Rabim Saize Chiria

Licenciado em Filosofia pela Universidade Eduardo Mondlane

 

Tráfico  e o trabalho infantil em Moçambique

 

O trabalho infantil em Moçambique é uma das doenças crónica  que deve ser combatida  com urgência antes de afectar 99% de camada infantil.  A minha potência de agir apequena-se, sobretudo, quando vejo as crianças nas ruas a trabalharem como moleques para depois receberem um valor  mísero, que não cobre as suas carências básicas. São crianças que são contratadas sem condições mínimas de sobrevivência, são obrigadas a abandonarem as suas famílias e ao mesmo tempo desprovidas de escolaridade. Jesus!
Nisto, a coisa mais grave é que alguns empregadores dessas crianças fazem isso com o conhecimento da lei, que inibe o tráfico de menores para esses fins macabros. Exemplo em Maputo, a situação é alarmante, pois as crianças são submetidas a trabalhos domésticos, vendedores informais nos mercados e nas ruas. E como consequência deste cenário são obrigadas a uma mendicidade forçada, visto que o salário que eles ganham é tão mísero, que não se compara a um grau de mostarda.   
Este é o momento para os provadores da lei actuarem. E outro cenário é  a violência sexual. Algumas crianças são forçadas a passarem pelos ritos de iniciação, onde são ensinadas a cuidar do lar, como amar o parceiro e são dados quase todos requisitos de convivência na sociedade. É nesse processo que são estupradas e comprometendo o futuro das mesma.
O rito de iniciação não capacita a ninguém para o lar, não ensina a ninguém a amar o próximo, não ensina a ninguém a ter uma boa conduta na sociedade. Amar o seu próximo é algo subjectivo, e não só pode apreender na Igreja ou em casa, a boa conduta a prende-se em casa com os seus encarregados ou mesmo na escola, cuidar do lar pode apreender em casa dos seus pais. Afinal qual é o papel da família? Qual é o papel das escolas? Qual é o papel da igreja? Se podem apreender nessas instituições para quem incitar as crianças, adolescentes e jovens a passarem  pelos ritos de iniciação que são feitas longe do convívio familiar? 
 Autor: Rabim Saize Chiria
Licenciado em Filosofia pela Universidade Eduardo Mondlane
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