O surrealismo foi um movimento artístico e literário nascido em Paris, na França, na década de 1920. Este movimento foi significativamente influenciado pelas teses do psicanalista Sigmund Freud, que mostram a importância do inconsciente na criatividade do ser humano.

Inserido no contexto das vanguardas, à frente de seu tempo, o movimento reúne diversos artistas ligados anteriormente ao dadaísmo. Um dos objetivos dos surrealistas era produzir uma arte que estava sendo destruída pelo racional. Ou seja, o inconsciente era passível de se tornar arte conforme as propostas surrealistas. O poeta e crítico André Breton é o principal líder e mentor do movimento. Já o nome “surrealismo”, supõe-se que tenha sido criada em 1917, pelo poeta Apollinare, jovem artista ligado ao cubismo.

O movimento era, na verdade, um manifesto. Um dos documentos mais famosos é o Manifesto Surrealista de 1924. Além de Breton, principal líder, seus representantes mais famosos são Artaudno no teatro, Max Ernst, René Magritte e Salvador Dalí nas artes plásticas, e Luis Buñel no cinema.

As características deste estilo são bem marcantes: uma combinação do simbolismo, do abstrato, do irreal e do inconsciente, representado nas artes plásticas por uma diversificada tabela de cores e ausência de preocupação com a forma. Entre outras metodologias, estão a colagem e a escrita automática. Segundo os surrealistas, a arte deve sempre se libertar das exigências da lógica e da razão e ir além da consciência, além do que se vê no plano real. Essa busca expressava muitas vezes o mundo dos sonhos.

Mais que um movimento artístico, o surrealismo é uma maneira de enxergar o mundo, uma vanguarda. Busca restaurar os poderes da imaginação e superar a contradição entre objetivo e subjetivo, tentando consagrar uma estética da alucinação, de ampliação dos horizontes físicos. O primeiro manifesto apresenta a crença dos surrealistas na possibilidade de reduzir a um só dois estados tão contraditórios, sonho e realidade.