O tema abordado nesse trabalho é a divisão do tempo. Tem-se o mesmo como apenas uma dimensão do qual os eventos se sucedem, independente o evento que for, e nunca pode-se impedir esse processo, sendo o mesmo apenas curvável mas nunca parado ou voltado. Mas diferente do tempo dimensional, o tempo dos corpos age de forma diferente mesmo que ainda dependente do tempo dimensional, porém, ele determina a taxa de quanto acelerado no tempo esse corpo está, do qual pode-se ser calculado através de seu desgaste energético.
É imprescindível o conhecimento total do tempo e nessa pesquisa tem-se uma forma um pouco mais completa desse fenômeno. Por mais que a teoria da relatividade de Einstein tenha demonstrado o tempo como ele é, ainda é falho o conhecimento do tempo em si, sendo ele mais complexo do que já é, não somente uma dimensão.
O objetivo dessa pesquisa é entender a dualidade do tempo e trabalhar o entendimento disso, focando numa das partes aqui mostrada como tempo dos corpos, assim vendo seus conceitos, suas propriedades e cálculos para totalmente ser compreendido.

No senso-comum, o tempo é um fenômeno que produz o passar de eventos, fazendo um evento suceder o outro independentemente do que o evento trate, sendo imparável e imutável. Porém, Einstein provou que o tempo é uma dimensão do qual tudo faz parte, sendo essa dimensão conjunta a outras três dimensões espaciais. A dimensão temporal, segundo a relatividade, pode ser curvada por corpos massiços sendo assim desacelerada. Mas, apesar da relatividade descrever a dimensão temporal, ela não descreve o que é o tempo para os corpos, o que isso influenciaria e suas consequências; seja processos físicos ou biológicos, mas a dimensão temporal afetaria muito mais que isso. O tempo produz seus efeitos em vários meios e de diversas formas, seja numa reação, seja num equilíbrio energético, seja em processos biológicos como a velhice. A outra parte do tempo se encaixa justamente na questão do tempo para cada corpo, sendo aqui chamado de tempo dos corpos. Assim, cada corpo tem sua passagem temporal própria, assim como sua passagem temporal dimensional.

O tempo dos corpos é entendido como o desgaste energético dos corpos. Os corpos, compostos de átomos logicamente tem sua energia cinética, vibrando, agitando, e isso promove o estado normal de tudo, sendo que podem estar menos ou mais agitados conforme perdem ou ganham energia. O questionamento levantado para chegar a tal conclusão é que, conforme os átomos perdem energia e vibram cada vez menos até o ponto em que chegar a quase pararem de vibrar, porém, nunca param, o corpo do qual esses átomos fazem parte não teria alteração nenhuma, não importa o intervalo de tempo em que esse corpo está mas caso não haja interação com outros corpos para ter ganho de energia esse primeiro corpo não terá alteração alguma. Sendo assim, não será possível distinguir se o tempo passou para esse corpo ou não. Em outro aspecto, cada corpo se deteriora em seu próprio tempo, do qual pode ser breve ou muitíssimo longo, no qual depende do seu gasto energético, quanto maior o gasto energético desse corpo mais rápido ele se deteriora. Um exemplo comum do dia a dia, é a comida sendo congelada, caso uma parte dela fique descongelada, ela irá se deteriorar mais rapidamente do que a parte congelada; isso acontece pois a energia na parte descongelada é gasta de uma forma maior do que a parte congelada. Através da cinética química podemos confirmar isso, os átomos da parte descongelada tem uma energia maior, sendo assim aumentando a agitação atômica e provocando uma velocidade de reações maior do que seria na parte congelada, do qual a energia é bem menor. O tempo dos corpos, sendo assim, é a variação do gasto energético em um intervalo de tempo, pois cada corpo tem seu próprio período de tempo para deteriorização. O tempo dos corpos só se aplica no meio clássico e relativistico da física, não sendo aplicavel no meio quântico pois seus processos físicos se comportam de forma diferente dos outros meios, então, para todos os corpos que estão nessa condição clássica ou relativística, o tempo passa tanto dimensionalmente quanto individualmente, como já explicado. A energia no qual pertence a todos os corpos e que propicia tudo isso é a energia mecânica de cada corpo. A energia mecânica em um período de tempo significa calcular a quantidade de energia em um corpo em sua totalidade, sendo essa energia a soma de todas as energias cinéticas e potenciais, e assim descobrir qual o gasto energético no corpo em questão; sobre um intervalo de tempo. Para corpos de mais de uma substância o cálculo para ter-se o tempo do corpo numa totalidade só é possível caso os tempos de cada substância num corpo sejam somadas, sendo assim tendo o tempo do corpo resultante, dado por: Tr = T1 + T2 + ...+ Tn+1. É possível então calcular o tempo de um corpo através da seguinte equação:
T = ΔEm/Δt

O tempo pode ser modificado pela curvatura do espaço-tempo por corpos massivos e também pela velocidade. Nos dois casos, o intervalo de tempo é encurtado, no caso da curvatura do espaço-tempo, todo corpo que percorrer a curvatura irá passar por um intervalo diferente do que fosse fora dela, no caso da velocidade, um corpo que viaja a velocidade próxima a da luz tem uma distorção temporal do qual o intervalo de tempo se encurta apenas para o corpo viajando. O tempo dos corpos obedece a relatividade, se alterando conforme o intervalo de tempo também se altera. Mesmo que o gasto energético seja grandioso ou pequeníssimo, qualquer alteração no intervalo de tempo irá afetar o tempo dos corpos, sendo assim, o tempo dos corpos é totalmente dependente do tempo dimensional, sendo alterado ou não pelo mesmo. No caso de um buraco negro, no qual a energia de um corpo que passa perto do mesmo é imensa, o intervalo de tempo é encurtado ao máximo, isso faz com que o tempo dos corpos aumente de uma maneira grandiosíssima. Para o intervalo de tempo encurtado nesse caso em específico, a energia do corpo é aumentada, fazendo com que nesse caso o tempo dos corpos seja inversamente proporcional ao intervalo de tempo, já que a energia é crescente. Porém, apenas em casos específicos como esse, num buraco negro, no qual o intervalo de tempo é encurtado mas a energia mecânica é aumentada.

Por fim, situa-se então que o tempo pode ser atribuído a uma forma dimensional e uma forma individual de cada corpo no espaço. Sendo chamado de tempo dos corpos, esse tempo individual, que é gerado pelo gasto energético num intervalo de tempo do corpo em questão. Sabendo esse gasto, saberá como o corpo está avançado ou não no tempo, próximo da deteriorização ou não, e isso é totalmente variável para cada corpo. Tendo em vista isso, essa nova perspectiva de tempo é aplicada até mesmo na relatividade, no qual é possível modificar o intervalo de tempo conforme a gravidade ou a velocidade sejam elevadas até tal ponto de distorção; o tempo dos corpos obedece essa regra e será distorcido conforme o intervalo de tempo também for. A unidade para medir o tempo dos corpos é diferente do intervalo de tempo, assim, para medir-se o tempo dos corpos é necessário usar Watt, ou Joule por segundo, pois assim será possível obter 1 joule de energia por 1 segundo, estando compatível com a equação encontrada.