O SUICIDA, A ROSA E O ESPINHO

 Assim como o PAI me ama, Eu também vos amo, permanecei no meu amor.

Evangelho de JESUS, segundo João, cap. 15:9.

 

Por que pensar em suicídio,

Se ele é um ludíbrio

Que se coloca na mente

De quem está descontente

Com algo de errado

Que pode ser consertado

Hoje, amanhã ou depois?

 

 “Sem Jesus uma flor tem mil espinhos com Jesus um espinho tem mil flores.”

 Bezerra de Menezes – médico, escritor e empresário brasileiro (1831-1900).

 

Por que pensar em matar a vida

Se nenhuma semente se suicida

Quando desce à cova?

 

 “Não chores mais o erro cometido;
Na fonte, há lodo; a rosa tem espinho;
O sol no eclipse é sol obscurecido;
Na flor também o inseto faz seu ninho.”

William Shakespeare - poeta, dramaturgo e ator inglês (1564-1616).

 

Ela em pouco tempo dá a prova

Quando se renova

Ressurgindo numa flor,

Árvore frutífera,

Ou qualquer outro vegetal.

 

Por que dar valor

A um mal-estar

Que terá de passar

Com o seu próprio esforço

Para que possa descobrir

Que toda criatura é um composto

De Espírito, Alma e Corpo,

Que formam o visível esboço

Que é também tangível?

 

Se o suicídio fosse o caminho

Da rosa rebelar-se contra o espinho

Ela faria isso,

Mas com o espinho ela vive

E com ele divide

O seu habitat.

 

 “Há pessoas que choram por saber que as rosas têm espinho. Há outras que sorriem por saber que os espinhos têm rosas.”

 Machado de Assis – escritor brasileiro (1839-1908).

 

Daí pode-se compreender

Que a rosa para viver

Tem de sofrer

Para a sua beleza permanecer.