção individualizada a cada aluno presente. Ainda, a falta de materiais escolares de qualidade e a ínfima infraestrutura presente nos ambientes de ensino acabam dificultando mais ainda o aprendizado da criança deficiente.

Ademais, pode-se deparar com cenas de intolerância, seja por parte de profissionais da educação ou de colegas de sala, o que torna a convivência para os portadores de TDAH muito mais difícil. A partir disso, vale ressaltar que o artigo 88° da Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência tipifica como crime induzir, incitar ou praticar discriminação de pessoa em razão de sua deficiência.

 

  1. O papel da família. 

Os pais e responsáveis devem procurar informações sobre o transtorno, por meio de profissionais da saúde, livros, internet, cursos, etc. - todo cuidado se faz necessário no momento do diagnóstico - assim sendo de forma a garantir que o tratamento de seu filho ou enteado seja realizado por especialistas qualificados. Além do mais, os pais devem se manter persistentes e pacientes durante todo processo de diagnóstico e tratamento do TDAH.

É de extrema importância compreender a expressão das dificuldades em diferentes ambientes da criança para ajudá-la em seu desenvolvimento pessoal. Nesse sentido, o livro “Distúrbios de desenvolvimento: estudos interdisciplinares”, dos autores Cibelle Albuquerque, Decio Brunoni e Paulo Sérgio Boggio, mostra a necessidade do uso de práticas que auxiliam na orientação de filhos com DDA, entre elas estão: passar informações importantes utilizando lembretes em locais estratégicos, negociar e explicar em vez de impor, usar o timers, relógios ou dispositivos que mostrem o tempo para a realização de uma tarefa, entre outros.

É indispensável um acompanhamento familiar durante a execução de atividades para o desenvolvimento da criança ao longo dos anos. Crianças com TDAH, por manifestarem dificuldades na autorregulação, dependem muito mais do feedback externo dos pais e/ou responsáveis para regularem seus comportamentos do que crianças de mesma idade que não apresentam o transtorno.

 

  1. Conclusão.

Portanto, pode-se concluir que é obrigação não só do Estado, mas também de entidades privadas, corroborar com o bem-estar da criança com DDA, disponibilizando todos os recursos necessários para que isso aconteça - com intuito de efetivar o aprendizado por parte dos alunos afetados pelo transtorno.

Outrossim, ter docentes qualificados para lidarem com a situação e obter o amparo e auxílio da família ao longo de todos os anos de estudo se faz preciso para que a criança cresça aprendendo a lidar com as dificuldades do Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade.

 

  1. REFERÊNCIAS.

 

 

 

1-ADRIANA PERES DE BARROS: graduação em Pedagogia com Especialização em Educação Infantil; Psicopedagogia Institucional. 

2-JANE GOMES DE CASTRO: Biologia. Especialista em Ecoturismo e Educação Ambiental 

3- GEAN KARLA DIAS PIMENTEL: Graduada em Secretariado Executivo Trilíngue e Pedagogia: Pós Graduação em Psicopedagogia. Professora na Rede Municipal de Ensino Público na cidade de Rondonópolis. 

4-GRACIELE CASTRO SILVA- Graduada em Administração: Pós graduada em Educação Infantil e Alfabetização. Auxiliar de Higienização rede de    ensino pública Municipal de Rondonópolis.